Greve dos médicos do PSF em Picos passa de um mês e negociações não avançam

Greve dos médicos do PSF em Picos passa de um mês e  negociações não avançam

Greve dos médicos compromete atendimento no PSF Paroquial. / Foto: Jornal de Picos

<div><strong>J</strong>&aacute; passa de um m&ecirc;s a greve dos m&eacute;dicos do Programa de Sa&uacute;de da Fam&iacute;lia (PSF) de Picos e as negocia&ccedil;&otilde;es entre a categoria e os gestores municipais n&atilde;o avan&ccedil;am. Enquanto isso a popula&ccedil;&atilde;o padece com a falta de atendimento, que j&aacute; era considerado deficiente antes mesmo da paralisa&ccedil;&atilde;o dos profissionais.</div> <div>&nbsp;</div> <div>As conseq&uuml;&ecirc;ncias da paralisa&ccedil;&atilde;o dos m&eacute;dicos do PSF de Picos foram denunciadas pelo vereador Hugo Victor Saunders Martins (PMDB), que subiu a tribuna da C&acirc;mara na sess&atilde;o do dia 28 de junho para cobrar da secretaria municipal de Sa&uacute;de maior aten&ccedil;&atilde;o &agrave;s reivindica&ccedil;&otilde;es dos profissionais.</div> <div>&nbsp;</div> <div>Segundo o parlamentar, a principal reivindica&ccedil;&atilde;o dos m&eacute;dicos &eacute; a aprova&ccedil;&atilde;o de um Plano de Cargos e Carreira, al&eacute;m de reajuste salarial. &ldquo;As cidades do interior do Piau&iacute; pagam entre seis e sete mil reais para um m&eacute;dico do PSF, enquanto Picos paga quatro mil, sendo mil reais como sal&aacute;rio base e o restante como gratifica&ccedil;&atilde;o&rdquo;, informou Hugo Victor, acrescentando que isso prejudica uma futura aposentadoria do profissional.</div> <div><strong>&nbsp;</strong></div> <div><strong>Impasse</strong></div> <div><strong>&nbsp;</strong></div> <div>Diante do impasse o representante do Minist&eacute;rio P&uacute;blico, promotor de justi&ccedil;a Marcelo de Jesus Monteiro Ara&uacute;jo se colocou como um intermedi&aacute;rio para tentar resolver o problema, uma vez que o servi&ccedil;o p&uacute;blico de sa&uacute;de atinge toda uma sociedade e esta n&atilde;o pode ser prejudicada.</div> <div>&nbsp;</div> <div>&ldquo;J&aacute; me coloquei &agrave; disposi&ccedil;&atilde;o servindo de ponte entre as partes. Se tentou, inclusive, firmar um documento garantindo um tempo normal de atendimento, mas essas tentativas n&atilde;o lograram &ecirc;xito at&eacute; o momento&rdquo;, informou o promotor Marcelo de Jesus, ressaltando que o problema da greve precisa ser resolvido pelo poder p&uacute;blico municipal visto tratar-se de uma categoria vinculada ao munic&iacute;pio.</div> <div>No entanto, ele lembra que a greve &eacute; um direito de todo e qualquer trabalhador, mesmo que seja servidor p&uacute;blico. No caso da paralisa&ccedil;&atilde;o dos m&eacute;dicos do PSF de Picos sua legalidade est&aacute; sendo analisada pelo poder judici&aacute;rio.</div> <div>&nbsp;</div> <div>O M&eacute;dico do PSF tem uma carga hor&aacute;ria determinada por lei e os recursos para o pagamento desse trabalho v&ecirc;m direto do Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de. No caso dos m&eacute;dicos de Picos essa carga hor&aacute;ria &eacute; de 40 horas semanais e, segundo o promotor Marcelo de Jesus ela precisa ser cumprida.</div> <div>&nbsp;</div> <div>&ldquo;Agora, at&eacute; onde eu pude inferir, os m&eacute;dicos de Picos est&atilde;o reivindicando que, para trabalharem 40 horas com o atual sal&aacute;rio seria invi&aacute;vel. Uma das reivindica&ccedil;&otilde;es deles &eacute; a manuten&ccedil;&atilde;o do salarial com a redu&ccedil;&atilde;o da carga hor&aacute;ria para 20 horas semanais e, nesse caso, o munic&iacute;pio perder&aacute; repasse do Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de&rdquo;, explicou o promotor Marcelo de Jesus.</div> <div>&nbsp;</div> <div>Outra solu&ccedil;&atilde;o seria aumentar substancialmente o sal&aacute;rio atual para compensar o m&eacute;dico a realmente prestar essas 40 horas semanais. &ldquo;O que n&atilde;o se pode admitir &eacute; o faz de contas, ou seja, est&aacute; vinculado com uma carga hor&aacute;ria e n&atilde;o cumpri-la&rdquo;, alertou o representante do Minist&eacute;rio P&uacute;blico.</div> <div>&nbsp;</div> <div>O Delegado Regional do Sindicato dos M&eacute;dicos Jos&eacute; Almeida acredita que as duas partes v&atilde;o chegar a um acordo, principalmente em fun&ccedil;&atilde;o da intermedia&ccedil;&atilde;o do representante do Minist&eacute;rio P&uacute;blico.</div> <div>&nbsp;</div> <p>Na Unidade B&aacute;sica de Sa&uacute;de do PSF Paroquial o m&eacute;dico saiu de f&eacute;rias m&ecirc;s passado, deveria ter retornado ao trabalho dia 4 de julho, mas, nesta data ingressou com uma solicita&ccedil;&atilde;o de licen&ccedil;a sem remunera&ccedil;&atilde;o pelo per&iacute;odo de um ano e, at&eacute; o momento a secretaria municipal de Sa&uacute;de n&atilde;o contratou outro profissional para substitu&iacute;-lo.</p>
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