Lavrador que tentou matar a mulher é condenado a seis anos prisão

Lavrador que tentou matar a mulher é condenado a seis anos  prisão

Vítima conta como ocorreram as agressões. / Foto: José Maria

<div><strong><span style="color: black">O</span></strong><span style="color: black"> lavrador Maicon da Silva Lima, 20 anos, natural da cidade de Santana do Piau&iacute;, foi condenado ontem, 5 de outubro, a seis anos, dez meses e 15 dias de reclus&atilde;o pelo Tribunal Popular do J&uacute;ri da Comarca de Picos, pela acusa&ccedil;&atilde;o de tentativa de homic&iacute;dio contra sua ex-mulher, Wils&ocirc;nia da Concei&ccedil;&atilde;o Pereira, de 24 anos.</span></div> <div><span style="color: black">&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; </span></div> <div><span style="color: black">Segundo os autos do processo, o crime ocorreu por volta das 16 horas do dia 18 de mar&ccedil;o de 2010, no centro da cidade de Santana do Piau&iacute;. De acordo com a acusa&ccedil;&atilde;o, ap&oacute;s se desentender com a mulher, Maicon desferiu dois socos no rosto dela e mesmo a v&iacute;tima ca&iacute;da, ainda deu v&aacute;rios chutes na regi&atilde;o da cabe&ccedil;a.</span></div> <div><span style="color: black">&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; </span></div> <div><span style="color: black">Devido &agrave; viol&ecirc;ncia das pancadas que sofrera, Wils&ocirc;nia desmaiou e ap&oacute;s ser socorrida foi levada para a cidade de Teresina, onde somente acordou dois dias depois. O pai da v&iacute;tima disse que ela ficou cerca de dois meses em recupera&ccedil;&atilde;o e ainda hoje apresenta marcas no rosto.</span></div> <div><span style="color: black">&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; </span></div> <div><span style="color: black">J&aacute; Maicon tentou reagir &agrave; pris&atilde;o, mas foi dominado pelos policiais militares e trazido para a Central de Flagrantes em Picos, de onde foi transferido para a Penitenci&aacute;ria Regional &ldquo;Jos&eacute; de Deus Barros&rdquo;, permanecendo l&aacute; at&eacute; a data do julgamento pelo Tribunal Popular do J&uacute;ri.</span></div> <div><strong>&nbsp;</strong></div> <div><strong><span style="color: black">J&uacute;ri</span></strong></div> <div><strong><span style="color: black">&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; </span></strong></div> <div><span style="color: black">A sess&atilde;o do j&uacute;ri foi presidida pelo juiz Franco Morette Fel&iacute;cio de Azevedo, tendo como representante do Minist&eacute;rio P&uacute;blico o promotor de justi&ccedil;a Fl&aacute;vio Teixeira de Abreu J&uacute;nior e na defesa o advogado Antonio de Carvalho Moura. Os trabalhos tiveram in&iacute;cio &agrave;s 09 horas da manh&atilde; e encerramento &agrave;s 19 horas com a leitura da senten&ccedil;a.</span></div> <div><span style="color: black">&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; </span></div> <div><span style="color: black">Por maioria de votos, o Conselho de Senten&ccedil;a acatou a tese de tentativa de homic&iacute;dio duplamente qualificado defendida pelo Minist&eacute;rio P&uacute;blico, e com isso o r&eacute;u foi condenado a seis anos, dez meses e 15 dias de reclus&atilde;o, pena a ser cumprida inicialmente em regime semi-aberto na Penitenci&aacute;ria Major C&eacute;sar Oliveira.</span></div> <div><span style="color: black">&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; </span></div> <div><span style="color: black">O promotor Fl&aacute;vio Teixeira disse que a sociedade deu a resposta que o Minist&eacute;rio P&uacute;blico queria, tendo em vista que os jurados acataram a tese levantada pela promotoria. Quanto &agrave; pena aplicada ele considerou normal, pela pr&oacute;pria qualidade do crime e pela juventude do r&eacute;u, que tem apenas 20 anos de idade.</span></div> <div><span style="color: black">&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; </span></div> <div><span style="color: black">Embora reconhe&ccedil;a que o j&uacute;ri &eacute; soberano, o advogado de defesa Antonio de Carvalho Moura disse que ainda vai analisar se ingressa ou n&atilde;o com um recurso. Ele vai levar em conta a posi&ccedil;&atilde;o da fam&iacute;lia do r&eacute;u, que ficou bastante chocada com a condena&ccedil;&atilde;o. Uma tia e madrinha de Maicon chorou bastante ap&oacute;s a leitura da senten&ccedil;a.</span></div> <div><span style="color: black">&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; </span></div> <div><span style="color: black">&ldquo;Tecnicamente falando a defesa entende que o j&uacute;ri votou equivocadamente, porque trata-se de uma situa&ccedil;&atilde;o que, a rigor, n&atilde;o se enquadra em tentativa de homic&iacute;dio, isto porque provamos que foi uma les&atilde;o corporal. Na tentativa de homic&iacute;dio &eacute; preciso o requisito dolo, a inten&ccedil;&atilde;o de matar e n&atilde;o houve isso&rdquo;, reafirmou o advogado Antonio de Carvalho Moura.</span></div>
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