Advogado acusa policiais de torturar suspeito de matar Emídio Reis
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<div align="justify">O advogado Joaquim Cipriano, que defende dois dos presos na Operação Mandacaru, afirmou que o depoimento de Joaquim Pereira Neto foi colhido sob tortura.</div>
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<div align="justify">"Vamos contestar todas as informações que meu cliente deu em depoimento porque foi inconstitucional, foi colhido sob tortura, com saco plástico na cabeça. Tudo que ele disse tem que ser revisto. Foi negado a ele, inclusive, o direito de prestar depoimento acompanhado do advogado. Quando soubemos de tudo, ele já havia passado pela situação", explicou Cipriano.</div>
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<div align="justify">O advogado acrescentou que Joaquim Pereira não ocupa cargos políticos na cidade de São Julião e que sofre de problemas mentais. "Ele é um aposentado, ninguém, nem mesmo nós, os advogados, sabemos do que ele está sendo acusado", disse.</div>
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<div align="justify">Além de Joaquim Pereira, Cipriano também defende o vice-prefeito de São Julião, Francimar Pereira, que é acusado de ser o autor intelectual do crime.</div>
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<div align="justify">Em entrevista a imprensa da capital, Joaquim Cipriano afirmou que a tortura durou 15 horas e ocorreu numa estrada vicinal entre São Julião e Joaquim Pires, nas dependências da delegacia desta cidade e nas dependências da Greco, quando Joaquim foi transferido para Teresina. </div>
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<p align="justify">"O depoimento foi tomado após sessão de tortura de mais de 15 horas. Joaquim foi preso por volta das 06h em São Julião. Os presos foram trazidos para cá. Joaquim sumiu simplesmente. Tentamos localizar e quando localizamos já era 19h. De lá ainda, Luccy Keyko proibiu a presença dos advogados. A tortura foi antes do depoimento. Quando ele foi pego em São Julião levaram para Jaicós em uma estrada vicinal e lá chutaram ele. Quando chegou na delegacia, botaram dentro de uma sala com oito policiais algemado os pés e as mãos e saco plástico na cabeça e amarrava um cordão e diziam para ele contar. Ele sem admitir trouxeram para Teresina. Levaram para a Greco e a mesma coisa. Confissão através de tortura é fácil. Quem está sendo torturado diz o que fez e o que não fez", relatou o advogado.</p>