O alvo da operação da Polícia Federal nesta terça-feira(18) foi o jornalista Itamir José de Sousa Trindade, conhecido como Tony Trindade, que prestou assessoria para a Prefeitura de União. Ele possui um sítio na zona urbana de Monsenhor Gil (a 56 km de Teresina) no qual também foi alvo de buscas.
Segundo a PF, os outros endereços visitados pelos agentes foi a residência do jornalista em Teresina, um escritório de advocacia e outros endereços todos ligados ao alvo da operação.
Uma coletiva de imprensa será realizada às 9h30 para dar mais detalhes sobre os desdobramentos da ação.
O Cidadeverde.com tentou contato com assessoria de União e aguarda nota e também tentou contato com o jornalista, mas sem sucesso. A reportagem continua tentando.
Matéria Original
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (18) operação em duas cidades no Piauí contra suspeitos de tentar atrapalhar investigação que apura desvio de recursos públicos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) destinado ao município de União, no interior do estado. Uma pessoa foi presa e equipes cumprem cinco mandados de busca e apreensão nas cidades de Teresina e Monsenhor Gil com objetivo de colher provas que identifiquem suspeitos de fornecer, indevidamente, informações de caráter sigiloso.
A operação Acesso Negado foi desencadeada após a apreensão de R$ 397 mil com um funcionário da prefeitura de União em maio deste ano. A partir disso foi deflagrada a operação Delivery que prendeu empresários, vereador e agentes públicos também da cidade de União e que teriam relação com a grande quantidade de dinheiro apreendida anteriormente. De acordo com a Polícia Federal, no curso dessa operação foi observado a tentativa de atrapalhar a investigação e, por isso, deflagrada a operação de hoje.
Foto: divulgação PF-PI
"Aperação Acesso Negado”que investiga atos ilegais de intervenção/embaraçamento a operação policial “Delivery” que apura desvio de recursos públicos do Fundeb destinado ao município de União. No curso da Operação Delivery foram identificados atos escusos relacionados a encontros obscuros com agentes públicos no intuito de obter informações sigilosas, acesso indevido a processo judicial sigiloso, convergência e manipulação de versões, atos intimidatórios no intuito de frustrar a investigação policial, dentre outros fatos", informou a PF por meio de nota.
Os investigados poderão responder, na medida de suas culpabilidades, pelo crime de embaraço a investigação policial de crime praticado por organização criminosa cuja pena pode chegar a 8 anos de reclusão.
O nome da operação faz referência à conduta daqueles que obtém acesso ilegal a informações resguardadas pelo sigilo.
Aguarde mais informações
Graciane Sousa