A Polícia Civil prendeu nesta sexta-feira (3) dois homens suspeitos de usarem documentos falsificados para retirarem indevidamente veículos apreendidos no pátio do Departamento Estadual de Trânsito (Detran). De acordo com a Polícia Civil, eles integravam uma quadrilha que subornava moradores de rua ou usuários de droga para que, em posse de documentos falsificados, se passassem por proprietários de veículos apreendidos no pátio.
O diretor de Operações de Trânsito da SSP, Fernando Aragão, disse ao Cidadeverde.com que os criminosos conseguiam informações sobre veículos que estavam apreendidos e abordavam os moradores de rua ou usuários de droga em troca de valores em torno de R$ 150 para que se apresentassem no Detran solicitando a retirada do veículo. Eles chegavam a comprar roupas para melhorar a aparência dos moradores e evitar levantar suspeitas.
"De alguma forma, a investigação vai dizer como, eles sabiam o nome dos proprietários dos veículos que estavam apreendidos, no caso, esses veículos recuperados em blitz, pela Polícia Militar, BPTran, BPRE, que eram recolhidos para o pátio do Detran. E aí eles recrutavam um usuário de droga, dava 150 reais, e usava a foto dele, comprava roupa para o morador de rua, dava uma quantidade pequena, e ia até lá com ele, usava ele como se fosse proprietário do veiculo", explicou.
Segundo o diretor, os agentes do Detran passaram a desconfiar do crime por conta da incompatibilidade do documento com o código QR Code. Na prisão desta sexta, os suspeitos estavam com documentos falsos.
"Eles chegaram a apresentar documentos para retirar veículos do Detran, mas conseguimos prender antes. Conseguimos prendê-los e, com eles, os documentos falsos. Mas, com essa prática, pode ser que já vinha vindo acontecendo, a gente recebeu essa denuncia como uma prática recorrente", disse.
A polícia acredita que outros suspeitos estejam envolvidos nesta prática. A prisão desta sexta se deu a partir de informações que chegaram para a Diretoria de Operações de Trânsito em conjunto com a Diretoria de Polícia Metropolitana.
Fonte: Cidade Verde