Em 28 de março de 2014, já se preparando para deixar o cargo, o governador Wilson Martins inaugurou o primeiro trecho da rodovia Transcerrados, que tem 330 quilômetros de extensão, passando por 25 municípios.
A "Estrada da Soja", como também é chamada, vai do município de Sebastião Leão, nas proximidades de Uruçuí, até Bom Jesus.
Com 25 quilômetros, o trecho inaugurado em 2014 faz parte do entroncamento entre a PI 397 e a PI 247 (Transcerrados).
A inauguração foi recebida com festa pelos produtores, pois a rodovia é considerada a principal via de escoamento da produção de grãos do Cerrado piauiense. Mas sempre prometida e esquecida.
O investimento nos primeiros 25 quilômetros da Transcerrados foi de R$25.264.362.
Outros 25 quilômetros estavam em fase de pavimentação asfáltica.
O governador destacava, na época, que estavam assegurados os recursos para a conclusão da primeira etapa da obra, de 117 quilômetros, com um investimento total de R$116 milhões.
Seis anos depois, a construção da estrada pouco andou e hoje ela conta com apenas 96 quilômetros pavimentados. Assim, na época das chuvas, a estrada vira um atoleiro de 200 quilômetros.
PPP, nova perspectiva
Sem recursos para tocar a obra, o Governo do Piauí partiu para uma Parceria Público-Privada (PPP). O processo está em fase adiantada e deve ficar concluído até o final deste semestre.
Através da PPP, o governo fará a concessão da estrada por 30 anos para a iniciativa privada concluí-la e se encarregar de sua manutenção, cobrando pedágio para isso.
A empresa que vencer a licitação terá que investir mais de R$ 200 milhões para concluir a rodovia, no prazo de um ano.
Se a produção agrícola estadual bate um recorde atrás do outro, apesar das precárias condições de escoamento da safra, com a estrada, o Piauí será outro.
Os cerrados piauienses terão maior competitividade e elevarão imediatamente o Produto Interno Bruto (PIB) do Estado.
Extraído do Portal Cidade Verde, Coluna do Zózimo Tavares