Dois rios já estão em estado de atenção por causa das chuvas no Piauí

Dois rios já estão em estado de atenção por causa das chuvas no Piauí

Exército retirando moradores de Barras na cheia do ano passado / Foto: Arquivo CV

Os rios Longá e Marataoan estão em cota de atenção depois das últimas chuvas que caíram no norte do Piauí. Em Esperantina (a 179 km de Teresina), o Longá está 5,55 metros e em Barras (a 119 km da capital), o Marataoan, que também está em atenção, com 3,62 metros, já se aproxima da cota de alerta que é de 3,70 metros. Os dados são da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) no Piauí. 

Fevereiro registrou mais de 60% de chuvas acima da média prevista e a tendência é que este mês de março as chuvas intensas continuem. 

De acordo com o técnico do CPRM, Jean Ricardo, em Barras a cota de alerta e de inundação são bem próximas. 

“Se chover com essas intensidades, chegará em cota de alerta (3,70 m). A cota de inundação lá é de 4,20", destaca. 

Em Barras, o Longá está com 3,52 metros. 

A situação em Luzilândia (234 km de Teresina) também é de atenção, já que o rio Parnaíba na cidade está com 3,81 metros e para atingir a cota de atenção é de 4 metros. 

As três cidades têm histórico de inundações com as chuvas neste mês de março, que atingem população ribeirinha. 

Em Teresina

Foto: Roberta Aline

O rio Poti aumentou quase dois metros nas últimas 24 horas em Teresina. De 4,60 metros às 5 horas da manhã de domingo (28) para 6,42 metro às 8h30 de hoje (1º). No entanto, ainda é considerado normal, já que a cota de atenção é de 8 metros.

O rio Parnaíba também aumentou nos últimos dias, mas ainda está numa situação confortável de 3,86 metros. A cota de atenção é de 4,90 metros.

A Defesa Civil do Estado informou que já encaminhou aos municípios um ofício recomendando que adotem medidas preventivas, a partir da cota de atenção e alerta.

“Esse ano a gente evitou a reunião presencial por causa da pandemia, mas enviamos um ofício orientando as medidas de prevenção, porque não vamos ter como evitar as inundações, já que não têm como segurar as águas dos rios. Então as defesas civis municipais e as equipes de assistência social já têm que se antecipar, para que na cota de atenção e alerta retirarem as famílias, se for necessário. Também passamos recomendações para aumentarem o número de abrigos, para não colocarem famílias distintas no mesmo local, por causa da disseminação do novo coronavírus”, destacou Geraldo Magela.


Caroline Oliveira
redacao@cidadeverde.com

Compartilhe:

Faça seu comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos marcados são obrigatórios *