Nova pesquisa confirma queda na taxa de transmissão do vírus no Piauí

Nova pesquisa confirma queda na taxa de transmissão do vírus no Piauí

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A nova pesquisa amostragem - divulgada nesta quinta-feira (4) em live pelo governador Wellington Dias e pelo pesquisador Batista Teles -  revela que a taxa de transmissibilidade do vírus caiu no estado do Piauí, ficando em 0,9. 

O índice de contágio do vírus é um dos pontos exigidos pelo governo para a retomada das atividades, possivelmente na próxima semana. O governador informou que no sábado (6) haverá uma reunião para verificar a possibilidade da flexibilização. A taxa de transmissibilidade no Piauí já chegou a 2.8%, caindo ao longo do mês de maio, chegando abaixo de zero.

O percentual significa que antes um infectado transmita o vírus para até três pessoas, hoje com a nova amostragem revela que um infectado transmite para uma pessoa. E se usar as medidas de proteção o contágio é reduzido. 

Com a taxa de transmissibilidade abaixo de 1, o governo discute a possibilidade da abertura das atividades econômicas. Durante a live, o governador comemorou os números. 

“O dado destacado é que existe uma tendência na queda do número de infectados, embora tenha um crescimento nominal, mas em uma proporção menor em cada pesquisa. Na premeria eram 4 mil pessoas que transmitiram para 17 mil. Na terceira teve uma queda e esse 17 mil multiplicou para 36 mil e na outra já foi menor que o dobro e ficou em 66 mil. E agora são 87 mil”, disse.

O índice de transmissão (R Zero) abaixo de 1 é um dos pontos apontados pela Organização Mundial de Saúde para a retomada do comércio

O médico Ian Jhemes explica que a pesquisa apontou uma diminuição no ritmo de propagação do novo coronavírus no Piauí. 

“O R Zero nos diz, mais ou menos, quanto que uma pessoa está conseguindo transmitir o vírus para outras pessoas . A partir desse número básico, nós sabemos como está funcionando a transmissão dentro da nossa população piauiense”, explicou Jhemes.

O Brasil, no início da pandemia, chegou a ter uma taxa de 3,4 infectados para cada pessoa contaminada. A amostragem já mostrou no Piauí índices de 2,9 seguido de 1,7 e agora apresenta uma taxa de 0,9 transmissão para cada pessoa infectada.

“Com o passar do tempo, nós temos tido uma queda bastante significativa dessa taxa de transmissibilidade. E essa queda chegou ao seu ápice sendo inferior a 1”, afirma Ian que destaca que a redução na transmissão evitou o “colapso previsto na rede de UTIs”.

Para Wellington Dias, o número de pessoas que afirmaram apresentar sintomas gripais, se comparado com a número de pessoas que buscaram atendimento hospitalar, se deve a outros vírus. 

“Um lado muito bom é a redução da transmissibilidade um outro lado é que cerca de 40% das pessoas estão dizendo que tem alguma comorbidade, ou é hipertenso ou é diabético. Enfim, é um número muito elevado, a gente precisa depois examinar mais sobre isso. O outro dado que me chamou a atenção é exatamente o dado que um número grande de pessoas disse que sentiu algum sintoma. Nós temos o H1N1, a Influenza, a gripe tradicional, a pneumonia, problema de garganta. O número de pessoas que entra na rede hospitalar foi bem menor”, avaliou Dias.

Número de infectados

De acordo com a pesquisa, sem as medidas de higiene e segurança adotadas, o número de pessoas contaminadas no Piauí, poderia ser superior a 120 mil. 

“ A tendência de abril até agora é que  já poderíamos ter 120 mil pessoas com o vírus . Mas graças  às medidas de segurança pessoal, o número foi bem menor. Conseguimos evitar um crescimento acelerado”, afirmou o governador.

Foto: Ascom

Medidas de higiene 

O índice de isolamento social caiu, porém aumento o número de pessoas que dizem adotar as medidas de higiene pessoal. 

“As medidas de distanciamento causam traumas. Porém, se somadas aos cuidados pessoais são fundamentais para evitar o avanço da doença.  São  90% das pessoas  dizendo que estão tomando as medidas de precaução como o uso da máscara. Quero parabenizar a população.”, destacou o governador. 

Na quinta etapa da pesquisa,  90, 2% das pessoas afirmam usar máscara ao sair de casa. O total de 88% responderam que usam álcool  gel e 82% lavam frequentemente as mãos. 

 

Lídia Brito e Valmir Macêdo
redacao@cidadeverde.com

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