Getúlio Vargas, principal avenida da cidade, está um deserto neste período de carnaval / J.M
<div><strong>A</strong> decisão do prefeito de Picos Gil Marques de Medeiros, o Gil Paraibano (PMDB), de proibir a realização de carnaval provocou um fato no mínimo inusitado. Ao invés da multidão que se aglomerava em redor do corredor da folia, as ruas da cidade estão completamente vazias e os comerciantes reclamam dos prejuízos.</div>
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<div>Como o prefeito decidiu não promover o carnaval e ainda proibiu a iniciativa privada de patrocinar o evento em locais públicos, os picoenses ficaram sem opção para brincar a festa mais popular do país e muitos aproveitaram o período para viajar para o interior, enquanto outros permaneceram em casa</div>
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<div>Desde que começou oficialmente o período carnavalesco que as ruas de Picos estão totalmente vazias, e até nos locais considerados como points da cidade e que reúnem muita gente nos finais de semana, como a Praça de Alimentação das Pizzarias e a praça do bairro Junco, a movimentação é pequena.</div>
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<div>A não realização do carnaval de rua em Picos também afetou os blocos carnavalescos, que tiveram que mudar o horário de seus churrascos que anteriormente era de dia para o período da noite e mesmo assim, a festa está encerrando cedo e os foliões não têm para onde ir, pois a partir das 23 horas está proibida utilização de qualquer aparelho de som.</div>
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<div><strong>Prejuízos</strong></div>
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<p>Os prejuízos também são enormes e atingem os comerciantes que haviam adquirido objetos próprios do período carnavalesco como camisetas e calções coloridos, bonés. Pessoas que trabalham no mercado informal comercializando espetinho, milho assado, creme de galinha e os barraqueiros que se instalavam no corredor da folia para a venda de bebidas e comidas típicas da região, também computam prejuízos e muitos deles estão irritados com a decisão do prefeito Gil Paraibano em não promover a festa de momo.</p>
<p>Na Praça Justino Luz, local onde era montada toda a estrutura do carnaval de rua de Picos, estão montadas barracas especializadas na venda de sapatos e confecções, no entanto, poucos clientes apareceram nestes dias de carnaval. Nos bares e restaurantes as vendas caíram. Os hotéis estão vazios e por conta disso a reclamação é geral na cidade, tanto entre os foliões como entre os comerciantes, que contabilizam muitos prejuízos.</p>
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Renan Holanda
Portado em 10/03/2011 às 19:09:31
Esse silêncio absoluto por 4 dias quebraria até as mecas do capitalismo - Nova York, Tóquio e Londres, imagina uma cidade do interior do Piauí que vive exclusivamente do comércio.