Nove detentos fogem da Central de Flagrantes em Picos

Nove detentos fogem da Central de Flagrantes em Picos

Buraco por onde os presos alcançaram a rede de esgoto. / Foto: Jornal de Picos

<div><strong>U</strong>sando a rede de esgoto alcan&ccedil;ada a partir de um buraco cavado pr&oacute;ximo &agrave; privada, nove detentos fugiram da Central de Flagrantes de Picos. A fuga em massa foi descoberta por volta das 23 horas do domingo, 15 de julho, e dentre os que escaparam est&atilde;o acusados de roubo, furto, tr&aacute;fico de drogas e viol&ecirc;ncia dom&eacute;stica.</div> <div>&nbsp;</div> <div>No momento da fuga estavam de plant&atilde;o tr&ecirc;s agentes da Pol&iacute;cia Civil, que somente tomaram conhecimento do fato ap&oacute;s a Pol&iacute;cia Militar chegar &agrave; Central de Flagrantes com tr&ecirc;s detentos que haviam sido recapturados minutos antes.</div> <div>&nbsp;</div> <div>Segundo o Chefe de Plant&atilde;o Lennon Luz, ao se deslocarem para a cela do lado direito constataram que a fuga tinha realmente acontecido, pois dos onze detentos que duas horas antes estavam l&aacute;, apenas dois permaneciam, enquanto os outros nove haviam escapado.</div> <div>&nbsp;</div> <div>Para escapar, os presos retiraram a tampa do vaso sanit&aacute;rio, cavaram um buraco at&eacute; a tubula&ccedil;&atilde;o da fossa e pela rede de esgoto alcan&ccedil;aram a parte externa da Delegacia, subiram no murro que dar acesso a Escola T&eacute;cnica Estadual Petr&ocirc;nio Portela (Premen) e fugiram.</div> <div>&nbsp;</div> <div>&nbsp;At&eacute; a manh&atilde; desta segunda-feira, 16, quatro dos nove foragidos j&aacute; tinham sido recapturados pelas Pol&iacute;cias Militar e Civil, que continuam em dilig&ecirc;ncias para tentar localizar os demais.</div> <div>&nbsp;</div> <div>Lennon Luz disse que os detentos recapturados estavam sujos de barro e com odor de fezes, o que facilitou o trabalho da Pol&iacute;cia. Um deles foi localizado pr&oacute;ximo a rua Santo In&aacute;cio, no bairro Bomba. Dentre os recapturados est&atilde;o os presos conhecidos como Pelado, Maurivan e Ac&aacute;cio.</div> <div>&nbsp;</div> <div>Dentre os foragidos est&atilde;o os detentos Hernane de Carvalho Monteiro, Francisco de Assis da Silva, vulgo Rato; F&aacute;bio Ferreira da Silva, o J&uacute;nior Cabe&ccedil;&atilde;o; Fabr&iacute;cio de Oliveira Pontes, Reginaldo Pereira da Silva e Paulo Henrique Gomes Galv&atilde;o, mais conhecido como Cabeludo.</div> <div>&nbsp;</div> <div>A pedido do Delegado Regional de Pol&iacute;cia Civil de Picos Ewerton F&eacute;rrer, os detentos recapturados dever&atilde;o ser transferidos, provavelmente, para a Casa de Deten&ccedil;&atilde;o Provis&oacute;ria &ldquo;Dom Inoc&ecirc;ncio Santana&rdquo;, em S&atilde;o Raimundo Nonato, ou mesmo para a Penitenci&aacute;ria Regional &quot;Jos&eacute; de Deus Barros&quot;, em Picos, que est&aacute; superlotada. A not&iacute;cia deixou preocupados os familiares dos presos, que na manh&atilde; desta segunda-feira, 16, acompanhados de advogados se aglomeraram em frente &agrave; Central de Flagrantes em busca de informa&ccedil;&otilde;es oficiais sobre a medida.</div> <div><strong>&nbsp;</strong></div> <div><strong>Abandono</strong></div> <div> <p>&nbsp;</p> <p>O diretor regional do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpolpi), Joel Joaquim dos Santos, atribuiu essas constantes fugas &agrave; falta de condi&ccedil;&otilde;es em geral da Central de Flagrantes de Picos. &ldquo;N&atilde;o temos contingente policial para fazer essa vigil&acirc;ncia e nem para custodiar preso numa estrutura prec&aacute;ria e insignificante com uma superlota&ccedil;&atilde;o&rdquo;, denunciou.</p> </div> <div>&nbsp;</div> <div>O sindicalista informou ainda que diante da precariedade da Central de Flagrantes e da superlota&ccedil;&atilde;o das celas, v&aacute;rios of&iacute;cios j&aacute; foram encaminhadas &agrave;s autoridades, mas, at&eacute; o momento nenhuma provid&ecirc;ncia foi adotada.</div> <div>&nbsp;</div> <div>Joel Santos informou que antes da fuga existiam 21 detentos em duas celas de quatro metros por quatro. Dentre os quais tem presos do Cear&aacute; e de outros estados e Comarcas que est&atilde;o l&aacute; h&aacute; mais de tr&ecirc;s meses e nunca receberam uma bolacha sequer para se alimentar e jamais refei&ccedil;&otilde;es.</div> <div>&nbsp;</div> <p>&ldquo;N&atilde;o recebem tamb&eacute;m visitas dos familiares, est&atilde;o em total abandono. Comem quando os colegas dividem o pouco que recebem, ent&atilde;o apelam pra tudo&rdquo;, resumiu o diretor regional do Simpolpi Joel dos Santos, acrescentando que a delegacia n&atilde;o tem estrutura e nem contingente para reprimir essa pr&aacute;tica.</p>
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