Gil Paraibano acaba carnaval de rua em Picos

Gil Paraibano acaba carnaval de rua em Picos

Prefeito de Picos acaba com o carnaval de rua e comunidade protesta / Jornal de Picos

<div><strong>I</strong>ndiferente aos apelos da comunidade, principalmente das classes mais pobres que n&atilde;o t&ecirc;m outra alternativa de lazer, o prefeito Gil Marques de Medeiros, o Gil Paraibano (PMDB), decidiu acabar com o carnaval de rua de Picos, uma festa tradicional que todos os anos reunia milhares de pessoas.</div> <div>&nbsp;</div> <div>Em administra&ccedil;&otilde;es anteriores Picos promovia um dos maiores carnavais do Piau&iacute;, concorrendo diretamente com Floriano, Barras, &Aacute;gua Branca. Havia desfiles de escolas de samba e bandas de qualidade atraiam milhares de foli&otilde;es para a pra&ccedil;a F&eacute;lix Pacheco e avenida Get&uacute;lio Vargas. Por&eacute;m, nos &uacute;ltimos anos, a festa vinha perdendo tradi&ccedil;&atilde;o e o n&uacute;mero de pessoas nas ruas diminuindo bastante.</div> <div>&nbsp;</div> <div>A decis&atilde;o de por fim a mais popular das festas brasileira j&aacute; vinha sendo ensaiada pelo prefeito Gil Paraibano desde que ele assumiu o comando da prefeitura em 1&ordm; de janeiro de 2005. Em sua gest&atilde;o, o carnaval de rua de Picos foi perdendo for&ccedil;a e a cada ano que passava diminu&iacute;a o n&uacute;mero de foli&otilde;es nas ruas, at&eacute; que agora ele resolveu acabar de vez com o evento, frustrando o sonho de consumo de milhares de pessoas, especialmente os mais carentes.</div> <div>&nbsp;</div> <div>Tudo isso aconteceu devido aos poucos investimentos do munic&iacute;pio na realiza&ccedil;&atilde;o do carnaval de rua. Com baixo or&ccedil;amento, os organizadores do evento eram obrigados a contratar bandas de qualidade duvidosa, fato que terminava afastando os foli&otilde;es das ruas. Quem tinha melhores condi&ccedil;&otilde;es financeiras procuravam outras alternativas, como a Barragem de Bocaina ou os blocos alternativos.</div> <div>&nbsp;</div> <div><strong>Oficial</strong></div> <div><strong>&nbsp;</strong></div> <div>A determina&ccedil;&atilde;o de a prefeitura acabar com o carnaval de rua em Picos &eacute; oficial e foi confirmada publicamente pelo prefeito Gil Paraibano semana passada. Para tanto, ele alegou problemas de caixa e ressaltou que se fizesse a festa poderia atrasar o pagamento do funcionalismo.</div> <div>&nbsp;</div> <div>&ldquo;Infelizmente a Prefeitura de Picos n&atilde;o vai ter como fazer carnaval de rua. Se houver carnaval de rua s&oacute; se for organizado pelos presidentes de clubes, porque o munic&iacute;pio n&atilde;o vai ter condi&ccedil;&otilde;es de bancar a festa. Eu n&atilde;o vou fazer carnaval para n&atilde;o pagar as bandas. N&atilde;o vou deixar de pagar a folha de pessoal, a previd&ecirc;ncia dos funcion&aacute;rios, relaxar a limpeza p&uacute;blica para fazer carnaval&rdquo;, justificou Gil Paraibano.</div> <div>&nbsp;</div> <div>Segundo o prefeito, sua responsabilidade &eacute; grande e n&atilde;o pode atrasar o funcionalismo por conta de festa. &ldquo;Terminamos o ano de 2010 com o caixa zerado. Estamos procurando recompor um capital para a prefeitura para mantermos as despesas. Ent&atilde;o, carnaval de rua a prefeitura n&atilde;o vai promover, pois, caso contr&aacute;rio haver&aacute; atraso no pagamento do funcionalismo. N&atilde;o sou louco de deixar de pagar o pessoal para bancar festa&rdquo;, enfatizou.</div> <div>&nbsp;</div> <div>Pelos c&aacute;lculos do prefeito, um carnaval de rua em Picos n&atilde;o se faz com menos de 300 mil reais e se trouxer bandas ruins. &ldquo;Se contratar bandas boas as despesas sobem para 700 mil ou l milh&atilde;o de reais e a prefeitura n&atilde;o tem condi&ccedil;&otilde;es de pagar. N&atilde;o sou louco de fazer uma festa se o munic&iacute;pio n&atilde;o tem condi&ccedil;&otilde;es de arcar. Tem a AABB, Picoense Clube, Samambaia Campestre Clube que se quiserem fa&ccedil;am o carnaval, pois a festa na rua est&aacute; descartada&rdquo;, reafirmou o prefeito Gil Paraibano.</div>
Compartilhe:

Faça seu comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos marcados são obrigatórios *