Acusada de encomendar morte do marido é submetida a júri popular

Acusada de encomendar morte do marido é submetida a júri popular

Toinha é a primeira a ser julgada pela morte de Epaminondas. / Foto: José Maria Barros

<div align="justify"> <p><strong>C</strong>om um forte esquema de seguran&ccedil;a teve in&iacute;cio &agrave;s 10 horas da manh&atilde; desta ter&ccedil;a-feira, 17, o julgamento da empres&aacute;ria Ant&ocirc;nia Sousa de Andrade Rocha, a Toinha, 45 anos, acusada de encomendar a morte do marido, Epaminondas Coutinho Feitosa, de 34 anos. Ele foi executado com v&aacute;rios tiros de pistola e rev&oacute;lver na noite de 8 de junho de 2013, a poucos metros da resid&ecirc;ncia do casal.</p> <p>&nbsp;</p> <p><strong><em><u><a href="http://www.jornaldepicos.com.br/album_detalhe.php?id=726">CONFIRA AS IMAGENS!!!</a></u></em></strong></p> </div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">A sess&atilde;o do Tribunal Popular do J&uacute;ri est&aacute; acontecendo no audit&oacute;rio do F&oacute;rum &ldquo;Governador Helv&iacute;dio Nunes de Barros&rdquo;, sob a presid&ecirc;ncia da ju&iacute;za da 5&ordf; Vara da Comarca de Picos, Nilcimar Rodrigues de Ara&uacute;jo Carvalho. Como representante do Minist&eacute;rio P&uacute;blico a promotora de justi&ccedil;a Itaniele Rotondo, assistente de acusa&ccedil;&atilde;o Jos&eacute; Solano Feitosa e na defesa o advogado criminalista Herval Ribeiro.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">A previs&atilde;o &eacute; de que o julgamento se estenda at&eacute; a madrugada de quarta-feira, 18, tendo em vista que ser&atilde;o ouvidas tr&ecirc;s testemunhas arroladas pela defesa e tr&ecirc;s pela acusa&ccedil;&atilde;o. Al&eacute;m do depoimento da r&eacute; Toinha e em seguida os debates.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Dezenas de pessoas entre familiares da v&iacute;tima e da acusada, al&eacute;m de estudantes de direito e jornalistas, lotam o f&oacute;rum. Como o n&uacute;mero de interessados em assistir ao j&uacute;ri era maior do que a capacidade do audit&oacute;rio foi necess&aacute;ria &agrave; distribui&ccedil;&atilde;o de senhas. Para ter acesso ao local, as pessoas eram revistadas.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Ao contr&aacute;rio da audi&ecirc;ncia de instru&ccedil;&atilde;o e julgamento ocorrida no dia 25 de outubro de 2013, desta vez n&atilde;o houve protestos por parte da fam&iacute;lia da v&iacute;tima durante a chegada da r&eacute; ao F&oacute;rum &ldquo;Governador Helv&iacute;dio Nunes de Barros&rdquo;. Apenas algumas pessoas vestiam camisetas com a frase: &ldquo;Confiamos no poder da justi&ccedil;a!&rdquo;.</div> <div align="justify"><strong>&nbsp;</strong></div> <div align="justify"><strong>Den&uacute;ncia</strong></div> <div align="justify"><strong>&nbsp;</strong></div> <div align="justify">Segundo a den&uacute;ncia do Minist&eacute;rio P&uacute;blico o crime foi encomendado pela vi&uacute;va de Epaminondas Coutinho, a empres&aacute;ria Ant&ocirc;nia Sousa de Andrade Rocha, a Toinha. Os executores foram os pistoleiros Jos&eacute; Manoel dos Santos Matos, vulgo Santinho, 35 anos, e Rinaldo Jos&eacute; do Nascimento, o Tet&ecirc;, 23 anos. Como agenciadores os irm&atilde;os Tiago Os&oacute;rio Cavalcante e Iago Os&oacute;rio Cavalcante, este &uacute;ltimo ainda foragido.&nbsp;</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Apontada como mandante do crime, a vi&uacute;va foi presa no dia 5 de julho de 2013, menos de um m&ecirc;s ap&oacute;s o assassinato do marido. Desde ent&atilde;o ela se encontra recolhida a Penitenci&aacute;ria Feminina de Picos.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Segundo o assistente de acusa&ccedil;&atilde;o Jos&eacute; Solano Feitosa, em crimes de pistolagem em rela&ccedil;&atilde;o aos autores intelectuais, os mandantes, as provas nem sempre s&atilde;o fartas, robustas e contundentes. &ldquo;Por&eacute;m, de nossa parte, n&atilde;o existe nenhuma d&uacute;vida de que a Toinha encomendou a morte do marido e que por isso deve ser condenada pelo Tribunal Popular do J&uacute;ri&rdquo;, defendeu.<span>&nbsp;&nbsp; </span></div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Para o assistente de acusa&ccedil;&atilde;o, o fato de o advogado de defesa n&atilde;o ter recorrido ao Tribunal de Justi&ccedil;a da decis&atilde;o de pron&uacute;ncia contra sua cliente, pode ser uma estrat&eacute;gia para tentar livr&aacute;-la da condena&ccedil;&atilde;o. Segundo ele, no geral, quem s&atilde;o submetidos primeiro a julgamento s&atilde;o os autores e agenciadores, depois o mandante. Nesse caso espec&iacute;fico houve uma invers&atilde;o.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">O advogado de defesa, Herval Ribeiro, disse que n&atilde;o via necessidade de interpor recurso por entender que n&atilde;o existe nenhuma prova nesse processo, nem muito menos um ind&iacute;cio de que sua cliente tenha sido a mandante de um crime.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">&nbsp;&ldquo;Ent&atilde;o, n&atilde;o vimos &agrave; necessidade de levar esse processo ao TJ. Confiamos no Conselho de Senten&ccedil;a da Comarca de Picos que mais uma vez vai fazer justi&ccedil;a absolvendo a acusada&rdquo; &ndash; previu o advogado de defesa, Herval Ribeiro. O Conselho de Senten&ccedil;a &eacute; composto por cinco mulheres e dois homens, a maioria jovens.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Os outros acusados pela morte de Epaminondas Coutinho Feitosa pronunciados pela Ju&iacute;za Nilcimar Carvalho, recorreram da decis&atilde;o ao Tribunal de Justi&ccedil;a e aguardam o resultado presos na Penitenci&aacute;ria Regional Jos&eacute; de Deus Barros. Apenas Iago Os&oacute;rio Cavalcante, apontado como um dos agenciadores, nunca foi encontrado e continua foragido.</div>
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