Mais de metade da população depende dos cofres públicos

Mais de metade da população depende dos cofres públicos

/

<p>A popula&ccedil;&atilde;o brasileira est&aacute; cada dia mais dependente dos cofres p&uacute;blicos para movimentar a economia, o que explica em parte o bom comportamento do consumo nos &uacute;ltimos meses, segundo revelou hoje (7) a economista-chefe do Banco Fibra, Maristella Ansanelli.</p> <div> <p>De acordo com suas contas, s&atilde;o 11,6 milh&otilde;es de brasileiros cadastrados no programa Bolsa Fam&iacute;lia, mais 26,6 milh&otilde;es de aposentados e pensionistas e cerca de 10 milh&otilde;es de funcion&aacute;rios p&uacute;blicos nos tr&ecirc;s n&iacute;veis de governo.</p> <p>Ela sup&otilde;e que uma fam&iacute;lia m&eacute;dia &eacute; composta por quatro pessoas, no caso do Bolsa Fam&iacute;lia, o funcionalismo p&uacute;blico atende em m&eacute;dia a duas pessoas e os aposentados e pensionistas contam por uma pessoa apenas, num c&aacute;lculo conservador.</p> </div> <div> <p>Numa estimativa grosso modo, isso d&aacute; em torno de 93 milh&otilde;es de pessoas, ou mais de 50% da popula&ccedil;&atilde;o brasileira, que recebem renda diretamente do governo, segundo Maristella. Por essa raz&atilde;o, os indicadores de vendas no varejo passaram praticamente inc&oacute;lumes nos &uacute;ltimos meses, acrescentou.</p> <p>&Eacute;, portanto, um contingente significativo da popula&ccedil;&atilde;o &ldquo;imune aos impactos da crise [<em>financeira internacional</em>] sobre a renda e o emprego, e fica mais f&aacute;cil entender o bom comportamento do consumo recente&rdquo;, explicou.</p> </div> <div>A isso, ela adiciona tamb&eacute;m os diversos est&iacute;mulos monet&aacute;rios e fiscais que foram dados ao consumo, como a redu&ccedil;&atilde;o do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na compra de ve&iacute;culos e de material de constru&ccedil;&atilde;o; redu&ccedil;&atilde;o dos juros b&aacute;sicos da economia, de 13,75% para 8,75% ao ano, de janeiro para c&aacute;; forte atua&ccedil;&atilde;o dos bancos p&uacute;blicos na concess&atilde;o de cr&eacute;dito; e os reajustes de sal&aacute;rio m&iacute;nimo e benef&iacute;cios acima da infla&ccedil;&atilde;o.</div> <div>No seu entender, a combina&ccedil;&atilde;o dessas medidas tende a manter o consumo em trajet&oacute;ria positiva no curto prazo. &ldquo;Para o longo prazo, no entanto, ficam as preocupa&ccedil;&otilde;es com rela&ccedil;&atilde;o &agrave; sustentabilidade dessas pol&iacute;ticas do ponto de vista das contas p&uacute;blicas&rdquo;, ressaltou.</div>
Compartilhe:

Faça seu comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos marcados são obrigatórios *