TRE julga hoje processo do vereador José Luís
José Luís foi cassado acusado de compra de votos. / Foto: José Maria Barros
<div align="justify">O Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI) adiou para a próxima segunda-feira, 9 de junho, o julgamento do recurso do vereador de Picos, José Luís de Carvalho (PSB). Acusado de compras de votos, o parlamentar teve o mandato cassado em 6 de agosto do ano passado pelo juiz da 10ª zona eleitoral, Adelmar de Sousa Martins. Insatisfeito com o resultado, ele ingressou com uma ação pedindo a reforma da decisão.</div>
<div align="justify"> </div>
<div align="justify">O recurso deveria ter sido julgado na última segunda-feira, 3, mas foi adiado para esta sexta-feira, 6. Segundo o advogado Mark Neiva, a sessão de hoje chegou a ser iniciada, porém, foi interrompida e o julgamento remarcado para a próxima segunda-feira, 9, de junho.</div>
<div align="justify"> </div>
<div align="justify">Já o recurso do vereador picoense Diógenes Nunes Medeiros (PPS) pedindo a reforma da decisão em primeiro grau, que também deveria ter sido julgado hoje, foi retirado de pauta e não tem previsão de quando retornará ao plenário para ser julgado.</div>
<div align="justify"><strong> </strong></div>
<div align="justify"><strong>José Luís</strong></div>
<div align="justify"> </div>
<div align="justify">O vereador José Luís de Carvalho foi acusado pelo Ministério Público Eleitoral de captação ilícita de sufrágios, a popular compra de votos. Ele teve o mandato cassado em 6 de agosto do ano passado e, desde então se mantém no cargo por intermédio de uma liminar concedida pelo juiz Dioclécio Sousa Silva, relator do processo no TRE.</div>
<div align="justify"> </div>
<div align="justify">Na decisão, o juiz Adelmar Martins anulou os votos do vereador cassado José Luís de Carvalho e determinou que os mesmos fossem computados para a coligação para o qual fora eleito, “Juntos faremos muito mais”, composta pelos partidos do PP/PMN/PSB/PV. Em caso de manutenção da sentença, assume a vaga a professora Francisca Celestina de Sousa, a Dalva Mocó (PSB), que obteve 806 votos nas eleições de 2012.</div>
<div align="justify"><strong> </strong></div>
<div align="justify">A denúncia do Ministério Público Eleitoral contra o vereador cassado José Luís de Carvalho, foi oferecida com base em provas colhidas através de interceptações telefônicas autorizadas pela justiça.</div>
<div align="justify"> </div>
<div align="justify">Ao fazer o pedido o promotor Marcelo de Jesus Monteiro Araújo informou que a ação fora impetrada pelo Ministério Público Eleitoral, em razão de existirem provas inequívocas de que o réu no processo foi beneficiado com captação ilícita de sufrágio, a popular compra de votos.</div>
<div align="justify"> </div>
<div align="justify"> <strong>Processo</strong></div>
<div align="justify"> </div>
<div align="justify">A petição inicial solicitando a cassação do diploma do vereador José Luís de Carvalho foi subscrita por todos os promotores eleitorais com atuação em Picos. O processo tramitou normalmente na Comarca local e no dia 6 de agosto do ano passado saiu à sentença em primeira instância</div>
<div align="justify"> </div>
<div align="justify"> Eleito vereador de Picos pela primeira vez em 2008, José Luís de Carvalho teve o mandato cassado pela primeira vez em 13 de julho de 2012 acusado de infidelidade partidária pelo Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI). Ele trocou, sem justa causa, o PV pelo PSB.</div>
<div align="justify"> </div>
<div align="justify">Nas eleições de 2012, José Luís de Carvalho concorreu a uma cadeira de vereador pela coligação “Juntos faremos muito mais”, formada pelos partidos do PSB/PP/PMN/PV, que tinha como candidata a prefeita à deputada Belê Medeiros (PSB). Foi eleito pela oposição com 1.649 votos, entretanto, no dia da posse mudou para o lado do prefeito Kléber Eulálio (PMDB).</div>