História repetida

História repetida

/

<p align="justify">Crescem a cada dia os n&uacute;meros de viol&ecirc;ncia contra a mulher. De acordo com a Delegacia de Defesa da Mulher, somente esse ano foram registrados mais de 10 assassinatos, al&eacute;m de 12 tentativas de homic&iacute;dio, sendo tr&ecirc;s apenas no &uacute;ltimo final de semana. N&atilde;o est&atilde;o contabilizados nesses dados os casos de amea&ccedil;a, les&atilde;o corporal, inj&uacute;ria, viol&ecirc;ncia dom&eacute;stica e psicol&oacute;gica e difama&ccedil;&atilde;o. Na maior parte dos casos, a hist&oacute;ria das v&iacute;timas se repete: s&atilde;o companheiros, namorados ou ex-maridos os praticantes dos atos violentos.</p> <div align="justify">&nbsp;</div> <p align="justify">A viol&ecirc;ncia est&aacute; dentro de casa. O motivo, segundo dados da Delegacia de Defesa da Mulher, s&atilde;o ci&uacute;mes e a liberdade da mulher. Ou seja, a mulher &eacute; agredida porque se destaca no mercado de trabalho ou porque ofusca a natureza dominadora de seu companheiro.</p> <div align="justify">&nbsp;</div> <p align="justify">A hist&oacute;ria se repete tamb&eacute;m no tocante ao perfil das v&iacute;timas: em 80% dos casos que chegam a homic&iacute;dio, a mulher nunca denunciou o agressor. O sil&ecirc;ncio ainda &eacute; uma constante, embora o n&uacute;mero de den&uacute;ncias venha crescendo ap&oacute;s a cria&ccedil;&atilde;o da Lei Maria da Penha, h&aacute; quase cinco anos. Ainda existe a cultura de silenciar a agress&atilde;o por temer uma viol&ecirc;ncia maior, ou por receio do julgamento social. Um outro motivo para a omiss&atilde;o das v&iacute;timas &eacute; a depend&ecirc;ncia financeira ou social: a mulher tem medo de n&atilde;o conseguir sustentar a fam&iacute;lia.</p> <div align="justify">&nbsp;</div> <p align="justify">Embora represente uma grande vit&oacute;ria na preven&ccedil;&atilde;o &agrave; viol&ecirc;ncia dom&eacute;stica e familiar contra a mulher, por punir os agressores e garantir medidas protetivas &agrave;s v&iacute;timas e a seus filhos, a Lei Maria da Penha n&atilde;o resolve o problema. O ideal &eacute; criar uma nova cultura, em que as pessoas se respeitem n&atilde;o por serem homens ou mulheres, mas por se perceberem humanas, iguais.</p> <div align="justify">&nbsp;</div> <p align="justify">Essa nova cultura &eacute; poss&iacute;vel, desde que a fam&iacute;lia cultive o respeito m&uacute;tuo e as a&ccedil;&otilde;es machistas, dominadoras ou excludentes sejam desestimuladas. O atual modelo familiar &eacute; constitu&iacute;do de homens e mulheres que escolhem estar juntos e trabalhar para manter a fam&iacute;lia. N&atilde;o h&aacute; um dono da casa, um senhor da raz&atilde;o. Se os casais n&atilde;o percebem isso, tornam-se incapazes de educar pelo exemplo.</p> <div align="justify">&nbsp;</div> <p align="justify">Se a viol&ecirc;ncia reside no pr&oacute;prio lar, a crian&ccedil;a aprender&aacute; que ser violento &eacute; normal, assim como &eacute; normal agredir as pessoas. E estaremos criando um mundo oposto ao que realmente desejamos.&nbsp; &Eacute; preciso, pois, criar uma outra hist&oacute;ria, em que n&atilde;o existam v&iacute;timas ou agressores. Em que os adultos aprendem a resolver seus problemas por meio do di&aacute;logo, para que possam ensinar o di&aacute;logo a seus filhos. E para que muitas outras mulheres n&atilde;o sejam mortas por quem deveria ser companheiro de vida.sinatos de mul</p> <div align="justify"> <ul> <li>Fonte: Jornal O DIA</li> </ul> </div>
Compartilhe:

Faça seu comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos marcados são obrigatórios *