Professores da Uespi avisam que paralisação está mantida

Professores da Uespi avisam que paralisação está mantida

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<div>Os professores da Universidade Estadual do Piau&iacute; (UESPI) garantiram ontem que a paralisa&ccedil;&atilde;o de advert&ecirc;ncia est&aacute; mantida para esta segunda-feira e n&atilde;o descartam a possibilidade de uma greve por tempo indeterminado. Por enquanto, o movimento ter&aacute; dura&ccedil;&atilde;o de uma semana e ir&aacute; atrasar o in&iacute;cio do per&iacute;odo letivo na institui&ccedil;&atilde;o. Professores alegam que falta estrutura para trabalhar e o governo n&atilde;o d&aacute; garantias &agrave; categoria.</div> <div><br /> De acordo com o professor Daniel Solon, diretor regional do Sindicato Nacional dos Docentes das Institui&ccedil;&otilde;es de Ensino Superior (Andes), a categoria aguarda uma audi&ecirc;ncia com o governador e com o reitor para definir a situa&ccedil;&atilde;o. &quot;O Governo n&atilde;o tem garantido condi&ccedil;&otilde;es b&aacute;sicas para os profissionais exercerem suas atividades. Agora, &eacute; muito estranho, ap&oacute;s anunciarmos a paralisa&ccedil;&atilde;o, dizer que est&aacute; tudo bem. A paralisa&ccedil;&atilde;o est&aacute; mantida&quot;, garantiu.</div> <div><br /> O movimento tem o objetivo de chamar a aten&ccedil;&atilde;o da sociedade e do Governo para a aus&ecirc;ncia de condi&ccedil;&otilde;es m&iacute;nimas para o in&iacute;cio do per&iacute;odo letivo. Os professores reclamam da falta de papel, pincel, tinta de impressora e aus&ecirc;ncia at&eacute; mesmo de di&aacute;rio de classe. &quot;Assim, n&atilde;o d&aacute;&quot;, frisou, acrescentando que a paralisa&ccedil;&atilde;o foi aprovada em assembl&eacute;ia geral realizada nesta quinta-feira e ter&aacute; dura&ccedil;&atilde;o de uma semana. &quot;Iniciaremos na segunda e vai at&eacute; s&aacute;bado&quot;, pontuou.</div> <div><br /> A suspens&atilde;o da paralisa&ccedil;&atilde;o, segundo o professor, s&oacute; acontecer&aacute; se o governador e o reitor derem garantias de libera&ccedil;&atilde;o de recursos para sanar os problemas. &quot;Se nos mostrar que liberou, suspenderemos a paralisa&ccedil;&atilde;o. Agora, sem garantias, n&atilde;o suspenderemos. N&atilde;o d&aacute; para confiar em declara&ccedil;&otilde;es de boca. O pr&oacute;prio reitor prometeu realizar concurso para 120 professores no segundo semestre do ano passado e o Governo n&atilde;o autorizou. Ent&atilde;o, n&atilde;o confiaremos&quot;, justificou, n&atilde;o descartando deflagrar greve por tempo indeterminado.</div> <div><br /> A paralisa&ccedil;&atilde;o envolver&aacute; todos os campi na institui&ccedil;&atilde;o. A Associa&ccedil;&atilde;o dos Docentes da Uespi (Adcespi) informa j&aacute; entrou em contato com todos os p&oacute;los e n&uacute;cleos da Uespi espalhados pelo Estado para que a paralisa&ccedil;&atilde;o seja geral.</div> <div>&nbsp;</div> <div><strong>Reitor da Uespi convoca para in&iacute;cio das aulas na segunda </strong></div> <div>&nbsp;</div> <div>Apesar da mobiliza&ccedil;&atilde;o dos professores, o reitor da Uespi, Carlos Alberto Pereira, disse na manh&atilde; de ontem que o in&iacute;cio das aulas na institui&ccedil;&atilde;o est&atilde;o mantidas para a pr&oacute;xima segunda-feira. Segundo ele, &quot;houve um desencontro de informa&ccedil;&otilde;es&quot;, j&aacute; que o governador garantiu a libera&ccedil;&atilde;o de R$ 77,5 mil para adquirir o material que possibilite a retomada das aulas.</div> <div><br /> Carlos Alberto reconheceu os problemas enfrentados pela institui&ccedil;&atilde;o e destacou que h&aacute; planejamento, mas faltam recursos. &quot;O problema da Uespi &eacute; falta de recursos. Temos planejamento e mostramos as dificuldades para o governador em encontro que tivemos na semana passada. H&aacute; necessidade de recursos rotineiros, como papel, tinta para impressora&quot;, relatou. Entretanto, o reitor disse que o governador garantiu a libera&ccedil;&atilde;o imediata de R$ 77,5 mil para suprir as defici&ecirc;ncias mais urgentes e que outros R$ 500 mil para aquisi&ccedil;&atilde;o de equipamentos, como computadores, tamb&eacute;m foram garantidos e ser&atilde;o liberados por meio de licita&ccedil;&atilde;o.</div> <div><br /> Questionado sobre a paralisa&ccedil;&atilde;o dos professores, o reitor destacou que soube da paralisa&ccedil;&atilde;o somente por meio da imprensa. &quot;Eles t&ecirc;m que cumprir a miss&atilde;o deles. N&atilde;o est&atilde;o com sal&aacute;rios atrasados. As aulas v&atilde;o come&ccedil;ar dia 21. O calend&aacute;rio acad&ecirc;mico tem que ser seguido. O sindicato tem que entender e o calend&aacute;rio ser seguido&quot;, observou.</div> <div><br /> Carlos Alberto adiantou ainda que aguarda a libera&ccedil;&atilde;o do governador para a realiza&ccedil;&atilde;o de concurso p&uacute;blico para 450 vagas, para professores e servidores administrativos. Segundo o reitor, a id&eacute;ia &eacute; oferecer 200 vagas para professores efetivos e 250 servidores t&eacute;cnicos administrativos. &quot;Iremos substituir os professores substitutos por efetivos. J&aacute; levamos a proposta para o governador e aguardamos a libera&ccedil;&atilde;o&quot;, antecipou, acrescentando que a proposta &eacute; que o concurso seja realizado ainda este semestre. &quot;O governador est&aacute; aguardando o resultado do impacto financeiro com a realiza&ccedil;&atilde;o do concurso&quot;, concluiu.</div> <div><br /> A situa&ccedil;&atilde;o da Uespi tamb&eacute;m foi vista com preocupa&ccedil;&atilde;o pelo deputado Luciano Nunes (PSDB). O parlamentar tucano lamentou a situa&ccedil;&atilde;o e lembrou que os maiores prejudicados s&atilde;o os alunos. &quot;Desde o ano passado que acompanhamos esse drama enfrentado pela Uespi. J&aacute; foi motivo de den&uacute;ncias o atraso da verba de custeio da institui&ccedil;&atilde;o, o atraso na obra da biblioteca do campus Torquato Neto, as p&eacute;ssimas condi&ccedil;&otilde;es dos campi do interior do Piau&iacute;, a denega&ccedil;&atilde;o de cursos pelo Conselho de Educa&ccedil;&atilde;o e agora a falta de material prejudica o in&iacute;cio do per&iacute;odo letivo&quot;, lembrou, pedindo uma &quot;aten&ccedil;&atilde;o maior&quot; por parte do Governo para com os problemas da institui&ccedil;&atilde;o. &quot;Vamos trazer a situa&ccedil;&atilde;o para discuss&atilde;o na Assembleia&quot;, antecipou.</div>
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