Piauí apresenta um dos piores desempenhos do País nas obras de esgoto do PAC

Piauí apresenta um dos piores desempenhos do País nas obras de esgoto do PAC

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<p>O Piau&iacute; &eacute; um dos Estados que apresenta a maior lentid&atilde;o nas obras do Programada de Acelera&ccedil;&atilde;o do Crescimento (PAC), segundo relat&oacute;rio &quot;De Olho no PAC&quot;, feito pelo Trata Brasil, instituto que investiga as obras de saneamento do pa&iacute;s. O estudo aponta que ap&oacute;s 4 anos da implementa&ccedil;&atilde;o do programa, apenas 20% dos recursos foram liberados e somente 4% das obras em andamento no estado piauiense.</p> <p>O Trata Brasil revela que o Piau&iacute;, al&eacute;m de possuir os menores n&iacute;veis de avan&ccedil;o f&iacute;sico e atraso na libera&ccedil;&atilde;o dos recursos, concentra poucas obras, e estas de valores baixos, quando comparado aos demais Estados brasileiros. O Cear&aacute;, por exemplo, recebeu cerca R$ 203,04 milh&otilde;es; Pernambuco, 124,3 milh&otilde;es; Rio Grande do Norte, 194,3 milh&otilde;es, enquanto o estado piauiense recebeu R$ 102,04 milh&otilde;es.</p> <p>&nbsp;</p> <div align="center"><img height="188" width="504" alt="" src="http://portalodia.com/media/uploads/filebrowser/untitled-3.jpg" /></div> <div align="center"> <p><img height="206" width="510" alt="" src="http://portalodia.com/media/uploads/filebrowser/untitled-4.jpg" /></p> <p>&nbsp;</p> </div> <p>No Brasil, apesar dos recursos liberados terem atingido 40,9% dos investimentos previstos nas obras voltadas a esgotos do PAC nos maiores munic&iacute;pios, os entraves continuam impedindo um avan&ccedil;o mais r&aacute;pido e apenas 4% dessas obras foram conclu&iacute;das at&eacute; final de 2010. A se manter este ritmo, muitas obras s&oacute; terminar&atilde;o pr&oacute;ximo a 2015.</p> <p>O acompanhamento &eacute; feito sobre uma amostra de 101 obras voltadas a Esgotos - redes de coleta e sistemas de tratamento - nos munic&iacute;pios maiores que 500 mil habitantes e que totalizam R$ 2,8 bilh&otilde;es em investimentos. As informa&ccedil;&otilde;es s&atilde;o obtidas atrav&eacute;s de consultas e solicita&ccedil;&otilde;es formais &agrave; Caixa Econ&ocirc;mica Federal, BNDES, SIAFI, relat&oacute;rios oficiais do PAC e Minist&eacute;rio das Cidades.</p> <p>O resultado compreende os avan&ccedil;os no per&iacute;odo de Dezembro de 2009 a Dezembro de 2010 e revela, principalmente, que das 101 obras monitoradas, 4 delas foram conclu&iacute;das, 22 est&atilde;o atrasadas e 11 sequer foram iniciadas. Ao contr&aacute;rio do que previam os balan&ccedil;os oficiais do PAC, de que 60% das obras estariam conclu&iacute;das at&eacute; 2010, mais da metade das obras monitoradas n&atilde;o avan&ccedil;aram al&eacute;m dos 40% do cronograma f&iacute;sico at&eacute; o final de 2010.</p> <p>O estudo mostra tamb&eacute;m que aumentou o n&uacute;mero de obras em est&aacute;gio mais avan&ccedil;ado (entre 60% e 99% de execu&ccedil;&atilde;o), mas, em contra partida, duplicou o n&uacute;mero de obras paralisadas (de 15 obras neste est&aacute;gio em 2009 passou a 30 em 2010), como pode ser visto no gr&aacute;fico abaixo. O maior aumento ocorreu na regi&atilde;o Nordeste - das 39 obras na regi&atilde;o, 6 estavam paralisadas ao final de 2009 e em dez/2010 foram constatadas 16 obras nesta situa&ccedil;&atilde;o.</p> <p>&nbsp;</p> <div align="center"> <p><img height="231" width="500" alt="" src="http://portalodia.com/media/uploads/filebrowser/pac1.jpg" /></p> <p>&nbsp;</p> </div> <p>Mesmo possuindo a maior quantidade de obras (41), a regi&atilde;o Sudeste foi a que apresentou o maior avan&ccedil;o na execu&ccedil;&atilde;o - de 31,9% (at&eacute; 2009) para 57,3% (final de 2010). A regi&atilde;o Centro-Oeste, por sua vez, apresentou a menor evolu&ccedil;&atilde;o nas obras (7,9% para 12,9%). Nas 101 obras, o andamento m&eacute;dio saltou de 19,7% ao final de 2009 para 35,3% em 2010.</p> <p>O gr&aacute;fico abaixo mostra que o avan&ccedil;o das obras na regi&atilde;o Sudeste (57,3% na m&eacute;dia de execu&ccedil;&atilde;o) distorce os resultados gerais. Sem ela, o avan&ccedil;o m&eacute;dio de 35,3%, para o conjunto das obras, cai para 25,1% ao longo de 2010.</p> <p>&nbsp;</p> <div align="center"> <p><img height="243" width="494" alt="" src="http://portalodia.com/media/uploads/filebrowser/untitled-2.jpg" /></p> <p>&nbsp;</p> </div> <p>No que se refere aos recursos liberados, o monitoramento mostra que houve libera&ccedil;&atilde;o de 40,9%, no conjunto das 101 obras. O maior progresso tamb&eacute;m ocorreu na regi&atilde;o Sudeste onde 57% dos recursos foram liberados. J&aacute; a regi&atilde;o Sul teve a menor libera&ccedil;&atilde;o (24,1%). Tamb&eacute;m neste caso, o avan&ccedil;o do Sudeste distorce a m&eacute;dia geral, pois ao se retirar esta regi&atilde;o, a m&eacute;dia de recursos liberados cai de 40,9% para 33,3%.</p> <p>&Eacute;dison Carlos, Presidente Executivo do Instituto Trata Brasil, comenta: &quot;N&atilde;o estamos generalizando os resultados para todo o conjunto do PAC, que &eacute; muito mais amplo. No que se refere a esta amostra de obras que monitoramos, voltadas a Esgotos e nos maiores munic&iacute;pios, os resultados mostram que a coleta e tratamento dos esgotos tende a ficar melhor nas regi&otilde;es j&aacute; melhor atendidas e continuar prec&aacute;ria por mais tempo nas regi&otilde;es mais carentes destes servi&ccedil;os.&quot;</p> <p>&nbsp;</p>
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