Dorinha Xavier

Dorinha Xavier

Donaa Dorinha, ao lado do seu protetor São José / Chaguinha

<!--[if gte mso 9]><![endif]--> <p style="text-align:justify"><span style="font-size:14.0pt; line-height:115%">&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; Maria das Dores Xavier de Oliveira nasceu em Picos no dia 18 de Novembro de 1923. Filha do casal Antonio Xavier de Oliveira e Celecina Xavier do R&ecirc;go.&nbsp;Dorinha Xavier, como era conhecida em Picos e em toda regi&atilde;o, foi registrada inicialmente com o nome de Maria das Dores Xavier do R&ecirc;go, mas aos nove anos de idade foi estudar em Juazeiro do Norte, Cear&aacute;, cidade de origem da sua fam&iacute;lia paterna e, chegando l&aacute; seus tios n&atilde;o permitiram que ela n&atilde;o tivesse o sobrenome da fam&iacute;lia que era Oliveira e ent&atilde;o mudaram o nome dela, ficando Maria das Dores Xavier de Oliveira.</span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-size:14.0pt; line-height:115%">&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; Dorinha Xavier &eacute; de uma fam&iacute;lia de 9 irm&atilde;os, sendo que deles apenas 03 (tr&ecirc;s)s&atilde;o irm&atilde;os entre si. O que n&atilde;o ocorria com seis deles, pois os pais ao se casarem eram vi&uacute;vos e cada um j&aacute; tinha uma prole de 3 filhos, inclusive houve um casamento entre os filhos que n&atilde;o eram irm&atilde;os.&nbsp;Filhos do seu Ant&ocirc;nio e irm&atilde;o de Dorinha Xavier s&atilde;o: Guilherme Xavier de Oliveira, este av&ocirc; de Xavier Neto, deputado e conselheiro do Tribunal de Contas que faleceu recentemente; Zeca Xavier e Alfredo e os filhos de Dona Celecina: Maria, Fransquinha e Vicente e os filhos do casal: Dorinha Xavier. Aristeu e Santino Xavier. Maria e Alfredo Xavier foram ao altar, viviam na mesma casa se apaixonaram e se casaram.</span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-size:14.0pt; line-height:115%">&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; Naquela &eacute;poca, as mulheres logo cedo eram preparadas para o matrim&ocirc;nio, desenvolvendo as habilidades para as prendas do lar, o que n&atilde;o era o caso de Dorinha Xavier, que logo aos nove anos foi em busca do conhecimento na cidade de Juazeiro do Norte, onde morava parte de sua fam&iacute;lia paterna e l&aacute;, viveu muito tempo, chegando em 1932 e permanecendo at&eacute; o in&iacute;cio da d&eacute;cada de 50. No per&iacute;odo em que esteve em Juazeiro do Norte, estudou e se formou em Professora na Escola Normal de Juazeiro que era de sua fam&iacute;lia, onde ap&oacute;s formada ficou trabalhando como professora de Bal&eacute; e depois acumulou as aulas de bal&eacute; com a dire&ccedil;&atilde;o da Escola T&eacute;cnica Comercial de Juazeiro. </span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-size:14.0pt; line-height:115%">&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; No in&iacute;cio da d&eacute;cada de 50, Dorinha Xavier com saudades dos seus familiares, principalmente do seu pai, a quem tinha grande admira&ccedil;&atilde;o, resolve voltar para Picos e logo consegue dar continuidade ao seu trabalho na educa&ccedil;&atilde;o, indo trabalhar no Instituto Monsenhor Hip&oacute;lito, col&eacute;gio das irm&atilde;s, como era chamado, ministrando disciplinas de bal&eacute;, educa&ccedil;&atilde;o f&iacute;sica, Ioga, etc, logo fundou sua pr&oacute;pria escola, O Instituto Rui Barbosa. </span></p> <p style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><span style="font-size:14.0pt;line-height:115%">De acordo com Dona Dorinha, na &eacute;poca, era juiz de Picos, Vidal de Freitas e ele tinha uma escolinha, ao ser transferido, doou para ela as carteiras escolares, que aproveitou a oportunidade para iniciar o funcionamento de seu estabelecimento de ensino prim&aacute;rio.