Piauí está entre os Estados com menos médicos

Piauí está entre os Estados com menos médicos

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<p><taghw></taghw>O estudo Indicadores de Desenvolvimento Sustent&aacute;vel (IDS) &ndash; Brasil 2010, divulgado pelo IBGE na semana passada, relevou que, enquanto Teresina &eacute; uma refer&ecirc;ncia na sa&uacute;de na regi&atilde;o Nordeste, h&aacute; uma grande car&ecirc;ncia de m&eacute;dicos no restante do Piau&iacute;. Segundo a pesquisa IDS, o Estado possui apenas 1,8 m&eacute;dicos para cada 1 mil habitantes, inferior &agrave; m&eacute;dia nacional de 2,9.<br /> <br /> A pesquisa mostra que existem, em todo o Estado, 5.514 postos de trabalho m&eacute;dico para atender os 3,2 milh&otilde;es de piauienses. Eles atuam em 1.680 estabelecimentos de sa&uacute;de, que oferecerem 7.425 leitos para interna&ccedil;&atilde;o. Nessas duas categorias, o Piau&iacute; est&aacute; bem servido em rela&ccedil;&atilde;o ao pa&iacute;s: possui 0,55 unidades de sa&uacute;de por cada mil habitantes, acima da m&eacute;dia nacional de 0,42; e 2,4 leitos por cada mil habitantes, o mesmo da m&eacute;dia do Brasil e acima dos n&uacute;meros do rico Estado de S&atilde;o Paulo, de 2,3, e do Distrito Federal, com 2,1.<br /> <br /> Segundo a Associa&ccedil;&atilde;o Piauiense de Medicina (Aspimed), o baixo &iacute;ndice de m&eacute;dicos por habitantes no Piau&iacute; &eacute; desproporcional entre o interior e a capital. Dos cerca de 3.800 profissionais em atividade no estado, 67% est&atilde;o concentrados em Teresina, onde moram apenas 25% da popula&ccedil;&atilde;o.<br /> <br /> &ldquo;Enquanto que em Teresina temos cerca de 1 m&eacute;dico para cada 400 habitantes, em cidade do semi-&aacute;rido a diferen&ccedil;a &eacute; bem maior, pois h&aacute; escassez de profissionais, pela falta principalmente de emprego e de estrutura&rdquo;, diz o presidente da Aspimed, Felipe de P&aacute;dua.<br /> <br /> <taghw></taghw>Felipe explica que os m&eacute;dicos conseguem mais oportunidade de trabalho na capital em v&aacute;rios lugares diferentes, mesmo que &agrave;s vezes, a remunera&ccedil;&atilde;o obtida seja menor que o que o profissional ganharia no interior do estado.<br /> <br /> A quantidade de m&eacute;dicos por habitante n&atilde;o significa o n&uacute;mero real de profissionais existentes, mas a capacidade de atendimento. Na pesquisa, o IBGE usa o termo &ldquo;emprego m&eacute;dico por habitante&rdquo; porque um mesmo profissional pode atuar em mais de um estabelecimento com v&iacute;nculos e jornadas de trabalho diferenciados.<br /> <br /> <strong>Quantidade veria de acordo com a regi&atilde;o</strong><br /> <br /> A Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial de Sa&uacute;de (OMS) e a Organiza&ccedil;&atilde;o Pan-Americana de Sa&uacute;de - OPAS n&atilde;o recomendam nem estabelecem taxas ideais de n&uacute;mero de leitos e m&eacute;dicos por habitante a serem seguidas e cumpridas por seus pa&iacute;ses membros, cabendo ao governo de cada pa&iacute;s decidir sobre a cobertura de assist&ecirc;ncia m&eacute;dica e a disponibilidade de leitos e profissionais de sa&uacute;de, segundo as suas necessidades.<br /> <br /> A defini&ccedil;&atilde;o do n&uacute;mero de leitos e de m&eacute;dicos por habitante depende, entre outros, de fatores regionais, socioecon&ocirc;micos, culturais e epidemiol&oacute;gicos, que se diferenciam segundo cada regi&atilde;o e pa&iacute;s, tornando imposs&iacute;vel e pouco v&aacute;lido o estabelecimento de um valor ideal a ser aplicado de forma generalizada. <br /> No Brasil, por exemplo, de acordo com a Portaria n&ordm; 1101/GM de 2002 do Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de, que disp&otilde;e sobre o estabelecimento de par&acirc;metros de cobertura assistencial, a necessidade de leitos hospitalares totais &eacute; de 2,5 a 3 para cada 1 000 habitantes. Entretanto, deve ser considerada a flexibilidade destes valores de acordo com especificidades regionais e o tipo de enfoque de pol&iacute;tica de sa&uacute;de adotado, se preventivo ou curativo, por exemplo. <br /> <br /> <taghw></taghw>Em princ&iacute;pio, o avan&ccedil;o na sa&uacute;de preventiva e no acesso a servi&ccedil;os b&aacute;sicos de sa&uacute;de tendem a diminuir a necessidade de leitos hospitalares, na medida em que algumas doen&ccedil;as podem ser tratadas sem demandar o uso de leitos hospitalares. Quanto aos m&eacute;dicos por habitante, a necessidade seria de 1 para cada grupo de 1 000 habitantes, segundo a mencionada a portaria.<br /> <br /> <taghw></taghw>Neste indicador, s&atilde;o considerados todos os estabelecimentos de sa&uacute;de, p&uacute;blicos ou privados, com ou sem fins lucrativos, em regime ambulatorial ou de interna&ccedil;&atilde;o.<br /> <br /> O acesso universal aos servi&ccedil;os de sa&uacute;de &eacute; condi&ccedil;&atilde;o para a conquista e manuten&ccedil;&atilde;o da qualidade de vida da popula&ccedil;&atilde;o que, por sua vez, &eacute; um dos pr&eacute;-requisitos para o desenvolvimento sustent&aacute;vel. Este indicador &eacute; relevante por expressar a oferta de infraestrutura b&aacute;sica de servi&ccedil;os de sa&uacute;de e, consequentemente, o potencial de acesso aos mesmos por parte da popula&ccedil;&atilde;o.</p>
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