Promotor de Justiça contesta versão da Polícia de Picos

Promotor de Justiça contesta versão da Polícia de  Picos

Promotor de Justiça, Eduardo Palácio Rocha. / Foto: Reprodução

<div align="justify">O promotor Eduardo Pal&aacute;cio Rocha negou nesta quinta-feira (21) <a href="http://www.riachaonet.com.br/comandante-da-pm-nega-que-tiros-tenham-atingido-carro-de-promotor/">a vers&atilde;o da Pol&iacute;cia Militar de que teria fugido de uma blitz em Picos na &uacute;ltima quarta-feira (20).</a></div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Indignado, o promotor denunciou que a abordagem da policia foi um &ldquo;ato vergonhoso, que nunca mais deve se repetir&rdquo;.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Na a&ccedil;&atilde;o, ocorrida por volta das 21h em Picos, houve persegui&ccedil;&atilde;o ao ve&iacute;culo do promotor e tiro. Ele registrou Boletim de Ocorr&ecirc;ncia e a Procuradoria Geral de Justi&ccedil;a ir&aacute; acionar a Corregedoria da PM para investigar o caso.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Ele conta que estava em seu terceiro dia de trabalho na comarca, trafegando com seu ve&iacute;culo Kia Sportage, na cor marrom, no intuito de jantar.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">&nbsp;&ldquo;Ao trafegar em uma rua, percebi que tinha errado o caminho que d&aacute; acesso aos restaurantes, e decidi fazer o retorno. Ressalto que durante o retorno, uma viatura da Pol&iacute;cia Militar, modelo Hilux, passou ao meu lado e n&atilde;o o pediu que parasse, bem como uma outra viatura caracterizada, cujos policiais estavam devidamente fardados, tamb&eacute;m n&atilde;o o fez&rdquo;, conta o promotor.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify"><a href="http://www.riachaonet.com.br/policiais-alvejam-carro-de-promotor-em-picos/">Ele relatou que ao tentar estacionar em uma rua paralela &agrave; regi&atilde;o onde ficam os principais restaurantes de Picos, no momento da baliza, uma pessoa desce armada do gol branco.</a></div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">&ldquo;A pessoa que desceu do gol branco, cuja visualiza&ccedil;&atilde;o fora via retrovisor, utilizava trajes civis, n&atilde;o trajando nenhuma farda de policial militar, ou de policial civil, nem com coletes &agrave; prova de balas, muito menos alguma identifica&ccedil;&atilde;o vis&iacute;vel de agente em atividade de poder de pol&iacute;cia. Consciente de que exer&ccedil;o uma profiss&atilde;o de risco, e sem entender do que se tratava, empreendi fuga, entrando em diversas ruas em alta velocidade&rdquo;.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Pal&aacute;cio lembra que procurou a sede da Delegacia Regional, mas a porta estava fechada e nervoso foi em dire&ccedil;&atilde;o &agrave; BR-316. &nbsp;&ldquo;Ao adentrar na BR-316, escutei um estampido. Nesse momento, olhei pelo retrovisor e vi uma pessoa com metade do corpo do lado de fora do carro. Diante de tal fato, outra solu&ccedil;&atilde;o n&atilde;o havia, a n&atilde;o ser acelerar mais e mais. Na fuga, realizei uma manobra para entrar no F&oacute;rum de Picos, local que eu sabia que haviam policiais militares &agrave; noite fazendo a seguran&ccedil;a, no intuito de me socorrer&rdquo;.</div> <div align="justify"><strong>&nbsp;</strong></div> <div align="justify"><strong>Mais sobre o caso</strong></div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">No F&oacute;rum, o promotor disse que tr&ecirc;s homens desceram do Gol e se identificaram como policiais militares a paisana.</div> <div align="justify">&ldquo;&Eacute; curioso o fato da Pol&iacute;cia Militar do Estado do Piau&iacute; utilizar ve&iacute;culos descaracterizados, com policiais &agrave; paisana, sem nenhuma identifica&ccedil;&atilde;o vis&iacute;vel, para realizarem abordagens. Como o abordado pode distingu&iacute;-los dos bandidos?&rdquo;.</div> <div align="justify"><strong>&nbsp;</strong></div> <div align="justify"><strong>Promotor nega vers&atilde;o de que teria fugido da blitz</strong></div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">&ldquo;Interessante que n&atilde;o me lembro de nenhuma blitz. Interessante que, mesmo que eu supostamente tivesse fugido de uma suposta blitz, um carro descaracterizado n&atilde;o &eacute; o meio adequado. Interessante que em todo o trajeto para o centro da cidade, no intuito de jantar, apenas vieram me abordar no momento da baliza. Interessante que os ocupantes do gol n&atilde;o solicitaram, em nenhum momento, aux&iacute;lio de demais viaturas da Pol&iacute;cia Militar. Como &eacute; poss&iacute;vel uma pessoa fugir de uma blitz e apenas um carro o segue? Detalhe, estava em baixa velocidade, visto que pretendia, tamb&eacute;m, visualizar placas de apartamentos por alugar&rdquo;.</div> <div align="justify"><strong>&nbsp;</strong></div> <div align="justify"><strong>Sobre a vers&atilde;o da Pol&iacute;cia de que seu ve&iacute;culo estava sujo com placa traseira ileg&iacute;vel, ele rebate:</strong></div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">&ldquo;O meu carro estava sujo, visto que utilizo estrada carro&ccedil;al para atender a Comarca de Santa Filomena-PI, ademais, nada impediria que os Policias Militares &agrave; paisana, no gol descaracterizado, realizassem uma ultrapassagem ao meu ve&iacute;culo e visualizassem a placa frontal, consultado, dessa forma, o sistema&rdquo;.</div> <div align="justify"><strong>&nbsp;</strong></div> <div align="justify"><strong>Policia alega que atirou com bala de borracha, o promotor reage:</strong></div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">&ldquo;N&atilde;o h&aacute; a m&iacute;nima possibilidade de acreditar que uma guarni&ccedil;&atilde;o da pol&iacute;cia militar, que realiza atividades de intelig&ecirc;ncia, esteja portando balas de borracha, e o estampido fora de pistola .40 com a absoluta certeza. Foram v&aacute;rios motivos que ofertaram para justificar o erro grosseiro que fizeram&rdquo;.</div> <div align="justify"><strong>&nbsp;</strong></div> <div align="justify"><strong>Nas acusa&ccedil;&otilde;es de ter fugido de blitz, o promotor responde declara&ccedil;&otilde;es do tenente Edvan Martins</strong></div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">&ldquo;Ressalto ao tenente que n&atilde;o me recordo de nenhuma blitz e que as barreiras n&atilde;o devem ser realizadas atrav&eacute;s de carros e pessoas descaracterizados. H&aacute; mais chances de confundir ser um arrast&atilde;o do que uma blitz&rdquo;.</div>
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