Professores da rede estadual em Picos ignoram ameaças do governador e mantêm a greve

Professores da rede estadual em Picos ignoram ameaças do governador e mantêm a greve

Professores decidem em assembleia pela continuidade da greve. / Foto: Jornal de Picos

<div><strong>I</strong>ndiferentes &aacute;s amea&ccedil;as do governador Wilson Martins (PSB), os professores da rede p&uacute;blica estadual de ensino na regi&atilde;o de Picos decidiram em assembleia realizada na manh&atilde; desta ter&ccedil;a-feira, 17, pela manuten&ccedil;&atilde;o da greve que j&aacute; dura 50 dias. Tamb&eacute;m foram discutidas estrat&eacute;gias para o fortalecimento do movimento.</div> <div>&nbsp;</div> <div>A presidente do Sinte Regional de Picos, Giselle Dantas, disse que no momento a principal articula&ccedil;&atilde;o do movimento grevista deve ser em torno de sensibilizar os deputados a n&atilde;o aprovarem o projeto de lei enviado pelo governador a Assembleia Legislativa, pois, segundo ela, a proposta acaba com a carreira do magist&eacute;rio.</div> <div>&nbsp;</div> <div>A sindicalista explica que, com a proposta o governador Wilson Martins quer incorporar a gratifica&ccedil;&atilde;o de reg&ecirc;ncia ao sal&aacute;rio e pagar 22% de reajuste somente para quem n&atilde;o tem curso superior e apenas 6% para os professores que t&ecirc;m forma&ccedil;&atilde;o superior. &ldquo;Dessa forma ele acaba com a nossa carreira e desestimula o professor a se qualificar&rdquo;, argumenta Giselle Dantas.</div> <div>&nbsp;</div> <div>Sobre as amea&ccedil;as do governador Wilson Martins de cortar o ponto dos grevistas e zerar os contracheques, os professores disseram que n&atilde;o v&atilde;o se intimidar. Eles lembraram que j&aacute; enfrentaram muitas batalhas, muitas incompreens&otilde;es e n&atilde;o v&atilde;o recuar agora quando defendem uma causa justa, ou seja, o cumprimento de uma lei federal.</div> <div>&nbsp;</div> <div>No caso de o governo manter a amea&ccedil;a e cortar o ponto dos trabalhadores em educa&ccedil;&atilde;o e zerar os contracheques, a orienta&ccedil;&atilde;o do Sinte-PI &eacute; de que os professores n&atilde;o reponham os dias parados como acontece em outras greves.</div> <div>&nbsp;</div> <div><strong>Estrat&eacute;gias</strong></div> <div>&nbsp;</div> <div>&ldquo;O Minist&eacute;rio P&uacute;blico Estadual est&aacute; entrando com uma representa&ccedil;&atilde;o contra o governo para que ele pague o piso nacional da categoria, mas sabemos que a justi&ccedil;a &eacute; lenta. O que devemos fazer agora &eacute; pressionar os deputados a n&atilde;o aprovarem o projeto de lei, pois, se o fizerem, tamb&eacute;m ser&atilde;o prejudicados visto que vamos expor a imagem deles como traidores da educa&ccedil;&atilde;o&rdquo;, alertou a presidente do Sinte Regional de Picos.</div> <div>&nbsp;</div> <div>O projeto de lei do governo tem como relatora a deputada picoense Bel&ecirc; Medeiros (PSB), mas, de acordo com Giselle Dantas, todos os outros parlamentares ser&atilde;o responsabilizados caso decidam votar a favor.</div> <div>&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;</div> <div>Durante a assembleia os professores questionaram o trabalho dos deputados em Bras&iacute;lia, tendo em vista que aprovam leis que n&atilde;o s&atilde;o cumpridas. &ldquo;Pra qu&ecirc; leis neste pais se elas n&atilde;o s&atilde;o postas em pr&aacute;tica? Podemos at&eacute; rasgar a lei do Piso Nacional da Educa&ccedil;&atilde;o, pois, n&atilde;o est&aacute; sendo cumprida aqui no Piau&iacute;&rdquo;, indignou-se Giselle Dantas.</div> <div>&nbsp;</div>
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