Morre em acidente agenciador do assassinato de Emídio Reis

Morre em acidente agenciador do assassinato de Emídio Reis

Joaquim do Gabriel era ausado de agenciar a morter do ex-vereador Emídio Reis. / Foto: Reprodução

<div align="justify">Faleceu na tarde de hoje (19), no munic&iacute;pio de S&atilde;o Juli&atilde;o, o acusado de ser o agenciador da <a target="_blank" href="http://www.gp1.com.br/noticias/vaqueiro-encontra-corpo-do-ex-vereador-emidio-reis-em-matagal-na-localidade-de-pio-ix-287727.html">morte do ex-vereador Em&iacute;dio Reis</a>. Joaquim Pereira Neto, o Joaquim do Gabriel, 46 anos, teve morte imediata ap&oacute;s sofrer acidente de moto. <span>Joaquim do Gabriel estava em liberdade condicional porque sua defesa alegou s&eacute;rios problemas de sa&uacute;de. </span></div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">De acordo com informa&ccedil;&otilde;es de populares, o acidente aconteceu por volta das 16h30, na Avenida Joviano Maximino de Alencar, centro de S&atilde;o Juli&atilde;o. A v&iacute;tima perdeu o equil&iacute;brio da moto e caiu ao tentar ultrapassar um quebra molas. Ele quebrou o pesco&ccedil;o e teve morte no local.</div> <div align="justify"><br /> Em&iacute;dio Reis foi assassinado porque amea&ccedil;ava a estabilidade do grupo pol&iacute;tico liderado pelo prefeito Z&eacute; Neci (PT) e seu vice, <a target="_blank" href="http://www.gp1.com.br/noticias/vice-prefeito-de-sao-juliao-acusado-de-mandar-matar-emidio-reis-comandava-organizacao-criminosa-292826.html">Jos&eacute; Francimar Pereira (PP<strong>)</strong></a>. Logo ap&oacute;s as elei&ccedil;&otilde;es de 2012, a v&iacute;tima protocolou den&uacute;ncias contra os gestores na Justi&ccedil;a Eleitoral, Tribunal de Contas do Estado e Minist&eacute;rio P&uacute;blico Federal. Essas a&ccedil;&otilde;es, se procedentes, poderiam custar os mandatos de Z&eacute; Neci e Francimar.</div> <div align="justify"><br /> <strong>Relembre o caso </strong></div> <div align="justify"><br /> Os primeiros rumores de que a vida do ex-vereador estava amea&ccedil;ada datam desse mesmo per&iacute;odo. &ldquo;Durante a investiga&ccedil;&atilde;o, v&aacute;rias testemunhas relataram, em sigilo, que Em&iacute;dio estava sendo amea&ccedil;ado&rdquo;, afirmou o delegado Luccy Keiko Leal Para&iacute;ba, que presidiu o inqu&eacute;rito que investigou a morte do ex-vereador.</div> <div align="justify"><br /> O delegado informou ainda que a morte do pol&iacute;tico foi decidida na propriedade Canas, zona rural de S&atilde;o Juli&atilde;o. O prefeito Z&eacute; Neci estaria presente, mas n&atilde;o participou ou testemunhou a negocia&ccedil;&atilde;o.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">O vice-prefeito utilizou Joaquim Pereira Neto para intermediar o plano junto ao pistoleiro Ant&ocirc;nio Sebasti&atilde;o de S&aacute;, o Ant&ocirc;nio Virg&iacute;lio. Outros dois homens foram convocados para participar do crime: Jos&eacute; Gild&aacute;sio da Silva Brito e V&aacute;lter Ricardo da Silva. Cada um deles receberia R$ 5 mil, totalizando R$ 15 mil.</div> <div align="justify"><br /> O bando seguiu os passos de Em&iacute;dio para conhecer sua rotina. Tramaram, inclusive, um encontro casual com a v&iacute;tima em um restaurante na cidade de Picos.</div> <div align="justify"><br /> Em 31 de janeiro, dia do crime, os criminosos acompanharam o carro do ex-vereador ao longo da BR-316. Em&iacute;dio viajava de Picos para S&atilde;o Juli&atilde;o. Em certo ponto, Valter desembarca e pede a carona &agrave; v&iacute;tima. Eles j&aacute; se conheciam, por isso Reis n&atilde;o desconfiou de nada.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Os dois seguiram juntos at&eacute; a estrada que d&aacute; acesso ao munic&iacute;pio de Alagoinha, quando V&aacute;lter pediu para descer. Naquele ponto, os outros membros do bando surpreenderam Em&iacute;dio Reis. Rendida, a v&iacute;tima foi levada em seu pr&oacute;prio carro at&eacute; o local da execu&ccedil;&atilde;o, distante 120 km do local do sequestro.</div> <div align="justify"><br /> Na propriedade rural Lajedo Preto, um local ermo, Em&iacute;dio foi obrigado a descer do ve&iacute;culo. Em depoimento &agrave; Greco, V&aacute;lter contou que o primeiro tiro foi logo para executar. O delegado Menandro Pedro revelou que Ant&ocirc;nio Virg&iacute;lio disparou a uma dist&acirc;ncia de pouco mais de 30 cent&iacute;metros da nuca do ex-vereador. O segundo disparo, afirma o policial, foi efetuado sem que os executores soubessem ao certo onde Em&iacute;dio havia sido atingido, j&aacute; que o local estava muito escuro. A bala perfurou a perna da v&iacute;tima.<br /> <br /> Os executores carregaram o corpo de Em&iacute;dio por dez metros e cavaram a cova com as m&atilde;os e com o aux&iacute;lio de um peda&ccedil;o de madeira. &ldquo;Por isso a cova ter ficado rasa&rdquo;, disse o delegado Luccy Keiko Leal Para&iacute;ba.</div> <div align="justify"><br /> Apesar de ter sido alvejado por dois tiros, Em&iacute;dio Reis n&atilde;o morreu pelos ferimentos &agrave; bala. &ldquo;Segundo o laudo cadav&eacute;rico, a causa da morte da v&iacute;tima foi asfixia, por ingest&atilde;o de areia. Foi encontrada areia na traqueia da v&iacute;tima. Ele, ent&atilde;o, foi enterrado vivo&rdquo;, afirmou o delegado Luccy Keiko Leal Para&iacute;ba.</div> <div align="justify"><br /> O vice-prefeito de S&atilde;o Juli&atilde;o, Jos&eacute; Francimar, Joaquim Pereira Neto, Ant&ocirc;nio Sebasti&atilde;o de S&aacute;, Jos&eacute; Gild&aacute;sio da Silva Brito e Valter Ricardo da Silva foram indiciados pela morte do ex-vereador Em&iacute;dio Reis e respondem por homic&iacute;dio qualificado, forma&ccedil;&atilde;o de quadrilha e oculta&ccedil;&atilde;o de cad&aacute;ver.</div>
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