Dos poemas de curvas do meu caminho ao romance "Musica para pensar"

Dos poemas de curvas do meu caminho ao romance "Musica para pensar"

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<p>Meu amigo Gilson Chagas foi o orador da turma de formandos do Curso de Ci&ecirc;ncias Cont&aacute;beis do Centro de Ensino Superior do Vale do Parna&iacute;ba &ndash; CESVALE , de 1994, turma que teve como paraninfo o professor Jos&eacute; Eduardo Pereira e como patrono o ent&atilde;o deputado federal Jo&atilde;o Henrique de Almeida Sousa.</p> <p>Vinte anos antes, portanto ainda muito jovem, morando em Picos, Gilson Chagas havia estreado literariamente com o livro de poemas &ldquo;Curvas do Meu Caminho&rdquo;, em cujo pref&aacute;cio o Dr. Nery Marciano j&aacute; dizia: &ldquo;a obra nada mais &eacute; do que haver&aacute; de ser, no futuro, a cria&ccedil;&atilde;o do talentoso filho da pequenina Santo Ant&ocirc;nio de Lisboa, que d&aacute; com a presente publica&ccedil;&atilde;o o seu primeiro voo liter&aacute;rio, um voo muito promissor.&rdquo;</p> <p>Da&iacute; a nove anos lan&ccedil;ava seu segundo livro, &ldquo;A Ferro e Fogo&rdquo;, do qual eu disse que o Autor se revelava um romancista de estilo pr&oacute;prio, com jeito singelo de narrar, entremeado de alus&otilde;es e conota&ccedil;&otilde;es que passeavam do picaresco ao grave, n&atilde;o diria filos&oacute;fico, mas vivencial. Talvez uma apologia do trivial da vida, tendo como pretexto jovens aspira&ccedil;&otilde;es e comportamentos no espa&ccedil;o e no palco, respectivamente, das realidades &iacute;ntima e social.</p> <p>Dessa segunda publica&ccedil;&atilde;o at&eacute; o bacharelado em Ci&ecirc;ncias Cont&aacute;beis, quando j&aacute; morava em Teresina, e do qual falei no in&iacute;cio, havia transcorrido um espa&ccedil;o de 12 anos, raz&atilde;o por que, como amigo, naquele momento cobrei a sua volta &agrave; literatura, em face da potencialidade como escritor, que n&atilde;o me parecia de estreante, e sim de experimentado mestre no of&iacute;cio.</p> <p>O tempo foi passando. Gilson saiu do Piau&iacute;, cumprindo em outros estados seu destino de trabalho, de estudo e de vida, que, vale repetir, serve de exemplo para todos n&oacute;s, antigos e mo&ccedil;os; exemplo nas profiss&otilde;es que abra&ccedil;ou, exemplo como pessoa, como chefe de fam&iacute;lia; exemplo de intelig&ecirc;ncia e capacidade humana. J&aacute; publicou v&aacute;rios livros (did&aacute;ticos), todos bem aceitos pela cr&iacute;tica e bem recebidos pelo p&uacute;blico. O mais recente, por&eacute;m, o romance M&Uacute;SICA PARA PENSAR, me faz relembrar um conhecimento e uma amizade de muitos anos. E n&atilde;o s&oacute; isso. Me cobra e enseja uma obriga&ccedil;&atilde;o de dizer uma verdade antes percebida e agora plenamente confirmada: pela bela, perfeita e diversa utiliza&ccedil;&atilde;o das falas regionais, pela linguagem em si, na dialoga&ccedil;&atilde;o e especialmente no campo hist&oacute;rico-narrativo. Com este romance &ndash; M&Uacute;SICA PARA PENSAR &ndash; o escritor Gilson Chagas, sem d&uacute;vida, deve ser visto, tratado e considerado como um dos melhores romancistas da atualidade brasileira.</p>
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