Major e soldados acusados de tortura em Picos são inocentados pelo TJ

Major e soldados acusados de tortura em Picos são inocentados pelo TJ

Ex-comandante do 4º BPM de Picos Major Wagner Torres / Arquivo

<div style="text-align: left; margin: 0cm 0cm 10pt" align="left"><span style="line-height: 115%; font-size: 10pt">O major da Pol&iacute;cia Militar Roberto Wagner Calixto Torres e os soldados &Acirc;nio Esdras dos Reis Ricardo e Ant&ocirc;nio Gerson Bezerra Sero foram absolvidos na manh&atilde; de hoje pela Primeira C&acirc;mara Criminal do Tribunal de Justi&ccedil;a, com dois votos contra um.</span></div> <div style="text-align: left; margin: 0cm 0cm 10pt" align="left"><span style="line-height: 115%; font-size: 10pt">Os desembargadores Joaquim Santana e Sebasti&atilde;o Ribeiro Martins votaram a favor da absolvi&ccedil;&atilde;o e um contra da desembargadora Eul&aacute;lia Pinheiro, que foi convocada para substituir o desembargador Erivan Lopes, neste julgamento.<br /> <br /> Presidindo a sess&atilde;o o desembargador Sebasti&atilde;o Ribeiro Martins, a prova testemunhal &eacute; contradit&oacute;ria e falha.</span></div> <div style="text-align: left; margin: 0cm 0cm 10pt" align="left"><span style="line-height: 115%; font-size: 10pt">&ldquo;As vers&otilde;es das v&iacute;timas s&atilde;o divergentes e as testemunhas revelam d&uacute;vidas sobre a conduta dos acusados. Nem toda agress&atilde;o praticada por policial pode ser enquadrada no crime de tortura. Al&eacute;m disso, o fato do comandante Wagner Torres est&aacute; respondendo por outra acusa&ccedil;&atilde;o de tortura na Comarca de Oeiras, n&atilde;o pode ser considerado como maus antecedentes, em rela&ccedil;&atilde;o a este caso. H&aacute; d&uacute;vidas em rela&ccedil;&atilde;o a condena&ccedil;&atilde;o em primeira inst&acirc;ncia e na d&uacute;vida julgamos em favor dos r&eacute;us&rdquo;, justificou Sebasti&atilde;o Ribeiro Martins.</span></div> <div style="text-align: left; margin: 0cm 0cm 10pt" align="left"><span style="line-height: 115%; font-size: 10pt">Contestando o voto do desembargador, a magistrada Eul&aacute;lia Pinheiro disse que a seu ver os fatos foram comprovados. &ldquo;Fico me perguntando o que vai ser tortura agora. Voto por manter a decis&atilde;o&rdquo;.<br /> <br /> O advogado dos r&eacute;us, Jurandi Porto, disse que dever&aacute; ser encaminhado o processo para a Justi&ccedil;a Militar para averiguar se houve abuso de autoridade ou les&atilde;o corporal.</span></div> <div style="text-align: left; margin: 0cm 0cm 10pt" align="left"><span style="line-height: 115%; font-size: 10pt">O suposto crime ocorreu em 1&ordm; de outubro de 2008, o Minist&eacute;rio P&uacute;blico denunciou os tr&ecirc;s policiais militares por suposta tortura aos presos, Edgar da Silva Rocha e Airon Alves Magalh&atilde;es em Picos.</span></div> <div style="text-align: left; margin: 0cm 0cm 10pt" align="left"><em><strong><span style="line-height: 115%; font-style: normal; color: red; font-size: 10pt">Condenados em 1&ordf; Inst&acirc;ncia</span></strong></em><strong><em><span style="line-height: 115%; font-size: 10pt"><br /> </span></em></strong><span style="line-height: 115%; font-size: 10pt"><br /> Wagner Torres foi condenado pelo juiz Geneci Benevides Ribeiro, da 3&ordf; Vara Criminal de Picos, por 10 anos e perda da farda, al&eacute;m de 20 anos sem poder exercer cargo p&uacute;blico Os soldados &Acirc;nio e Esdras foram condenados a quatro e seis anos de pris&atilde;o em regime fechado, respectivamente. Eles ainda dever&atilde;o passar longo per&iacute;odo sem exercer fun&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica: &Acirc;nio Esdras por 13 anos e quatro meses, e Ant&ocirc;nio Gerson por 18 anos, sete meses, e 22 dias. S&oacute; &Acirc;nio Esdras continua preso e n&atilde;o poder&aacute; recorrer ao TJ/PI em liberdade. Outros dois soldados foram absolvidos a pedido do Minist&eacute;rio P&uacute;blico.</span></div>
Compartilhe:

Faça seu comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos marcados são obrigatórios *