</span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-size:14.0pt; line-height:115%">&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; A sua hist&oacute;ria com a Escola T&eacute;cnica Comercial come&ccedil;ou quando o ent&atilde;o juiz de Picos Jos&eacute; Albano de Macedo, Dr. Ozildo, diretor da escola que pertencia &agrave; Associa&ccedil;&atilde;o Comercial pediu que lhe ajudasse na condu&ccedil;&atilde;o da escola e ela prontamente o fez, organizando a escola, dando aulas, etc. Com a remo&ccedil;&atilde;o do Dr. Ozildo para a Comarca de Jaic&oacute;s, o mesmo pediu para que ela dirigisse a Escola T&eacute;cnica Comercial, refor&ccedil;ado pelo ent&atilde;o presidente Reginaldo Granja, oportunidade em que ela disse que s&oacute; assumiria a dire&ccedil;&atilde;o se fizesse um aditivo repassando a Escola T&eacute;cnica&nbsp;&nbsp;Comercial para o Instituto Rui Barbosa que j&aacute; estava legalizado e Registrado no Minist&eacute;rio da Educa&ccedil;&atilde;o que na &eacute;poca funcionava do Rio de Janeiro. Reginaldo, n&atilde;o relutou e logo providenciou a documenta&ccedil;&atilde;o e Dona Dorinha teve que ir ao Rio de Janeiro para legalizar a escola t&eacute;cnica e assim o fez, mantendo-a funcionando at&eacute; 1978, quando se aposentou e ent&atilde;o repassou a escola para o Estado, ficando funcionando provisoriamente na Unidade Escolar Marcos Parente no turno da noite, pouco tempo depois com a implanta&ccedil;&atilde;o da Escola T&eacute;cnica Estadual Petronio Portela (Premen), 1984, a escola comercial fora extinta e criaram o curso prepara&ccedil;&atilde;o para o trabalho, equivalente ao cient&iacute;fico da &eacute;poca e o hoje o ensino m&eacute;dio.</span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-size:14.0pt; line-height:115%">&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; Em 1977 sua m&atilde;e faleceu e em 1978 resolveu se aposentar, mas enquanto esteve na ativa, administrou a escola com m&atilde;os de ferro, sempre dura em suas decis&otilde;es e determinada a v&ecirc;-las cumpridas. De acordo com dona Dorinha, grande parte dos comerciantes de Picos, passaram por sua escola e l&aacute; tiveram boa forma&ccedil;&atilde;o, pois a grande maioria obtiveram sucesso em suas atividades comerciais, certamente os ensinamentos foram bons.</span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-size:14.0pt; line-height:115%">&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; Durante muito tempo participou ativamente da pol&iacute;tica educacional do estado do Piau&iacute;, pois foi membro da Federa&ccedil;&atilde;o dos Estabelecimentos de Ensino do Brasil, tendo sido ela respons&aacute;vel pela organiza&ccedil;&atilde;o do 1&ordm;. Congresso de Ensino do Recife em parceria com o Professor Moacir Madeira Campos e depois desse participou de muitos outros, mantendo contato constantemente com o Rio de Janeiro e depois em Bras&iacute;lia. &nbsp;</span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-size:14.0pt; line-height:115%">&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; Dorinha Xavier, &eacute; uma mulher &agrave; frente do seu tempo, trabalhou, ditou moda, educou os sobrinhos e tamb&eacute;m viveu, pois enquanto p&ocirc;de, viajou o mundo afora, conheceu a Europa andou em mais de 10 paises, al&eacute;m de ter andado o Piau&iacute;, tendo conhecido o per&iacute;odo de constru&ccedil;&atilde;o da Hidrel&eacute;trica de Boa Esperan&ccedil;a, em Guadalupe, viajou o Nordeste e o Brasil, sempre gostou de viajar, seu principal hobby.</span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-size:14.0pt; line-height:115%">&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; Hoje aos 90 anos, ela n&atilde;o para, se desloca sozinha, se mantem informada e atualizada de tudo, pois criou seu facebook, nada diariamente em uma piscina constru&iacute;da em sua casa, l&ecirc; revistas, assiste televis&atilde;o e como devota de S&atilde;o Jos&eacute;, reza seu ter&ccedil;o diariamente, antes de qualquer atividade. <span style="color:red">Comemo</span>rou seus 90 anos com muito vigor e alegria, recebendo o carinho e aten&ccedil;&atilde;o dos seus familiares que vibram com suas hist&oacute;rias da mocidade, alguns inclusive participaram delas.