Obras de saneamento não saem do papel em 36 cidades
Governador Wilson Martins cobrou aos gestores celeridade na execução das obras, mas não adiantou / ........
<div>Depois de cinco anos de instalação, nenhuma obra do projeto Coresa (Consórcio Regional de Saneamento do Sul do Piauí) foi concluída. As obras do Consórcio, que visam a reestruturar a rede de abastecimento e saneamento básico de 36 cidades do Piauí, sofrem com vários problemas. Entre eles está o excesso de burocracia da União e a desorganização fundiária do Estado, segundo afirma o superintendente do Coresa, Aurélio Saraiva de Sá.</div>
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<p>O Coresa foi o primeiro consórcio público para gestão de abastecimento criado no Brasil. De acordo com o superintendente, nenhuma das obras em andamento em 28 cidades do sul do Piauí foi concluída até o momento. "O consórcio tem 36 municípios e há obras licitadas em 28 cidades, mas nenhuma foi concluída até agora", afirma. Nem mesmo a inclusão do Coresa na lista de obras a serem beneficiadas pelo PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) ajudou a acelerar o projeto.</p>
<p>O governador Wilson Martins já pediu pressa aos gestores, mas não adiantou. As obras são de responsabilidade da Secretaria de Infraestrutura do Estado. Segundo Aurélio Saraiva, no final de 2010 mais cinco cidades foram incluídas no cronograma de obras do Consórcio. Ele explica que as cidades já faziam parte da área de atuação do Coresa, mas não tinham previsão de obras. Todos os recursos a serem investidos são oriundos do Ministério das Cidades. Foram incluídas na lista de cidades com obras os municípios de Baixa Grande do Ribeiro, Cristalândia, Jerumenha, Ribeiro Gonçalves e Bertolínia.</p>
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<p>Nestas cinco cidades, estão previstos investimentos da ordem de R$ 6 milhões. "Estas cidades já faziam parte do Coresa, mas não havia previsão de obras. São municípios onde o sistema de abastecimento dágua está defasado há mais de 20 anos", afirma Aurélio. A previsão é de que sejam investidos R$ 38 milhões. O dinheiro tem como destino a troca de toda a rede de abastecimento dos municípios, construção de estações de tratamento, reservatórios e implantação da rede de saneamento básico em cidades onde o sistema está há mais de 20 anos sem receber nenhum investimento em abastecimento e saneamento básico.</p>