Moradores da Mirolândia vão ao MP denunciar a falta de água
Moradores em audiência no Ministério Público / J.M
<div><strong>C</strong>erca de 300 famílias que residem na comunidade rural de Mirolândia, distante cinco quilômetros do centro de Picos, denunciaram o problema ao Ministério Público durante audiência com o promotor Elói Pereira de Sousa Junior na última segunda-feira, 22 de novembro, quando cobraram uma solução para o problema que eles convivem há mais de 20 anos. </div>
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<div>Na audiência com o promotor Elói Pereira, os moradores estavam acompanhados do coordenador da Força Tarefa Popular advogado Arimatéia Dantas e dos suplentes de vereador de Picos, Filomeno Portela e Simão Carvalho, ambos do PMDB. A comunidade fez a mesma denúncia aos representantes do Ministério Público Federal.</div>
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<div>Segundo a denúncia feita ao Ministério Público, a comunidade de Mirolândia convive com a falta d’água há mais de 20 anos. A água é levada do município de Dom Expedito Lopes ou através de carros-pipa pela Defesa Civil. Ocorre que através da Funasa, a comunidade recebeu quase R$ 800 mil reais para perfurar um poço, construir reservatório e distribuir entre os moradores.</div>
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<div>De acordo com a denúncia ao MP, o projeto começou há cinco anos e em 2008 foi perfurado o poço, construída a caixa d’água e ano passado a obra inaugurada pelo prefeito de Picos Gil Marques de Medeiros, o Gil Paraibano (PMDB) com churrasco, cerveja e discursos, mas até agora não foi feita a distribuição nem canalizada água do poço para o reservatório, e devido a isso as família continuam convivendo com o mesmo drama. </div>
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<div>Presente a audiência, o presidente da Associação dos Pequenos Produtores Rurais do Povoado Mirolândia, Francisco Cardoso da Silva, denunciou que o poço não recebeu a bomba e nem as tubulações foram feitas para as casas. “Os moradores resolveram dar um basta na situação e entramos com pedido de investigação tanto pelo Ministério Público Federal quanto Estadual” explicou.</div>
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<div>“Recebemos a visita da Força tarefa Popular e depois disso resolvemos buscar uma solução para o problema”, declarou Maria José da Silva, trabalhadora rural e moradora da comunidade.</div>
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<div>O promotor de justiça Eloi Pereira de Sousa Junior recebeu os documentos das mãos de Maria José e prometeu investigar o caso e, se comprovado, irá pedir a punição dos culpados.</div>
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<div>O coordenador da Força Tarefa Popular, advogado Arimateia Dantas, disse estar satisfeito de ver a comunidade de Mirolândia buscar solução para os seus problemas e ter a coragem de denunciar ao Ministério Público. </div>