</span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-size:14.0pt; line-height:115%">&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; Quando esteve em Picos, desenvolvendo suas atividades educacionais, Dorinha Xavier, movimentava a cidade com os desfiles de 7 de setembro, escolha da miss estudantil, comemora&ccedil;&otilde;es das datas c&iacute;vicas, etc ,tendo inclusive em seu acervo pessoal uma quantidade consider&aacute;vel de fotos que registram esses momentos que relembra com saudosismo aos lado dos sobrinhos. </span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-size:14.0pt; line-height:115%">&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; Em reconhecimento aos servi&ccedil;os prestados como educadora, Dorinha Xavier foi homenageada em Picos pelo ex-prefeito Gil Marques dando nome a uma escola municipal e tamb&eacute;m pela dire&ccedil;&atilde;o da Uespi em Picos que deu nome a uma das salas do campus.</span></p> <div style="text-align:justify">&nbsp;</div> <p style="text-align:justify"><span style="font-size:14.0pt; line-height:115%">FATOS:</span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-size:14.0pt; line-height:115%">Dorinha Xavier era uma mulher &agrave; frente do seu tempo,&nbsp;tinha a&ccedil;&otilde;es que a sociedade repudiava de momento, mas depois servia de modismo e toda a cidade a acompanhava. Dentre as inova&ccedil;&otilde;es, resolveu usar cal&ccedil;a comprida, tendo sido a primeira mulher de Picos a vestir uma cal&ccedil;a comprida e a andar de cavalo, causando espanto e admira&ccedil;&atilde;o na sociedade. Dorinha tamb&eacute;m resolveu ir a uma festa de casamento em Olinda e como sua fam&iacute;lia produzia cal&ccedil;ados, ela n&atilde;o queria ir com o cal&ccedil;ado tradicional e resolveu criar seu pr&oacute;prio modelo e confeccionou uma sand&aacute;lia alta e aberta, mostrando as pontas dos dedos o que n&atilde;o podia na &eacute;poca e fez sucesso em Olinda. Ela ditou moda.</span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-size:14.0pt; line-height:115%">Outro fato que marcou sua vida foi quando Alcenor foi roubar Dona In&aacute;, pois queria casar-se com ela, mas a fam&iacute;lia da mo&ccedil;a n&atilde;o queria e ent&atilde;o procurou Dorinha Xavier e pediu ajuda, dizendo que confiava nela e s&oacute; ela podia ajuda-lo, depois de algumas manifesta&ccedil;&otilde;es contr&aacute;rias, resolveu ajuda-lo e imp&ocirc;s suas condi&ccedil;&otilde;es. Ela planejou tudo &agrave;s condidas e no dia anterior ao fato resolveu dar alguns tiros para testar a pontaria e dos 10 tiros disparados contra sibitos (p&aacute;ssaros da regi&atilde;o), nove foram certeiros e em outra ocasi&atilde;o disparou um tiro contra uma cobra acertando-a na boca. Com isso, sentiu-se preparada para o desafio e no dia seguinte fizeram o rapto da mo&ccedil;a e sa&iacute;ram em dire&ccedil;&atilde;o a Floriano, chegando em Nazar&eacute;, percebeu que estava sendo seguida&nbsp;e determinou que ningu&eacute;m olhasse para tr&aacute;s, somente ela e assim se cumpriu at&eacute; chegarem ao destino, a cidade de Floriano. E tudo terminou bem.</span></p> <div style="text-align:justify">&nbsp;</div> <div style="text-align:justify">&nbsp;</div> <!--[if gte mso 9]><xml> Normal 0 21 false false false PT-BR X-NONE X-NONE </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><![endif]--><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-style-parent:""; line-height:115%; font-size:11.0pt;"Calibri","sans-serif"; mso-bidi-"Times New Roman";} </style> <![endif]--> <p>&nbsp;</p>
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