Na manhã deste sábado, 26 de fevereiro, familiares e amigos do jovem Francisco Arthur de Carvalho Moura, 24 anos, que morreu vítima de atropelamento, no dia 26 de janeiro, na PI-375 que liga Picos ao município de Santana do Piauí realizaram uma manifestação pacífica em frente ao prédio da Central de Flagrantes, cobrando justiça pela prisão da pessoa que provocou o acidente.

A concentração aconteceu às 08h30, na igrejinha Sagrado Coração de Jesus, logo em seguida os manifestantes percorreram algumas ruas da cidade com o destino à sede da Delegacia Regional de Picos.

O jovem foi atropelado por um carro conduzido por mulher que realizava uma perseguição ao marido que estava a caminho de um motel, no povoado Gameleira dos Galdinos, zona rural de Picos. No momento do acidente, Arthur estava retornando do seu horário de almoço em uma motocicleta quando aconteceu a colisão. De acordo com informações, a mulher não prestou socorro à vítima.

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A mãe da vítima, Francidalva Carvalho, foi recebida pela delegada plantonista, onde a mesma orientou que eles procurassem a delegada responsável pelo caso para mais explicações após o feriado de carnaval.

“Ela pediu para que viéssemos na quinta-feira, pois quem está com o caso é outra delegada, ela é apenas a plantonista do final de semana. Na próxima semana eu volto aqui para saber como está o andamento do caso, pois segundo ela, o caso pode estar praticamente encerrado, sendo que todos os depoimentos já foram colhidos”, disse.

Mãe da vítima, Francidalva Carvalho. Foto: Wesley Monteiro

Francidalva Carvalho ainda falou sobre o sentimento de perder um filho da forma trágica que foi, e da condutora do veículo não ter prestado socorro à vítima.

“É um momento de muita dor, muita revolta, pois o que ela fez com meu filho, não se faz nem com um animal. As pessoas têm sido muito solidárias, mas da parte deles, nenhum nunca nos procurou, apenas o marido dela que mandou uma mensagem no dia que o meu filho foi sepultado”, frisou.

Segundo a tia de Arthur, Francizeuda Carvalho, está sendo um momento difícil para todos que conheciam o jovem, principalmente para ela que acompanhou o nascimento e ajudou a cuidar dele quando era criança.

“Queremos justiça, não queremos que seja só mais um caso. O acidente destruiu toda uma família. Arthur sempre foi um menino bom, brincalhão, amoroso. Como tia, é muito difícil falar porque acompanhei a gravidez, o nascimento, cuidei dele, e ele sempre foi amoroso e respeitador”, afirmou.

Tia de Arthur, Francizeuda Carvalho. Foto: Wesley Monteiro