Mulher denuncia agressão de segurança do Hospital Regional Justino Luz

Mulher denuncia agressão de segurança do Hospital Regional Justino Luz

Foto: Jailson Dias /

Uma mulher, que não quis se identificar, denunciou uma agressão sofrida por um dos seguranças do Hospital Regional Justino Luz, em Picos, na noite deste domingo, 02 de janeiro, por volta das 21h00, quando procurou a unidade de Saúde atrás de atendimento médico.

De acordo com informações da mulher, ela procurou atendimento médico após sentir dor de cabeça, dor no corpo e febre, e devido as fortes dores, o seu marido acompanhou ela durante todo o procedimento.

“Eu passei pela triagem, mediram a minha temperatura, mas no momento eu não estava mais com febre, aferiram a minha pressão e após tudo isso eu fiquei esperando no corredor, logo depois uma enfermeira pediu para que eu fosse para a ala covid, com isso, eu fui e meu esposo me acompanhou, assim como havia outros acompanhantes que entraram também para o setor covid com os pacientes”, disse.

A denunciante informou que logo depois chegou um porteiro da ala covid e pediu para que o esposo dela saísse daquele local, pois lá não poderia ficar acompanhantes com os doentes devido ser uma área de risco para a covid-19.

“Passou alguns minutos e logo chegou um rapaz que fica na porta da ala covid e pediu para que o meu esposo se retirasse, ele não perguntou se eu estava me sentido bem, não perguntou se eu tinha condição de ficar sozinha, não perguntou nem o que o meu esposo era meu, ele simplesmente só pediu para ele se levantar [esposo] e ir embora, pois não podia ficar. O meu esposo disse que não ia sair porque eu não estava me sentido bem, não estava conseguindo nem ficar em pé sozinha com tanta dor no corpo e, que provavelmente no estado que eu estava ia tomar injeção e soro, e eu tenho pânico a injeção, mas o segurança pediu que ele saísse do setor e logo perguntou para o meu marido se ele se responsabilizaria se ele pegasse covid?”, informou.

Segundo a mulher, logo depois chegaram outros seguranças e começaram a falar em tons altos dentro da unidade de Saúde, sendo que o espaço estava cheio de pessoas doentes aguardando atendimento médico.  

“O meu esposo começou a gravar e o segurança deu um tapa na mão do meu marido e acabou derrubando o celular dele, momento que quebrou a tela e caiu alguns documentos e uma quantia em dinheiro que estava na capinha do celular. Neste momento que o segurança veio para bater no celular, o mesmo estava com a mão fechada, tipo como se fosse para dar um soco no meu esposo, só que neste momento o meu marido se levantou e o soco que o segurança deu acabou atingido a minha testa”, destacou.

A mulher ainda informou que depois do ocorrido, o marido dela foi retirado do hospital a força e ela saiu do local sem atendimento médico, sendo obrigada a se retirar da unidade de Saúde também.

“O meu esposo foi em casa pegar os documentos dele e logo em seguida foi para a delegacia para prestar o boletim de ocorrência. Eu saí do hospital sem atendimento, saí de lá passando mal, pior do que eu entrei e ainda com traumas psicológicos. Vamos atrás de justiça”, concluiu.

O outro lado

A assessoria de comunicação do Hospital Regional Justino Luz emitiu uma nota de esclarecimento sobre o ocorrido. Confira a nota completa:

Sobre o fluxo de atendimentos em decorrência do novo surto de epidemia de influenza na nossa região de Picos, pacientes com síndromes gripais dão entrada pelo setor COVID/Síndrome respiratórias agudas, local esse que não permite acompanhante desde o início da pandemia do COVID-19 e que portanto tais fluxos precisam ser respeitados pelos pacientes e familiares. A instituição preza pelo cuidado aos nossos doentes e ao mesmo tempo repudia qualquer tentativa de violação das regras da instituição bem como do desrespeito aos profissionais de saúde e ao silêncio necessário em um ambiente de internação hospitalar. Reitera-se também que o caso será levado ao jurídico do hospital para investigação e elucidação completa do caso, prezando sempre pela transparência à sociedade desta instituição que salva várias vidas todos os dias da população de Picos e macrorregião.

 

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