Professores da rede estadual entram em greve e escolas de Picos ficam vazias
Salas de aulas ficaram vazias na Escola Normal. / Foto: Jornal de Picos
<div><strong>C</strong>ontrariando o discurso do governo, os professores da rede estadual de ensino decidiram entrar em greve por tempo indeterminado a partir desta segunda-feira, 27 de fevereiro, até que seja garantido o pagamento do novo piso salarial da categoria, cujo reajuste gira em torno de 22% retroativo a janeiro.</div>
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<div>Por conta da decisão dos trabalhadores em educação tomada em assembleia no Clube Social do Sinte-PI, em Teresina, as escolas da rede estadual de ensino em Picos ficaram vazias. Em nenhuma delas houve aulas hoje e, segundo os professores, não existe previsão de quando o ano letivo terá início.</div>
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<div>Nesta terça-feira, 28 de fevereiro, a partir das 9h da manhã, haverá uma assembleia geral no auditório do Sinte Regional de Picos, oportunidade em que a categoria vai decidir se adere ou não à greve por tempo indeterminado que foi decretada nesta segunda-feira, 27, em Teresina.</div>
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<div>A expectativa da presidente do Sinte Regional de Picos, professora Giselle Dantas, é de que a assembléia de amanhã reúna um expressivo número de trabalhadores da educação dos municípios da região, tendo em vista que serão deliberados assuntos de interesse da categoria.</div>
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<div><strong>Adiamento</strong></div>
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<div>A decisão de adiar o início do ano letivo em Picos e região foi tomada na última sexta-feira, 24 de fevereiro, antes mesmo da confirmação da greve por tempo indeterminado, que foi deflagrada nesta segunda-feira, 27. A decisão vale até que o governo do estado pague o reajuste do Piso Salarial Profissional Nacional, que é de 22%.</div>
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<div>Segundo Giselle Dantas, o Sinte-Piauí entregou no final do ano passado uma pauta de reivindicações para o governo do estado e até agora não recebeu nenhum posicionamento. Além do reajuste do piso, a categoria cobra também a convocação de concursados, assinatura de acessos e mudanças de classe, mudanças na prestação dos serviços do IAPEP e PLAMTA, agilidade na concessão de aposentadorias, dentre outros.</div>
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<p>Outro problema denunciado pelo sindicato é a falta de pessoal nas escolas. Segundo os dirigentes sindicais, há carência de profissionais, o que acaba comprometendo os trabalhos desenvolvidos. “Numa escola da zona urbana de Picos, a biblioteca e o laboratório de informática estão fechados por falta de profissionais para trabalharem nos locais”, denuncia a assessoria do Sinte Regional.</p>