Multidão recepciona fotojornalista preso por engano na Operação Segor
Familiares e amigos recepcionam Joel. / Foto: Gelimar Moura
<div><strong>U</strong>ma semana após ser preso por engano na Operação Segor acusado injustamente de participar de esquema de tráfico de drogas, o fotojornalista Joel Marques Cardoso retornou a Picos no final da tarde de ontem, 17 de fevereiro, e foi recepcionado por uma multidão na entrada da cidade.</div>
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<div>Parentes, amigos, companheiros de trabalho e populares, se aglomeraram desde as 17h em frente ao Posto São Miguel, no cruzamento da BR-316 com avenida Severo Eulálio, para esperar a chegada de Joel Marques, que retornava de Teresina após ser libertado na última quarta-feira, 15, quando foi comprovado o engano em sua prisão.</div>
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<div>Acompanhado da esposa Irinalda Maria, Joel Marques chegou a Picos por volta das 17h40 de ontem e foi recepcionado por dezenas de pessoas. O reencontro com os familiares e amigos foi marcado por muita comoção. Abraços demorados, choro e palavras de conforto deram o tom da acolhida.</div>
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<div>Após os cumprimentos, Joel Marques deixou a avenida Severo Eulálio e seguiu em carreata até a Igreja de São Judas Tadeu, onde dezenas de pessoas o aguardavam para uma missa em ação de graças, celebrada pelo padre Carlos Danilo.</div>
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<div>Durante a celebração, o padre Carlos Danilo falou da índole de Joel Marques, coordenador de grupos da Igreja e colaborador da Pastoral da Comunicação da Diocese de Picos. “Quando tomei conhecimento do fato eu não acreditei e rezei para que esse erro fosse revisto o mais rápido possível”, lembrou o sacerdote.</div>
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<div>No momento das preces, amigos de Joel Marques deram depoimentos sobre a vida do fotojornalista, relatando a sua militância na Igreja Católica e o trabalho como servidor público municipal, fotógrafo profissional e acadêmico do 8º período de jornalismo, além de bom pai e esposo exemplar.</div>
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<div><strong>Emoção</strong></div>
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<p>Em um depoimento emocionado, Joel Marques contou em detalhes os momentos de terror que passou, desde a abordagem dos policiais em sua casa na manhã de 9 de fevereiro, os quatro dias que passou preso na Penitenciária Irmão Guido juntamente com outros 15 detentos, a transferência para a carceragem da Delegacia de Entorpecentes, até a liberdade conquistada na última quarta-feira.</p>
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<p>“Foram os momentos mais difíceis que passei na minha vida. Eu chorava a todo momento e não entendia o porquê de estar ali. Não tive, não tenho e nunca terei relações com o mundo do tráfico”, relatou Joel Marques, acrescentando que a fé em Deus fez com que suportasse tanto sofrimento.</p>