55% dos convênios da Funasa com municípios do Piauí apresentam irregularidades, diz TCU

55% dos convênios da Funasa com municípios do Piauí apresentam irregularidades, diz TCU

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<p>Relat&oacute;rios do Tribunal de Contas com a Uni&atilde;o (TCU) apontam que, em m&eacute;dia, 55% dos pactos firmados entre a Funda&ccedil;&atilde;o Nacional de Sa&uacute;de (Funasa) e os munic&iacute;pios do Piau&iacute; apresentam algum tipo de irregularidade. O percentual foi o maior apresentado entre &oacute;rg&atilde;os federais que as cidades firmam parcerias para recebimento de recursos.<br /> <br /> A Funasa, que &eacute; respons&aacute;vel por a&ccedil;&otilde;es de sa&uacute;de preventiva na zona rural de todo o Brasil, tem atualmente cerca de R$ 600 milh&otilde;es em projetos no Piau&iacute;, incluindo a&ccedil;&otilde;es de saneamento b&aacute;sico, abastecimento de &aacute;gua e combate a doen&ccedil;as como Doen&ccedil;a de Chagas e Mal&aacute;ria. Existem ainda recursos na ordem de R$ 200 milh&otilde;es investidos atrav&eacute;s do Programa de Acelera&ccedil;&atilde;o do Crescimento (PAC). Al&eacute;m da Funda&ccedil;&atilde;o, aparecem com altos &iacute;ndices de irregularidades, a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do S&atilde;o Francisco e do Parna&iacute;ba (Codevasf), com 14% e a Caixa Econ&ocirc;mica Federal com 5%.<br /> <br /> O relat&oacute;rio &eacute; feito com base em fiscaliza&ccedil;&otilde;es dos &oacute;rg&atilde;os de controle, como o pr&oacute;prio TCU. De acordo com o secret&aacute;rio do Tribunal no Piau&iacute;, Clemente Gomes de Sousa, esses percentuais s&atilde;o obtidos por amostras e podem variar anualmente.<br /> <br /> &quot;Esses percentuais correspondem ao que estamos constatando a cada ano. S&atilde;o os tr&ecirc;s &oacute;rg&atilde;os que mais tiveram problemas com a aplica&ccedil;&atilde;o de recursos nos munic&iacute;pios&quot;, afirmou. Segundo ele, os pactos firmados entre os &oacute;rg&atilde;os federais e os munic&iacute;pios s&atilde;o conv&ecirc;nios, contratos, transfer&ecirc;ncias diretas e transfer&ecirc;ncias de fundo a fundo, como recursos para a sa&uacute;de e assist&ecirc;ncia social.<br /> <br /> Os processos envolvem irregularidades como omiss&atilde;o no dever de prestar contas, irregularidades na aplica&ccedil;&atilde;o dos recursos ou n&atilde;o-cumprimento do que ficou acordado. Ele aponta que as pr&aacute;ticas de corrup&ccedil;&atilde;o s&atilde;o mais comuns em munic&iacute;pios que n&atilde;o possuem recursos pr&oacute;prios e trabalham, praticamente, apenas com recursos federais.<br /> <br /> &quot;Ficamos em cima de conv&ecirc;nios de repasse de recursos da Uni&atilde;o para os munic&iacute;pios. As irregularidades podem n&atilde;o ser s&oacute; de desvio de recursos, mas at&eacute; de falhas em projetos&quot;, frisou Clemente Gomes, secret&aacute;rio do TCU no Piau&iacute;. Recentemente, o O DIA mostrou que, conforme relat&oacute;rios da Tomada de Contas Especial (TCE), disponibilizadas no site da Controladoria Geral da Uni&atilde;o (CGU), os &oacute;rg&atilde;os controladores buscam a retomada para os cofres p&uacute;blicos de, pelo menos, R$ 200 milh&otilde;es no Estado.<br /> <br /> O volume de recursos &eacute; o somat&oacute;rio de centenas de processos que foram abertos no &oacute;rg&atilde;o durante o ano passado, para investigar irregularidades nos gastos do dinheiro p&uacute;blico na esfera federal. As irregularidades foram identificadas atrav&eacute;s das Tomadas de Contas Especiais, instrumento que disp&otilde;e a Administra&ccedil;&atilde;o P&uacute;blica para se ressacir de eventuais preju&iacute;zos que lhe forem causados, sendo o processo revestido de rito pr&oacute;prio e somente instaurado depois de esgotadas as medidas administrativas para repara&ccedil;&atilde;o do dano.</p> <ul> <li> <div>Fonte: Mayara Bastos - Jornal O DIA</div> </li> </ul>
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