Secretaria Estadual de Administração autoriza concuro para soldado da Polícia Militar do Piauí
. / .
<p><span id="texto_materia"> Foi autorizado pela Secretaria Estadual de Administração (Sead) o concurso que abre vagas para soldado da Polícia Militar do Piauí. Quem está elaborando o edital do concurso é o Núcleo de Concursos e Promoção de Eventos (Nucepe), da Universidade Estadual do Piauí.<br />
<br />
Como previa a Sead, o edital deveria ser divulgado até o final deste mês de setembro, mas o Nucepe ainda não divulgou informações precisas sobre as inscrições, provas, remuneração para o cargo, entre outras coisas.<br />
<br />
A única informação que se tem, confirmada pela Secretaria de Administração, é que serão oferecidas 540 vagas para soldado militar. De acordo com a secretária Regina Sousa, estava prevista a divulgação do edital para soldado e oficial (com 40 vagas), mas este segundo cargo não será contemplado neste concurso, já que ainda não foi sancionada lei que exige curso superior para oficial da PM.<br />
<br />
Quem espera pela divulgação do edital para concorrer a uma destas vagas de soldado militar não vê a hora de se inscrever. E quem já trabalha na área não vê a hora de ter mais pessoas exercendo a função no Piauí. É grande o déficit de soldados no estado, de acordo com a Associação Beneficente dos Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiros Militares (Abecs).<br />
<br />
Atualmente, os 224 municípios do Piauí contam com o serviço de menos de seis mil soldados militares. O soldado Vicente de Paulo Sousa e Silva, membro da Abecs, calcula que seria necessário pelo menos o dobro de pessoas exercendo este cargo no estado. “Temos municípios com mais de quatro mil habitantes que são atendidos por apenas três policiais. É um efetivo muito pequeno”, declara.<br />
<br />
Vicente é soldado há vinte anos e ama sua profissão, mas afirma que as condições de trabalho não têm sido as melhores. “Já melhorou um pouco ao longo desses 20 anos, mas a profissão continua sendo muito rígida, regida por noções tradicionalistas e sem uma lei que regulamente nossa carga horária”, enumera.<br />
<br />
Atualmente, os soldados militares seguem uma portaria que sugere carga horária de 12 horas de trabalho por 24 horas de folga, ou de 24 horas de serviço por 48 de descanso. “É pesado e as atribuições do soldado não são fáceis. Temos de estar na batalha o tempo todo, defendendo a sociedade”, diz.<br />
<br />
“Gosto muito do que eu faço, mas precisamos de melhores condições de trabalho e qualidade de vida para nós e para nossas famílias”, acrescenta Vicente de Paulo, defendendo que a sua função deveria ser mais valorizada pela sociedade e pelas autoridades do país.</span></p>