MP pede cassação dos vereadores José Luís e Diógenes Medeiros

MP pede cassação dos vereadores José Luís e Diógenes Medeiros

Vereadores José Luís e Diogenes Medeiros poderm perder mandatos. / Foto: Jornal de Picos

<div>O Minist&eacute;rio P&uacute;blico Eleitoral do Piau&iacute; ingressou com duas a&ccedil;&otilde;es pedindo a cassa&ccedil;&atilde;o dos mandatos dos vereadores picoenses Jos&eacute; Lu&iacute;s de Carvalho (PSB) e Di&oacute;genes Nunes Medeiros (PPS). Os dois s&atilde;o acusados de capta&ccedil;&atilde;o il&iacute;cita de sufr&aacute;gios, a popular compra de votos, durante as elei&ccedil;&otilde;es de outubro do ano passado.</div> <div>&nbsp;</div> <div>A peti&ccedil;&atilde;o inicial solicitando a cassa&ccedil;&atilde;o dos diplomas dos vereadores Jos&eacute; Lu&iacute;s e Di&oacute;genes Medeiros foi subscrita por todos os promotores eleitorais com atua&ccedil;&atilde;o em Picos. O processo est&aacute; tramitando normalmente na Comarca local e deve ser julgado at&eacute; o pr&oacute;ximo m&ecirc;s de abril.</div> <div>&nbsp;</div> <div>Segundo o promotor eleitoral Marcelo de Jesus Monteiro Ara&uacute;jo, as a&ccedil;&otilde;es foram impetradas pelo Minist&eacute;rio P&uacute;blico Eleitoral, em raz&atilde;o de existirem provas inequ&iacute;vocas de que os dois r&eacute;us no processo foram beneficiados com capta&ccedil;&atilde;o il&iacute;cita de sufr&aacute;gio, no popular a compra de votos.</div> <div>&nbsp;</div> <div>Foi designada para o pr&oacute;ximo m&ecirc;s de mar&ccedil;o a audi&ecirc;ncia de instru&ccedil;&atilde;o e julgamento, tendo em vista que os dois r&eacute;us arrolaram testemunhas para serem ouvidas.</div> <div>&nbsp;</div> <div>&ldquo;Ap&oacute;s essa audi&ecirc;ncia, n&atilde;o havendo mais dilig&ecirc;ncias, os autos do processo seguir&atilde;o para as alega&ccedil;&otilde;es finais das partes e, em seguida, o juiz eleitoral prolatar&aacute; a senten&ccedil;a&rdquo; &ndash; explica o promotor Marcelo de Jesus. Ele acrescenta que j&aacute; foi dado aos acusados o direito constitucional da ampla defesa, ao contradit&oacute;rio, relembrando, no entanto, que as provas contra os dois s&atilde;o inequ&iacute;vocas.</div> <div><strong>&nbsp;</strong></div> <div>O representante do Minist&eacute;rio P&uacute;blico explica ainda que, pela legisla&ccedil;&atilde;o eleitoral, o rito desse tipo de processo &eacute; c&eacute;lere. &ldquo;A audi&ecirc;ncia de instru&ccedil;&atilde;o e julgamento ocorrer&aacute; em mar&ccedil;o e no m&ecirc;s seguinte, em abril, j&aacute; &eacute; poss&iacute;vel que seja prolatada a senten&ccedil;a&rdquo; &ndash; prev&ecirc;.</div> <div><strong>&nbsp;</strong></div> <div><strong>Os r&eacute;us</strong></div> <div> <p>&nbsp;</p> <p>Eleito vereador de Picos pela primeira vez em 2008, Jos&eacute; Lu&iacute;s de Carvalho teve o mandato cassado em 13 de julho do ano passado acusado de infidelidade partid&aacute;ria pelo Tribunal Regional Eleitoral do Piau&iacute; (TRE-PI). Ele trocou, sem justa causa, o PV pelo PSB.</p> </div> <div>&nbsp;</div> <div>Nas elei&ccedil;&otilde;es do ano passado Jos&eacute; Lu&iacute;s de Carvalho concorreu a uma cadeira de vereador pela coliga&ccedil;&atilde;o &ldquo;Juntos faremos muito mais&rdquo;, formada pelos partidos do PSB/PP/PMN/PV, que tinha como candidata a prefeita a deputada Bel&ecirc; Medeiros (PSB). Foi eleito com 1.649 votos e no dia da posse mudou para o lado do prefeito Kl&eacute;ber Eul&aacute;lio (PMDB).</div> <div>&nbsp;</div> <div>O vereador Di&oacute;genes Nunes Medeiros concorreu &agrave; reelei&ccedil;&atilde;o pela coliga&ccedil;&atilde;o &ldquo;Para Picos crescer muito mais&rdquo; (PPS/PRP) e, mesmo obtendo apenas 688 votos ganhou o pleito. Ele &eacute; sobrinho do ex-prefeito de Picos Gil Marques de Medeiros, o Gil Paraibano (PMDB) e primo da candidata derrotada Bel&ecirc; Medeiros (PSB).</div> <div><strong>&nbsp;</strong></div> <div><strong>Outro lado</strong></div> <div>&nbsp;</div> <p>O advogado dos dois vereadores, Mark Neiva, contestou as acusa&ccedil;&otilde;es do Minist&eacute;rio P&uacute;blico Eleitoral e garantiu que n&atilde;o existem provas inequ&iacute;vocas contra os seus clientes. &ldquo;N&atilde;o houve compra de votos&rdquo; &ndash; resumiu.</p>
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