MP denuncia ex-comandante do 4º BPM por morte de quatro pessoas
Ex-comandante do 4º BPM, ten-cel Sousa Filho. / Foto: Reprodução
<div align="justify">O ex-comandante do 4º Batalhão Policial Militar, com sede em Picos, tenente-coronel Erotildes Messias de Sousa Filho, mais conhecido por Sousa filho, foi denunciado pelo Ministério Publico Estadual por quatro mortes.</div>
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<div align="justify">Baseado na apuração de que policiais militares de elite sabiam de um assalto a banco que iria acontecer, e ao invés de evitar, deixaram o roubo ser efetivado para depois interceder, resultando na morte do gerente Ademyston Rodrigues Alves<strong><em>,</em></strong> da agência do Banco do Brasil de Miguel Alves (a 110 quilômetros de Teresina), o Ministério Público do Estado do Piauí denunciou o tenente coronel Erotildes Messias de Sousa Filho, o tenente Francílio Alves de Moura, os cabos Fernando Cardoso, Sammyr Oliveira Rocha e os soldados Fernando Braga de Araújo, Salomão Fortes da Costa Júnior e Antônio Valterli de Sousa Melo.</div>
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O crime aconteceu no dia 30 de maio de 2013. O gerente foi tomado de refém e era levado pelos assaltantes. Na saída da cidade, uma barreira policial estava montada, onde aconteceu a morte do gerente e de quatro acusados pelo assalto.</div>
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A perícia constatou que as balas que mataram o gerente e os acusados foram disparadas pelos policiais. Foram armas de grosso calibre (fuzis com potência para matar um elefante). Pela denúncia do Ministério Público, os policiais comandados pelo tenente coronel Erotildes Filho sabiam que no carro da fuga dos bandidos estava o gerente.</div>
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<div align="justify">Consta ainda que os militares descumpriram a função primordial da Polícia Militar, que é ostensiva, quando não evitaram o assalto. Eles teriam deixado o crime acontecer para pegar os bandidos em flagrante. Teriam sido o planejamento policial, mesmo os militares alegando que estavam coincidentemente no local.</div>
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O gerente Admyston tinha 34 anos, na época, era casado e tinha três filhos. Os ladrões entraram na agência, roubaram dinheiro e levaram Admyston como refém. Na saída da cidade, encontraram a operação policial e desceram um aterro. Houve o tiroteio e as mortes.</div>
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Na denúncia do Ministério Público evidencia que a PM fazia o monitoramento dos bandidos através do serviço de inteligência. Eles sabiam, inclusive, que um dos bandidos estava escondido em uma casa no conjunto Saci, na zona sul de Teresina. O homem foi preso simultaneamente a ação policial em Miguel Alves.</div>
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A operação militar foi realizada pelo BOPE, sob o comando do tenente coronel Erotildes, que hoje é o comandante do RONE.</div>
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Na época, a PM informou que o gerente havia sido morto pelos bandidos, mas a versão caiu por terra, quando a perícia constatou que o tiro que matou o gerente foi de arma similar a usada pelos militares e que fora disparada a distância e a bala partiu, exatamente, da direção em que estavam os policiais. Os acusados do assalto estavam próximo ao refém, no carro da fuga.</p>