Piloto profissional, Ricardo Dantas avalia que o comandante do avião monomotor agiu corretamente ao forçar o pouso da aeronave em um campo de futebol no bairro Vila Operária, na zona Norte de Teresina, no final da manhã desta segunda-feira (12).
"Ele teve uma perícia fora do normal. Ele fez talvez o melhor pouso da vida dele. O avião não caiu. O avião fez um pouso forçado. Pelo que parece, pelo áudio da torre de controle, ele estaria com a porta aberta, tentou voltar mas não conseguiu", disse o profissional.
Ricardo Dantas explicou que a decisão do piloto em “pousar de barriga”, sem o uso do trem de pouso, também foi acertada para se evitar um acidente de maior proporções.
“Ele adotou essa situação porque se tivesse com o trem de pouso necessitaria de uma pista muito maior. Ele com certeza não iria arrastar, criar o atrito como ele criou, e talvez fosse dar de cara com os prédios. Ele preferiu atrasar o avião no chão e conseguir parar antes de dar de cara com algum obstáculo. Acho que ele usou a estratégia correta”, frisou.
O pouso de emergência aconteceu logo após a aeronave, de prefixo PT-RHJ, modelo Embraer 711, conhecido como "Corisco", decolar do Aeroporto Senador Petrônio Portela. No veículo estavam o piloto, o advogado Arcedino Concesso, a esposa dele e duas filhas do casal, que foram socorridos e encaminhados para o Hospital de Urgência de Teresina (HUT).
Outro aspecto analisado por Ricardo Dantas diz respeito ao risco de explosão durante o pouso forçado. Isso porque a aeronave tinha acabado de ser abastecida na capital piauiense antes de seguir seu destino rumo a cidade de Araguaína, no Tocantins.
“O combustível talvez fosse um problema. Se ele não tivesse feito um pouso maravilhoso, perfeito como ele fez, o problema seria gigantesco. Porque uma aeronave com combustível o risco de um incêndio era gigantesco. Ele fez um milagre", enfatizou.
Fonte: Cidade Verde