Professores decidem manter greve após assembleia
Em manifestação, os professores foram em passeata até o Palácio de Karnak / Cidade Verde
<div>
<p>Em greve há 15 dias, os professores da rede estadual de educação decidiram em assembléia geral, no pátio da Assembleia Legislativa, manter o movimento. Foi a primeira discussão da categoria após encontro com o secretário de Educação, Átila Lira, na última sexta-feira, quando ele anunciou que vai pagar o novo piso nacional aprovado pelo Ministério da Educação. Os professores agora seguem em uma passeata até o Palácio de Karnak para cobrar outros pontos de pauta do governo do Estado.</p>
<p>Os professores decidiram não acabar com a greve e na próxima quarta-feira vão partiicpar de audiênica pública na Assembléia Legislativa para discutir a situação da educação no Piauí. A audiência pública foi solicitada pelo deputado estadual Evaldo Gomes (PTC). Após a audiência pública será realizada nova assembléia da categoria para decidir pela continuidade ou não da greve.</p>
</div>
<div>
<p>A presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Educação do Piauí, (Sinte-PI) Odeni Silva explica que a greve continua porque o Piso aprovado pelo Ministério da Educação e seguido pelo secretário estadual de Educação Átila Lira é insuficiente. "O piso não é satisfatório porque a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação defendia 21,71% de aumento e só foi concedido 15,57%", disse Odeni Silva reclamando das condições das escolas. Ela cita como exemplo a escola estadual Firmina Sobreira, no bairro Poti Velho.</p>
<p>O secretário de Assuntos Educacionais do Sindicato dos Trabalhadores na Educação do Piauí, João Correia disse que a greve pode não ser encerrada, porque o pagamento no piso não é a única reivindicação da categoria. "No que se refere a estruturação das escolas o secretário, Átila Lira informou que já estão sendo feitas reformas nos prédios que estavam em situação precária. Mas nós vamos avaliar ainda", disse João.</p>
</div>
<div>
<p>Por conta da greve, 350 mil alunos estão sem aulas, o que causou irritação ao governador Wilson Martins. Em entrevista na semana passada à imprensa, Wilson anunciou que só conversaria com os professores após o fim da greve e chegou a pedir a ilegalidade do movimento. A Justiça manteve a legalidade da paralisação, mas determinou o retorno da categoria à sala de aula.</p>
<p>O secretário Átila Lira também criticou a greve. "É por isso que digo e repito que a decisão do sindicato em fazer a greve foi equivocada. O diálogo sempre esteve aberto, eu mesmo participei de várias reuniões com os representantes do sindicato e sempre disse que o reajuste precisava ser definido pelo MEC e só assim nós poderíamos adequar o Estado. Isso foi feito e agora será repassado aos professores do Estado".</p>
</div>
<div>O secretário estadual de Educação, Átila Lira comentou que o Piauí é um dos estados que precisará da ajuda do Governo Federal para cumprir o Piso Nacional dos Professores que vai gerar na folha de pagamento um impacto de R$ 10 milhões por mês. "O reajuste salarial será cumprido. Essa foi uma determinação do próprio governador e minha pessoal", disse.</div>