Justiça determina desocupação de escolas

Justiça determina desocupação de escolas

Em Picos número inexpressivo de estudantes apoia o "movimento" de ocupação. / Foto: Reprodução

<div align="justify">Na pr&oacute;xima segunda-feira (31), termina o prazo dado pelo Minist&eacute;rio da Educa&ccedil;&atilde;o (MEC) para que os estudantes deixem as escolas, universidades e institutos federais ocupados em protesto contra medidas propostas pelo governo federal. Caso isso n&atilde;o ocorra, o MEC informou que o Exame Nacional do Ensino M&eacute;dio (Enem), marcado para os dias 5 e 6 de novembro, ser&aacute; cancelado nesses estabelecimentos.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Os estudantes que fazem as ocupa&ccedil;&otilde;es s&atilde;o contra a Proposta de Emenda &agrave; Constitui&ccedil;&atilde;o (PEC) 241/2016, que limita os gastos do governo federal pelos pr&oacute;ximos 20 anos, e a reforma do ensino m&eacute;dio institu&iacute;da pela Medida Provis&oacute;ria (MP) 746/2016, enviada ao Congresso. O governo argumenta que a PEC, aprovada em dois turnos na C&acirc;mara, &eacute; fundamental para o ajuste fiscal das contas do pa&iacute;s. Em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; reforma do ensino, o Minist&eacute;rio da Educa&ccedil;&atilde;o diz que o tema j&aacute; vinha sendo debatido com especialistas e o setor, inclusive com a tramita&ccedil;&atilde;o de projetos no Legislativo, por&eacute;m, em decorr&ecirc;ncia da urg&ecirc;ncia do tema, foi necess&aacute;ria a edi&ccedil;&atilde;o de uma medida provis&oacute;ria.&nbsp;</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Movimentos contr&aacute;rios &agrave;s ocupa&ccedil;&otilde;es t&ecirc;m pressionado os manifestantes a deixarem as unidades de ensino. Al&eacute;m disso, a Justi&ccedil;a tem concedido a&ccedil;&otilde;es de reintegra&ccedil;&atilde;o de posse em diversas cidades.&nbsp;</div> <div align="justify"><strong>&nbsp;</strong></div> <div align="justify"><strong>Desocupa&ccedil;&otilde;es</strong></div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">De acordo com o &uacute;ltimo balan&ccedil;o da Uni&atilde;o Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), 1.177 locais est&atilde;o ocupados em todo o pa&iacute;s. N&atilde;o h&aacute; um balan&ccedil;o nacional oficial. H&aacute; diverg&ecirc;ncias entre os n&uacute;meros apresentados pela Ubes e pela secretarias de Educa&ccedil;&atilde;o. Um exemplo &eacute; o Paran&aacute;, estado que concentra mais ocupa&ccedil;&otilde;es. Segundo a UBES, h&aacute; 843 estabelecimentos ocupados. Para a Secretaria de Educa&ccedil;&atilde;o, s&atilde;o 491, n&uacute;mero inferior ao divulgado ontem (27), 590.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Segundo a Procuradoria-Geral do Estado (PGE), somente em Curitiba, foram expedidos desde ontem 25 liminares para reintegra&ccedil;&atilde;o de posse. No estado, o Movimento Brasil Livre, contr&aacute;rio &agrave;s ocupa&ccedil;&otilde;es, tem feito a&ccedil;&otilde;es para pedir que os estudantes deixem as institui&ccedil;&otilde;es de ensino.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">A morte de um estudante de 16 anos dentro de uma escola ocupada em Curitiba tamb&eacute;m marcou o movimento. Ele teria sido morto por colega, tamb&eacute;m menor, ap&oacute;s desentendimento. Ambos teriam consumido uma droga sint&eacute;tica.&nbsp;</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Nesta semana, foram registradas reintegra&ccedil;&otilde;es em outros estados. No Tocantins, a retirada dos estudantes foi tumultuada e alguns teriam sa&iacute;do algemados. Em S&atilde;o Paulo, a Pol&iacute;cia Militar desocupou, no &uacute;ltimo dia 25, a Escola Estadual Silvio Xavier, no Piqueri, na zona norte da capital paulista, em uma a&ccedil;&atilde;o de reintegra&ccedil;&atilde;o. Ap&oacute;s a desocupa&ccedil;&atilde;o, 13 estudantes que participavam da ocupa&ccedil;&atilde;o da escola foram detidos e levados para delegacia.</div> <div align="justify"><strong>&nbsp;</strong></div> <div align="justify"><strong>MEC</strong></div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">O MEC mant&eacute;m o prazo do dia 31 para que o Enem n&atilde;o seja cancelado nas escolas ocupadas. &quot;O prazo dado &eacute; para que ainda haja tempo h&aacute;bil para realiza&ccedil;&atilde;o das provas nos locais. Caso as ocupa&ccedil;&otilde;es sejam mantidas, prejudicando os alunos que fariam prova nesses locais, o Inep [Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais An&iacute;seio Teixeira] ter&aacute; de fazer a prova em outra data para aqueles estudantes que n&atilde;o conseguiram. N&atilde;o h&aacute; data definida porque o MEC ainda aguarda que o bom senso prevale&ccedil;a&quot;, diz por meio da assessoria de imprensa. Segundo o &uacute;ltimo balan&ccedil;o da pasta, 182 locais de prova estavam ocupados.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <p align="justify">Em nota referente &agrave;s ocupa&ccedil;&otilde;es dos institutos federais, a pasta diz que relatos d&atilde;o conta da presen&ccedil;a de pessoas, nessas ocupa&ccedil;&otilde;es, que n&atilde;o pertencem &agrave; comunidade das institui&ccedil;&otilde;es. &quot;Cabe aos reitores, diretores e servidores p&uacute;blicos zelar pelo patrim&ocirc;nio das entidades que dirigem e pela integridade f&iacute;sica dos estudantes. Ao MEC, cabe acompanhar para que n&atilde;o haja preju&iacute;zos &agrave; educa&ccedil;&atilde;o, ao patrim&ocirc;nio p&uacute;blico e ao er&aacute;rio.&quot;</p>
Compartilhe:

Faça seu comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos marcados são obrigatórios *