Ministério Público pede a prisão preventiva do prefeito Gil Paraibano

Ministério Público pede a prisão preventiva do prefeito  Gil Paraibano

Prefeito de Picos é dnunciado pelo Ministério Público. / Foto: Jornal de Picos

<div>A Procuradora Geral de Justi&ccedil;a, Z&eacute;lia Saraiva Lima, encaminhou ao Tribunal de Justi&ccedil;a den&uacute;ncia contra o prefeito de Picos, Gil Marques de Medeiros, o Gil Paraibano (PMDB), pela pr&aacute;tica dos crimes de&nbsp;amea&ccedil;a, constrangimento ilegal e destrui&ccedil;&atilde;o de coisa alheia.</div> <div>&nbsp;</div> <div>Os delitos est&atilde;o tipificados nos artigos 146, par&aacute;grafo 1&ordm; (Constranger algu&eacute;m, mediante viol&ecirc;ncia ou grave amea&ccedil;a, ou depois de lhe haver reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de resist&ecirc;ncia, a n&atilde;o fazer o que a lei permite, ou a fazer o que ela n&atilde;o manda); 157, par&aacute;grafos 1&ordm; e 2&ordm;, I (Subtrair coisa m&oacute;vel alheia, para si ou para outrem, mediante grave amea&ccedil;a ou viol&ecirc;ncia a pessoa, ou depois de hav&ecirc;-la, por qualquer meio, reduzido &agrave; impossibilidade de resist&ecirc;ncia) e 163, par&aacute;grafo 1&ordm; (Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia) do C&oacute;digo Penal.</div> <div><br /> <strong>A acusa&ccedil;&atilde;o</strong></div> <div>&nbsp;</div> <div>Narra &agrave; den&uacute;ncia que em quatro de maio de 2012 o vereador Hugo Victor Saunders Martins (PMDB), ap&oacute;s realizar filmagem de irregularidades na obra de cal&ccedil;amento no povoado Valpara&iacute;so, trafegava pela estrada vicinal, acompanhado por Erton Maia em um ve&iacute;culo Spacefox, quando o autom&oacute;vel foi arremessado contra uma cerca por outro ve&iacute;culo no qual se encontrava o prefeito de Picos Gil Paraibano e seu motorista, conhecido como Para&iacute;ba. O prefeito se dirigiu ao Spacefox e colocando o bra&ccedil;o dentro do ve&iacute;culo pela janela do motorista, apontou uma arma de fogo contra o vereador que estava no banco de passageiro, exigindo a filmadora sob amea&ccedil;a de morte.</div> <div>&nbsp;</div> <div>De acordo com o vereador o prefeito parecia disposto a atirar, mas foi contido pelo motorista e pelo suplente de vereador Ded&eacute; Monteiro. O prefeito disse que mataria o vereador caso fosse denunciado &agrave; pol&iacute;cia ou voltasse a realizar filmagens. Segundo a den&uacute;ncia a v&iacute;tima foi for&ccedil;ada a prometer que n&atilde;o seria candidato &agrave; reelei&ccedil;&atilde;o e que n&atilde;o mais falaria de forma desabonadora do prefeito, como teria feito no dia anterior da tribuna da C&acirc;mara Municipal de Picos. Gil Paraibano amea&ccedil;ou, tamb&eacute;m, o pai do vereador Hugo Victor Saunders Martins, dizendo que com ele &ldquo;trocaria bala&rdquo; fazendo a mesma amea&ccedil;a ao deputado Kleber Eul&aacute;lio, agora candidato a prefeito de Picos pelas oposi&ccedil;&otilde;es.</div> <div><br /> <strong>Pris&atilde;o preventiva </strong></div> <div>&nbsp;</div> <div>Para a procuradora &eacute; caso de decreta&ccedil;&atilde;o de pris&atilde;o preventiva de Gil Marques de Medeiros, sob o fundamento da conveni&ecirc;ncia da instru&ccedil;&atilde;o criminal, ressaltando que a postura intimidat&oacute;ria adotada pelo denunciado quando cometeu os delitos, aliada a sua posi&ccedil;&atilde;o pol&iacute;tica privilegiada como chefe do Poder Executivo Municipal, demonstra a alta probabilidade de que o prefeito cause embara&ccedil;o a instru&ccedil;&atilde;o criminal. Gil Paraibano j&aacute; teria, inclusive, perseguido testemunhas arroladas, diz a den&uacute;ncia e que a sua perman&ecirc;ncia em liberdade atrapalhar&aacute; o curso da a&ccedil;&atilde;o penal.</div> <div><br /> A procuradora ressalta o fato de o prefeito ter dito que iria &ldquo;trocar bala&rdquo; com &ldquo;quem mais viesse&rdquo;, ou seja, com quem lhe fizesse oposi&ccedil;&atilde;o, &ldquo;sendo necess&aacute;ria a pris&atilde;o preventiva tamb&eacute;m para resguardar a ordem p&uacute;blica&rdquo;.</div> <div><br /> A procuradora finaliza afirmando que &ldquo;&eacute; poss&iacute;vel concluir que somente o Poder Judici&aacute;rio poder&aacute; det&ecirc;-lo: a segrega&ccedil;&atilde;o cautelar do r&eacute;u &eacute; medida que se imp&otilde;e&rdquo;.</div> <div><br /> O inqu&eacute;rito policial tramita na 1&ordf; C&acirc;mara Especializada Criminal e tem como relator o desembargador Pedro de Alc&acirc;ntara Macedo.</div> <div><br /> Caso condenado pelos crimes que &eacute; acusado Gil Paraibano poder&aacute; pegar at&eacute; 15 anos de cadeia.</div> <div><br /> <strong>A&ccedil;&atilde;o penal</strong></div> <p><br /> O prefeito Gil Paraibano &eacute; r&eacute;u em a&ccedil;&atilde;o penal que tramita no Tribunal de Justi&ccedil;a por desacato. No dia 22 de abril do ano passado ele foi preso e conduzido &agrave; central de Flagrantes ap&oacute;s desacatar policiais de tr&acirc;nsito que faziam a seguran&ccedil;a da Prociss&atilde;o do Senhor Morto. Um m&ecirc;s antes ele havia se desentendido com um comerciante conhecido como Chicosa. Em 2005 Gil Paraibano foi acusado de disparar em via p&uacute;blica e de agredir duas pessoas no bairro Junco.</p>
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