Delegacias de Picos são proibidas de receber presos
Apesar de interditada Central de Flagrantes continua recebendo presos. / Foto: José Maria Barros
<div align="justify">Todos os presos no município de Picos, a partir desta terça-feira (10), deverão ser encaminhados diretamente à Penitenciária Regional José de Deus Barros, e não mais para os distritos de polícia da cidade. A decisão preocupa, considerando que o presídio, para onde os presos serão levados, possui capacidade para 145 detentos, mas já se encontra com mais de 400, portanto, superlotada.</div>
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Para o presidente da Associação Geral do Pessoal Penitenciário do Estado do Piauí (Agepen-PI), Marcelo Cardoso, a medida preocupa. “Estamos preocupados com os servidores penitenciários daquela unidade, pois aquele estabelecimento penal não tem a mínima condição de receber mais presos do que os já existentes”, afirmou Marcelo Cardoso.</div>
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Segundo ele, é urgente a necessidade de construção de um novo presídio naquela cidade, sobretudo destinado a presos em regime de segurança máxima, bem como a realização imediata de um concurso público para agentes penitenciários e demais cargos que o estatuto do pessoal penitenciário garante.</div>
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“Essas medidas são as únicas formas de se evitar uma tragédia no Sistema Penitenciário. O improviso e a irresponsabilidade dos administradores ao longo dos anos tornam o sistema penitenciário um depósito de seres humanos e aumenta violentamente o estresse dos profissionais que laboram no sistema”, argumenta ele.</div>
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<strong>Falta de Agentes</strong></div>
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“O presídio de Picos conta hoje com cerca de 4 ou 5, podendo chegar até no máximo 6 agentes penitenciários por plantão para realizar as diversas atividades que fazem parte da rotina do presídio, tais como alimentação dos presos, visitas dos familiares, atendimento a advogados, oficiais de justiça, escoltas de presos a audiências e ainda aqueles imprevistos como escolta de presos doentes/internado no hospital público da cidade”, relata o entidade classista Marcelo Cardoso.</div>
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“Reafirmamos que a medida deve ser revista com urgência e sanado os problemas existentes nas unidades como superlotação e carência de Profissionais por meio de concurso Público e não seu agravamento. Não se resolve o problema das delegacias causando agravando ainda mais os problemas do sistema prisional”, finalizou Marcelo.</div>
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A Secretaria de Justiça afirmou que ainda não foi notificada sobre esta decisão. Segundo o órgão, as medidas necessárias serão tomadas após serem notificados oficialmente, até lá não se pronunciará sobre o caso. </p>