Assis Brasil disputa a cadeira nº 29 na ABL
O escritor Assis Brasil tem mais de 100 obras publicadas e livros adotados em escolas / Divulgação
<div style="text-align: left; line-height: normal" align="left"><span style="font-size: 9pt">Francisco de Assis Almeida Brasil, escritor piauiense que assina suas obras com o nome Assis Brasil, é um dos candidatos à cadeira 29, antes ocupada pelo bibliófilo e empresário, José Mindlin, na Academia Brasileira de Letras (ABL). A corrida pela vaga começou oficialmente na última quinta-feira (04) quando o presidente da academia declarou a vaga aberta.</span></div>
<div style="text-align: left; line-height: normal" align="left"> </div>
<div style="text-align: left; line-height: normal" align="left"><span style="font-size: 9pt">De acordo com o portal IG, as articulações, sugestões e gestos típicos, em eleições na ABL, se assemelham a uma verdadeira disputa eleitoral. O IG aponta que a sucessão da vaga de Mindlin exibe uma eclética lista de pré-candidatos. Desde o último domingo, fala-se em nomes como o escritor Ziraldo, o cantor e compositor Martinho da Vila, o ministro do Supremo Tribunal Federal Eros Grau, o diplomata, ensaísta e tradutor Geraldo Holanda Cavalcanti e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Candidatos - e perdedores - em outras disputas como Antônio Torres e Fernando Morais também são lembrados. </span></div>
<div style="text-align: left; line-height: normal" align="left"><span style="font-size: 9pt"><br />
Ainda conforme as informações do IG, também apareceram referências a acadêmicos em potencial, como o escritor e apresentador Jô Soares. O humorista chegou a ser cogitado algumas vezes. Em 2001, desistiu diante da unanimidade em que se transformou o nome de Zélia Gattai para ocupar a cadeira deixada pelo marido Jorge Amado. Em 2005, seu livro "Assassinatos na Academia Brasileira de Letras", onde pôs um serial killer no encalço de seletos membros da ABL, foi interpretado como uma pré-candidatura, fato que negou.</span></div>
<div style="text-align: left; line-height: normal" align="left">
<p><span style="font-size: 9pt"><br />
Para sonhar em ser um imortal da ABL, basta ter escrito um livro e ser brasileiro nato. O piauiense Assis Brasil, tem mais de 100 obras publicadas, entre elas Beira Rio Beira Vida, 1965; A Filha do Meio Quilo, 1966; O Salto do Cavalo Cobridor e Pacamão (Tetralogia Piauiense); Os que Bebem como os Cães (Ciclo do Terror); Nassau, Sangue e Amor nos Trópicos, Jovita e Tiradentes (romances históricos). Suas obras sempre são requisitadas para os vestibulares das universidades estadual e federal do Piauí, como aconteceu no certame passado.</span></p>
</div>
<div style="text-align: left; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt" align="left"><strong><span style="color: red; font-size: 10pt">Um pouco mais sobre Assis Brasil </span></strong></div>
<div style="text-align: left; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt" align="left"><span style="font-size: 9pt">Francisco de Assis Almeida Brasil, nasceu no dia 18 de fevereiro de 1932 em Parnaíba, Piauí, cidade onde existe uma fundação cultural com o seu nome. É romancista, cronista, crítico literário e jornalista. Como crítico literário, atuou intensamente na imprensa brasileira, especialmente no Jornal do Brasil, Diário de Notícias, Correio da Manhã e O Globo e na revista O Cruzeiro, Enciclopédia Bloch e Revista do Livro. Ele é o membro número 36 da Academia Parnaibana de Letras. Embora ainda não faça parte da Academia Brasileira de Letras, existe uma forte movimentação neste sentido. </span></div>
<div style="text-align: left; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt" align="left"><span style="font-size: 9pt">Recuando a carreira artística, Assis Brasil começou com teatrinho organizado por sua mãe em Parnaíba. Era uma espécie de vaudeville musicado e falado. A representação ficava a cargo de alguns garotos da cidade, revertendo o valor das entradas em benefício da igreja local. A mãe tocava piano e declamava, e Assis Brasil, num trio fazendo o papel de engraxate, cantava e dançava, aos dez anos de idade. </span></div>
<div style="text-align: left; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt" align="left"><span style="font-size: 9pt">Desde menino foi-se habituando à música, aos livros, sendo um mau aluno no colégio, mas um bom leitor. Enjoados do teatro, os meninos resolveram montar um circo no quintal da casa de Assis Brasil, com palhaços e trapezistas e entrada paga. A mãe não se meteu, mas o pai, também dado às leituras, gostava de longe. Os primeiros estudos primário e parte do secundário, foram feitos no então Instituto São Luiz Gonzaga do professor José Rodrigues. </span></div>
<div style="text-align: left; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt" align="left"><span style="font-size: 9pt">Aos 12 anos, Assis Brasil foi como interno para o Colégio São João, em Fortaleza, no Ceará, onde terminou o ginasial e fez o científico. Aos 15 anos, influenciado pelo professor de português, e com tema por ele escolhido, escreveu seu primeiro texto literário, um apólogo intitulado O poste e a palmeira, inspirado num apólogo de Machado de Assis. Este trabalho foi publicado na Gazeta de Notícias em 1948. À época, uma crônica sua é publicada no jornal O Radical. Tal crônica lhe dá o tema para escrever o primeiro romance, Verdes mares bravios, publicado em 1953 no Rio de Janeiro, pela Editora Aurora, e reeditado em 1986 pela Melhoramentos de São Paulo com o título de Aventura no mar, e indicado para a área infanto-juvenil. O livro é ainda hoje comercializado. </span></div>