Maranhão é a grande ameaça de coronavírus para o Piauí

Maranhão é a grande ameaça de coronavírus para o Piauí

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O alto registro de coronavírus na região norte do Maranhão, sobretudo em São Luís, representa hoje a maior ameaça de contágio para o estado do Piauí. Essa é uma das conclusões que se pode tirar do estudo realizado pela Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), divulgado ontem. O estudo destaca quatro grandes agrupamentos territoriais, um deles está no entorno de São Luís e irradia para o Piauí.

Pelo levantamento da Sudene, além do agrupamento em torno da capital maranhense, há ainda o de Fortaleza, o de Recife e o de Salvador. O território que se desenha a partir de Fortaleza aparece como o mais problemático, com alto índice de registro nos municípios do entorno da capital cearense e alcançando cidades importantes como Sobral e até mesmo Mossoró, no Rio Grande do Norte. O alcance dessa mancha de incidência cobre mais da metade do território cearense.

O segundo núcleo mais intenso é o que se desenha a partir de Recife e avança sobre parte de Alagoas (incluindo Maceió) e quase metade da Paraíba, incluindo João pessoa. O terceiro grande grupo territorial é o que se forma a partir de Salvador, abarcando cidades importantes como Feira de Santa. O quarto grupo é o de São Luís, que tem alto poder de contágio na parte norte do Maranhão e irradia para cidades do Piauí localizadas na região do Baixo Parnaíba e Litoral.

Por isso mesmo as cidades piauienses mais vulneráveis pelo contágio estão principalmente nos limites com o Maranhão, o que faz de São Luís e entorno a grande ameaça para os piauienses. O mapa do estudo da Sudene (ver acima) é revelador: o primeiro quadro mostra a população infectada e os dois seguintes exibem a mancha de proximidade das áreas com grande incidência.
 

Piauí: contágio no Norte, sem estrutura no Sul

O estudo da Sudene sobre os riscos do coronavírus no Nordeste mostra as dez cidades da região mais vulneráveis. São seis de Pernambuco (Recife, Olinda, Jaboatão, Paulista, São Lourenço e Camaragibe), três do Ceará (Fortaleza, Caucaia e Maracanaú) e uma da Paraíba (João Pessoa). Fortaleza é a primeira da lista, na condição de mais vulnerável. No caso do Piauí, as mais vulneráveis pelo contágio estão na parte Norte, precisamente pela irradiação de São Luís: Matias Olímpio, Madeiro, Campo Largo, Piracuruca, Miguel Alves, Porto, Luzilândia, São José do Divino e Joca Marques, além de Teresina.

O levantamento da Sudene classifica ainda a vulnerabilidade levando em conta as limitações de estrutura para atendimento na área de saúde. Nesse caso, nove dos dez mais vulneráveis do Piauí estão na região Sul do estado – o que reflete uma antiga reclamação da falta de condições de saúde na região. A exceção é Buriti dos Montes, que está na parte Norte. Os outros são: Barreira do Piauí, Dom Inocêncio, Coronel José Dias, Currais, Baixa Grande do Ribeira, Riacho Frio, Gilbués e Capitão Gervásio Oliveira.

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