Fiepi cobra ação dos bancos no combate à Covid-19

Fiepi cobra ação dos bancos no combate à Covid-19

Zé Filho, presidente da FIEPI / cidade verde

A Federação das Indústrias do Estado do Piauí (Fiepi) divulgou um manifesto cobrando dos bancos uma maior contribuição no enfrentamento da crise financeira provocada pela pandemia da Covid-19.

A Fiepi lançou o manifesto a partir da constatação de que os segmentos produtivos enfrentam grandes dificuldades no acesso a recursos financeiros junto aos bancos privados.

No manifesto, a Federação se posiciona de forma veemente contra a falta de sensibilidade dos bancos, “que, no momento em que os brasileiros mais precisam, elevaram os juros em todas as operações e dificultaram o acesso ao crédito por meio de burocracia excessiva”.

O manifesto é assinado por várias entidades representativas dos segmentos empresariais. A queixa mais comum tem sido em relação ao excesso de burocracia e às taxas de juros praticadas.

Para a Fiepi, os bancos podem colaborar muito mais neste desafio que o País enfrenta, visto que em outras crises mantiveram um lucro considerado alto, enquanto muitas empresas fecharam as portas.

Cenário de incertezas

“Diante da instabilidade econômica registrada no país em razão da Pandemia da Covid-19 e de um cenário de incertezas em relação à retomada da rotina normal nos mais variados segmentos produtivos, a manutenção dos negócios e, consequentemente dos empregos, encontra mais uma grande barreira que é a falta de sensibilidade dos principais bancos privados que operam no país”, critica o manifesto.

A Federação das Indústrias do Piauí prossegue: “Alheios aos prejuízos financeiros acumulados por quem decidiu investir em um negócio, os bancos têm sido alvos de reclamação das empresas devido à dificuldade em negociação de dívidas e principalmente no acesso a linhas de crédito emergenciais autorizadas pelo Governo Federal”.

A Fiepi detalhe a situação, em tom crítico: “Na contramão do bom senso, os bancos têm realizado processos excessivamente burocráticos e oferecido crédito com custos mais elevados que no período anterior à crise. O custo é 6% TLP, mais o spread de 1,25% do BNDES, acrescido do spread do banco repassador, que em alguns casos chega a 8%”.

Faca na garganta

O manifesto dos industriais, assinado pelo presidente da Fiepi, Zé Filho, e por representantes de outras entidades representativas do setor, enfatiza que, “para maioria das empresas, as garantias exigidas pelos bancos e o aumento dos juros causados sobretudo pela avaliação de riscos torna inviável qualquer operação de crédito”.

“O que os segmentos produtivos esperam do setor bancário – diz a nota – é a sua taxa de contribuição para economia do país”. Os empresários alertam que, sem acesso ao crédito de forma ágil, flexível e com custos mais realistas, muitas empresas não irão sobreviver.

“Neste momento, 90% dos negócios já não têm mais capital de giro e para quem está precisando de uma UTI um dia de burocracia pode significar a morte de um negócio e com ela o aumento do desemprego, mais custos para o país com assistência, menos arrecadação de impostos e consequentemente menos dinheiro circulando, o que também não interessa aos bancos”, conclui.

(Com informações da Fiepi)

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