Gilberto assume ADH, aponta desafios e lança projetos
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<p>Criar uma “fábrica de projetos” destinados a angariar recursos para a construção de moradias no Piauí é a principal meta do recém-empossado diretor geral da Agência de Desenvolvimento Habitacional do Piauí. A proposta poderia ser considerada ousada se não partisse do economista que há vários anos trabalha prestando consultoria a municípios piauienses na área de planejamento. “Teremos uma equipe dedicada exclusivamente a essa atividade, acessando o site do Ministério das Cidades diariamente, elaborando projetos e acompanhando o andamento dessas propostas”, afirma Gilberto Medeiros.<br />
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<font size="2"><strong>DESAFIOS<br />
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</font>Dentre os principais desafios da ADH está a relação com as Prefeituras. “A ADH desenvolve trabalhos em parceria com parte dos municípios, mas queremos estreitar os laços com todos eles. A agência vai oferecer capacitação técnica e funcionar como uma facilitadora na captação de verba para Habitação. Além disso, vamos incentivar a criação de ferramentas institucionais capazes de gerir a política habitacional, como o conselho e o fundo municipal de habitação, indispensáveis para a aprovação de projetos pelo Governo Federal”, explica.<br />
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Outra prioridade da ADH, segundo o novo diretor, é entregar as unidades habitacionais já iniciadas, num universo de aproximadamente 10 mil casas cuja construção está em andamento. “Estamos fechando o cronograma de conclusão das obras de forma responsável, com o pé no chão, para dar uma resposta aos beneficiários que estão aguardando recebê-las. Sabemos que a expectativa é muito grande, assim como a nossa responsabilidade”, destaca Gilberto Medeiros.<br />
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Nesse meio tempo, o diretor acredita que é preciso encarar um problema de frente: a inadimplência. Segundo dados mais recentes, 40% das famílias que receberam casas construídas pela ADH estão em débito com as prestações, sendo que algumas delas não pagaram nem a primeira prestação. A assistente social da ADH, Nelimária Crisanto, enfatiza o valor cobrado, de apenas 30 reais mensais, que devem ser destinados à construção de casas para outras famílias de baixa renda.<br />
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<font size="2"><strong>PROPOSTAS<br />
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</font>Um dos projetos defendidos pelo diretor geral é a criação de uma Comissão de Regularização Fundiária na Agência de Desenvolvimento Habitacional do Piauí. “A equipe terá a missão de conseguir recursos do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social para criar um Plano de Regularização Fundiária, uma vez que terrenos sem titularidade inviabilizam os projetos”, pontua.<br />
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Segundo Gilberto Medeiros, o Governo brasileiro tem uma grande dívida com a sociedade e procura se redimir pelo constrangimento que causou a gestores e à sociedade no exercício das políticas anteriores. “Com a criação do Ministério das Cidades, a política habitacional ficou mais organizada e mais participativa. Se fizermos uma retrospectiva, veremos que esse é um momento ímpar, com a alocação de recursos bastante volumosos voltados para os interesses sociais, uma vez que prioriza famílias de baixa renda. A Habitação nunca foi tão privilegiada pelo governo e nós precisamos aproveitar o momento”, ressalta.<br />
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A conclusão do Plano Estadual de Habitação de Interesse Social é outra meta da atual gestão da ADH. Um trabalho que vem sendo desenvolvido em parceria com as entidades populares e que deve ser entregue à sociedade piauiense nos próximos meses. <br />
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