PASSANDO A LIMPO
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<div><strong><span style="color: red; font-size: 10pt">Crise em Picos</span></strong></div>
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<div><strong><em><span style="color: #666666; font-size: 10pt"> Depois do rompimento político com o deputado Kléber Eulálio ano passado, uma nova crise política se instalou no Palácio Coelho Rodrigues – sede do governo municipal – e pode dificultar a administração do prefeito Gil Marques de Medeiros, o Gil Paraibano, durante os mais de dois anos de mandato que ainda lhe restam. No último dia 9 de agosto, de uma canetada só, ele demitiu quatro secretários municipais, dentre os quais o irmão João Bosco de Medeiros, do Governo e o sobrinho Diógenes Nunes Medeiros da Administração. Também foram exonerados os titulares das pastas do Planejamento, Francisca Gertrudes Oliveira e do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Francisco Wellington Gonçalves Dantas. Os auxiliares foram demitidos por não rezarem mais na mesma cartilha política do prefeito, principalmente pelo apoio declarado ao ex-governador e candidato ao Senado Wellington Dias (PT), com quem o gestor rompeu recentemente.</span></em></strong></div>
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<div><strong><span style="color: #002060">Pressão</span></strong></div>
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<div><span style="color: #666666; font-size: 10pt">A pressão sobre os aliados do prefeito que não votam nos candidatos da sua preferência continua e alguns episódios relacionados a isso foram registrados semana passada envolvendo o vereador e líder do Governo na Câmara Municipal de Picos, Iata Anderson Rodrigues de Alencar Coelho (PSB) e o segundo suplente de vereador do PMDB, Raimundo Nunes Ibiapino, o Renato. O prefeito teria ordenado à demissão dos prestadores de serviços indicados pelos dois líderes, mas voltou atrás depois de ser convencido pela sobrinha Tazmânia Gomes de Medeiros Oliveira, a Belê (PSB), de que a atitude prejudicava sua candidatura a Assembléia Legislativa. </span></div>
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<div><strong><span style="color: #002060">Repercussão</span></strong></div>
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<div><span style="color: #666666; font-size: 10pt">A notícia da demissão dos secretários municipais de Picos repercutiu em todo o estado do Piauí e foi alvo de críticas, principalmente, de lideranças do Partido dos Trabalhadores. O presidente regional da sigla, Fábio Novo, condenou a atitude do gestor e disse que João Bosco de Medeiros deu um exemplo de decência e coerência política ao não se render as ameaças do irmão e continuar votando em senador no ex-governador Wellington Dias (PT).</span></div>
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<div><strong><span style="color: #002060">Sozinho</span></strong></div>
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<div><span style="color: #666666; font-size: 10pt">Por conta dessas atitudes, há quem aposte que, passadas às eleições de 3 de outubro, se continuar agindo da mesma forma o prefeito Gil Paraibano acabará sozinho, contando com o apoio somente do vereador Manoel Vieira de Barros Lima (PMDB), que é, de fato, o secretário municipal da Educação.</span></div>
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<div><strong><span style="color: #002060">De fora</span></strong></div>
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<div><span style="color: #666666; font-size: 10pt">Enquanto o governador Wilson Martins (PSB) e o senador João Vicente Claudino (PTB) brigam pelo palanque de Dilma e para aparecer ao lado de Lula na propaganda eleitoral, o presidente estadual do DEM (principal aliado do PSDB), deputado e candidato à reeleição José de Andrade Maia Filho, o Mainha, parece não dar a mesma importância para seu presidenciável José Serra (PSDB). Em seus santinhos, Mainha não atrelou sua imagem ao candidato José Serra e nem a Sílvio Mendes, que disputa a cadeira de governador. Ninguém entendeu o porquê.</span></div>
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<div><strong><span style="color: #002060">Ás escuras</span></strong></div>
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<div><span style="color: #666666; font-size: 10pt">Em um fato inédito na história de Picos, o Palácio Coelho Rodrigues – sede do governo municipal – ficou às escuras na noite de 13 de agosto e o corte no fornecimento de energia elétrica foi motivado por uma dívida de mais de 3 milhões e 800 mil reais da prefeitura para com a Eletrobrás, antiga Cepisa.</span></div>
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<div><strong><span style="color: #002060">Sem pistas</span></strong></div>
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<div><span style="color: #666666; font-size: 10pt">Passados 18 dias do assassinato brutal do contador Cláudio Sousa Silva, 50 anos, a polícia ainda não tem qualquer pista do criminoso, que continua solto e pronto para agir novamente. A ineficiência nas investigações dos crimes está deixando a população preocupada e a cada dia que passa aumenta o índice de impunidade. Para se ter uma idéia, somente no mês de agosto foram registrados três homicídios em Picos e até o momento a polícia não conseguiu desvendar nenhum deles.</span></div>
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<div><strong><span style="color: #002060">Audiência pública</span></strong></div>
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<div><span style="color: #666666; font-size: 10pt">Três meses depois de aprovar, por unanimidade, o pedido de realização de uma audiência pública para apurar o uso político do Programa de Combate à Pobreza Rural (PCPR) em favor do deputado Warton Santos (PMDB), a Câmara Municipal de Picos ainda não promoveu o debate. A audiência foi marcada para o dia 22 de junho passado, mas foi adiada a pedido do coordenador do programa Fernando Danda e tudo indica que foi esquecida pelos parlamentares picoenses.</span></div>
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<div><strong><span style="color: #002060">Investigação</span></strong></div>
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<div><span style="color: #666666; font-size: 10pt">Acusada de não pagar remuneração dos profissionais da educação básica, a prefeitura de Aroeiras do Itain está sendo investigada pela promotoria de Justiça da Comarca de Picos. A denúncia foi formulada pelo Sindicatos dos Trabalhadores em Educação, que acusa o prefeito Gilmar Francisco de Deus de não ter aplicado no ano de 2008 os 60% dos recursos do Fundeb na remuneração daqueles que estavam no exercício efetivo da educação básica. O processo investigatório foi aberto pelo promotor Marcelo Jesus Monteiro Araújo.</span></div>