Padre é afastado após descoberta de namoro com jovem da sua paróquia em Campo Maior

Padre é afastado após descoberta de namoro com jovem da sua paróquia em Campo Maior

Foto: Reprodução /

O padre Alcindo Saraiva Martins, 31 anos, da Diocese de Campo Maior, foi afastado após a denúncia de uma jovem que fazia parte do coral da paróquia. A mulher alegou estar grávida do padre e que mantinha um relacionamento de cerca de 1 ano com o mesmo.

Em nota, a Diocese de Campo Maior afirma que averiguou o caso tendo em vista que em primeiro momento a jovem teria afirmado que estava grávida e em segundo momento se contradiz ao dizer que nunca esteve grávida, mas que fez a denúncia para continuar o namoro com o padre.

Padre Alcindo teve que assinar um termo em que colocaria fim no relacionamento e passaria por um retiro espiritual de 15 dias e acompanhamento psicológico, além de ser vedada sua participação em lives, missas e a proibição de comentar sobre as acusações. E também perda das funções de padre referencial para o setor juvenil, instrutor de disciplina acadêmica no Seminário Propedêutico Diocesano, e suspensão do ofício de Chanceler.

Confira a nota da Diocese de Campo Maior na íntegra:

A Diocese de Campo Maior, tendo em vista os fatos divulgados na mídia e que envolvem a pessoa do Padre Alcindo Saraiva Martins, incardinado nesta diocese, presta os seguintes esclarecimentos:

Em meados de julho deste ano, Dom Francisco de Assis, bispo diocesano, recebeu a jovem na Cúria Diocesana. Ela alegava ter possuído um relacionamento com o sacerdote e que estaria grávida. O senhor bispo então pediu que ela apresentasse provas do que havia denunciado.

Em uma conversa posterior com o sacerdote, ele não nega o envolvimento, porém contestou a tese de gravidez e aborto.

Dias depois, a jovem entregou ao bispo diocesano uma carta escrita e assinada por ela, afirmando que nunca esteve grávida, e que, consequentemente, não houve aborto. Na carta, ela ainda afirma ter usado a gravidez como argumento para continuar mantendo uma relação com o sacerdote.

No dia 12 de agosto de 2020, considerando as graves denúncias, o atentado ao sexto mandamento e que não houve atentado à vida, o bispo diocesano determinou por meio de decreto a suspensão das funções do sacerdote como pároco da Paróquia de Nossa Senhora de Nazaré, ficando ele proibido do uso de ordens em todo o território diocesano. O decreto ainda determinou a obrigação do padre em realizar um tirocínio espiritual extra muro de pelo menos 15 dias, a apresentação do seu cronograma de acompanhamento terapêutico sob o enfoque da psicoterapia do equilíbrio emocional, a perda de suas funções como padre referencial para o Setor Juvenil da diocese, a perda da função de instrutor de disciplina acadêmica no Seminário Propedêutico Diocesano, a suspensão do ofício de chanceler, e que ficasse proibido de falar sobre o assunto.

Em novo decreto publicado no dia 18 de setembro, Dom Francisco decidiu pela permanência de sua desvinculação de qualquer atividade pastoral e assessorias local ou regional, ficando ele ainda proibido de assistir ou ministrar sacramentos, participar de lives nas redes sociais, e a permanecer em silêncio público sobre o fato, bem como assumir a inteira culpa pelo desgaste a Igreja e às pessoas de boa fé. Foi-lhe autorizado o uso de ordens apenas no território da Paróquia de Nossa Senhora de Nazaré após o dia 1 de outubro e estabelecido a assinatura de um termo se comprometendo a realizar a ruptura com pessoas e fatos que provocaram vergonha e escândalo aos fiéis católicos desta Igreja Diocesana.

Conclama o bispo de Campo Maior à oração e penitência e reafirma o posicionamento desta diocese em defesa da vida. Voltemos o nosso olhar para Deus, que ao mesmo tempo é Justiça e Misericórdia.

Campo Maior, 24 de Outubro de 2020

Setor Diocesano de Comunicação

Fonte: Portal Oito Meia

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