DOUTOR FONSECA - O PRACINHA, O TIRADENTES, O POETA E O EDUCADOR: CEM ANOS DE AMOR E TRABALHO POR PICOS

DOUTOR FONSECA - O PRACINHA, O TIRADENTES, O POETA E O EDUCADOR: CEM ANOS DE AMOR E TRABALHO POR PICOS

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<div>DOUTOR FONSECA - O PRACINHA, O TIRADENTES, O POETA E O EDUCADOR: CEM ANOS DE AMOR E TRABALHO POR PICOS&nbsp;&nbsp;</div> <div>Francelina Macedo&nbsp;</div> <div>__________________________________________________________________________________________Por ocasi&atilde;o do centen&aacute;rio de nascimento, a Academia de Letras da Regi&atilde;o de Picos &ndash; ALERP reverencia hist&oacute;ria e mem&oacute;ria do patrono da cadeira n&ordm; 26, atualmente ocupada pela poetisa e jornalista Francelina Macedo.</div> <div>________________________________________________________________________________________</div> <div>Sauda&ccedil;&atilde;o, caro leitor, &eacute; com muita alegria e na expectativa de bem construirmos com reciprocidade os caminhos da conversa para a qual lhe convido, cujo norte &eacute; Jos&eacute; dos Santos Fonseca, ilustre cidad&atilde;o do mundo, que em primeiro de outubro de 2012 registra cem anos de nascimento.</div> <div>Doutor Fonseca, como ficou conhecido, nasceu, como a maioria de n&oacute;s, cercado, pelo bucolismo das fazendas de gado do interior piauiense. Bom Princ&iacute;pio, em Valen&ccedil;a do Piau&iacute; foi seu primeiro ber&ccedil;o.&nbsp;</div> <div>Seus pais, os pequenos agricultores Miguel Fonseca e Maria Francisca pareciam j&aacute; saber a grande miss&atilde;o de cuidar e educar aquele pequeno menino, e assim, aos 8 anos apresentaram-lhe o primeiro mestre-escola. A crian&ccedil;a n&atilde;o teve dificuldade com as primeiras letras, em dois anos de estudo, em casa, desvenda sem dificuldade os encantos da leitura, da escrita e dos c&aacute;lculos b&aacute;sicos, cujos prodigiosos resultados da disciplina e do intelecto s&atilde;o logo percebidos pelos pais, que o encaminham para estudar no povoado Papagaio, atual Francin&oacute;polis. De l&aacute; para Oeiras, depois Floriano, Teresina, onde ingressa com m&eacute;rito no Liceu Piauiense, assim foi tamb&eacute;m no pr&eacute;-m&eacute;dico, em S&atilde;o Luiz, vindo a coroar a carreira de odont&oacute;logo na Faculdade de Odontologia do Par&aacute;, em 1945.</div> <div>Fonseca, ap&oacute;s ter conhecido outros centros urbanos, ter abra&ccedil;ado a carreira militar, tendo servido ao Brasil na Fronteira de Rond&ocirc;nia durante o conturbado per&iacute;odo da segunda Guerra Mundial, finalmente escolhe Picos para viver. Nesta cidade fez amigos, casou-se com Dona Carmem Fonseca, deixou &agrave; fam&iacute;lia e a todos os picoenses um suntuoso patrim&ocirc;nio hist&oacute;rico arquitet&ocirc;nico, conhecido como &ldquo;O casar&atilde;o da Pra&ccedil;a&rdquo;.&nbsp;</div> <div>Al&eacute;m do n&uacute;cleo familiar formado por Dona Carmem, cinco filhos e muitos netos, Fonseca construiu um vasto ciclo de amizade, fundado no respeito ao homem, pessoas que sentem prazer em dizer &ldquo;de certa forma, ele ainda &eacute; meu parente&rdquo;.</div> <div>O relato parece saudosista, embora na ci&ecirc;ncia de que grandes almas apenas mudam de curso, s&atilde;o eternas, imortais.</div> <div>Averiguando a vida e a obra de Fonseca, a Academia de Letras da Regi&atilde;o de Picos reconhece como de imensur&aacute;vel valor seu acervo po&eacute;tico, fotogr&aacute;fico, os manuscritos dedicados &agrave; educa&ccedil;&atilde;o, profiss&atilde;o que tamb&eacute;m abra&ccedil;ou com inquestion&aacute;vel m&eacute;rito e as principais pegadas que um homem com uma vis&atilde;o al&eacute;m de seu tempo teve a preocupa&ccedil;&atilde;o de registrar com lucidez e candura.</div> <div>Isso posto, a ALERP elege Jos&eacute; dos Santos Fonseca Patrono da Cadeira de n&uacute;mero 26, cuja miss&atilde;o confiada a mim, Francelina Macedo, &eacute; ocupa-la e zelar pela mem&oacute;ria deste cidad&atilde;o, que &eacute; parte importante da hist&oacute;ria de Picos e do Piau&iacute;. Um grande parceiro da cultura que merece, neste primeiro de outubro um forte abra&ccedil;o de feliz anivers&aacute;rio.</div> <div>A pergunta mais &oacute;bvia que se faz a um historiador quando se trata de relatos biogr&aacute;ficos &eacute;: quantos anos o homenageado viveu?</div> <div>Fonseca quebra esta regra, uma vez que em 5 de julho de 2001 devolveu dignamente &agrave; terra o corpo que dela recebeu, mudando a dire&ccedil;&atilde;o de seus sublimes atos para ir ao encontro do Criador, aos 89 anos. Tempo suficiente para expressar em seu sereno semblante uma esp&eacute;cie de &ldquo;obrigado, Senhor por me mostrar os caminhos da felicidade no curso da miss&atilde;o; obrigado Picos, fam&iacute;lia e amigos, por terem me acolhido e me realizado como homem, como profissional, como esposo, pai e cidad&atilde;o.&rdquo;</div> <div>Quanto a n&oacute;s, ao educador, ao poeta, ao Tiradentes e ao pracinha, obrigado por permanecer vivo e fazer parte de nossas vidas. Feliz centen&aacute;rio, com direito a bolo, velas e festa no C&eacute;u.&nbsp;</div>
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