Escola é abandonada pelo Governo e comunidade protesta

Escola é abandonada pelo Governo e comunidade protesta

Devido aos riscos de desabamento escola foi interditada no início do ano. / Foto: José Maria Barros

<div align="justify"> <p><strong>C</strong>onstru&iacute;da h&aacute; 47 anos por iniciativa da comunidade do bairro Junco, Zona Leste de Picos, a Unidade Escolar Miguel Lidiano foi abandonada pelo governo do estado. Devido aos riscos de desabamento o pr&eacute;dio foi interditado no in&iacute;cio de 2013 e os alunos transferidos para um local improvisado, situado no bairro Pedrinhas.</p> <p>&nbsp;</p> <p><em><strong><a href="http://www.jornaldepicos.com.br/album_detalhe.php?id=529">CONFIRA AS IMAGENS!</a></strong></em></p> </div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Durante o desfile c&iacute;vico de 7 de setembro, a comunidade escolar do Miguel Lidiano exibiu faixas com frases de efeito denunciando o abandono do pr&eacute;dio e, cobrando provid&ecirc;ncias do governador. No entanto, at&eacute; o momento nenhuma provid&ecirc;ncia foi adotada.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Segundo a professora Ana Lu&iacute;za da Costa Ramos, desde a funda&ccedil;&atilde;o da escola h&aacute; 47 anos, o governo nunca fez uma reforma no Miguel Lidiano, apenas pequenos reparos.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">&ldquo;Os recursos v&ecirc;m para o Miguel Lidiano e as dire&ccedil;&otilde;es v&atilde;o fazendo pequenos reparos. Mas, com o passar dos tempos &agrave; escola foi se desgastando e a&iacute; tem essa necessidade. O n&uacute;mero de alunos aumentou, a realidade da comunidade mudou e tinha que ser feita uma reforma ampla, por&eacute;m, desde 2002 o governo promete e at&eacute; agora nada&rdquo;, denunciou a professora Ana Lu&iacute;za.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">A educadora lembra que a promessa vai passando de ano para ano e sempre que a comunidade escolar do Miguel Lidiano busca informa&ccedil;&otilde;es sobre a reforma, recebe justificativas por parte dos representantes do governo do estado. &ldquo;&Eacute; um documento que falta, &eacute; o registro do engenheiro que n&atilde;o deu certo, &eacute; licita&ccedil;&atilde;o, sempre tem uma desculpa&rdquo;, lembra.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Ana Luiza informa ainda que no ano de 2012 chegou uma ordem do secret&aacute;rio estadual da Educa&ccedil;&atilde;o, deputado &Aacute;tila Lira (PSB), para que o pr&eacute;dio fosse desocupado e os alunos transferidos para a Escola Normal e para o Urbano Eul&aacute;lio, localizados no centro da cidade.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Os locais propostos pelo secret&aacute;rio da Educa&ccedil;&atilde;o para o Miguel Lidiano funcionar temporariamente eram totalmente contr&aacute;rios, contram&atilde;o, pois a escola atende alunos dos bairros Junco, Parque de Exposi&ccedil;&atilde;o, Paraibinha e Pedrinhas e tamb&eacute;m das localidades Samambaia e Morrinhos.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Ana Lu&iacute;za informou que professores, coordenadores e dire&ccedil;&atilde;o procuraram saber do secret&aacute;rio da Educa&ccedil;&atilde;o o porqu&ecirc; dessa transfer&ecirc;ncia, pois a comunidade escolar sentiu que o intuito do governo era fechar a escola.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">&ldquo;Os alunos iam para o centro e no ano seguinte n&atilde;o teriam mais matr&iacute;culas e, com isso resolveriam o problema. N&atilde;o tinha risco de desabar na cabe&ccedil;a de nenhum aluno e a escola fechava&rdquo;, pontuou a professora Ana Lu&iacute;za.</div> <div align="justify"><strong>&nbsp;</strong></div> <div align="justify"><strong>Rea&ccedil;&atilde;o</strong></div> <div align="justify"><strong>&nbsp;</strong></div> <div align="justify">Diante dessa possibilidade a comunidade escolar, o n&uacute;cleo gestor e os pais fizeram um abaixo assinado, os professores levaram ao Minist&eacute;rio P&uacute;blico e foi cedido um pr&eacute;dio para a escola funcionar temporariamente. Trata-se do Centro de Conviv&ecirc;ncia, do bairro Pedrinhas, que pertence a Sasc.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">&ldquo;O governo prometeu que a reforma sairia at&eacute; abril de 2013, sendo que j&aacute; estamos em outubro e o pr&eacute;dio est&aacute; l&aacute;, totalmente abandonado sendo utilizado para outros fins. Estamos preocupados porque pode acontecer de l&aacute; ser invadido ou os antigos propriet&aacute;rios pedirem o terreno de volta, pois foi doado para constru&ccedil;&atilde;o da escola&rdquo;, lembra Ana Lu&iacute;za.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">De acordo com a professora Ana Lu&iacute;za, com a interdi&ccedil;&atilde;o do Miguel Lidiano o ano letivo de 2013 j&aacute; iniciou no Centro de Conven&ccedil;&otilde;es de Pedrinhas. A promessa do governo &eacute; de que em abril come&ccedil;aria a reforma do pr&eacute;dio do Junco e no pr&oacute;ximo ano as aulas j&aacute; seriam l&aacute;.</div> <div align="justify">&nbsp;<span>&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; </span></div> <div align="justify">&ldquo;No entanto, at&eacute; o momento o pr&eacute;dio continua abandonado. J&aacute; retiraram portas, quebraram banheiros, est&atilde;o retirando os equipamentos. Acho que do jeito que est&aacute; n&atilde;o teremos mais pr&eacute;dio e temos medo de perder a identidade, porque o Miguel Lidiano &eacute; a primeira escola do bairro Junco, tem uma hist&oacute;ria&rdquo;, relata &agrave; educadora.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">A Unidade Escolar Miguel Lidiano oferta o Ensino Fundamental Maior do 6&ordm; ao 9&ordm; ano, Ensino M&eacute;dio e o EJA, al&eacute;m dos programas do governo federal, como Mais Educa&ccedil;&atilde;o, Sa&uacute;de na Escola e mais recentemente o Ensino M&eacute;dio Inovador.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Levantamento feito pela reportagem do Portal GP1 concluiu que quando a escola funcionava no bairro Junco chegou a ter 800 alunos. Por&eacute;m, devido &agrave;s dificuldades inerentes ao abandono do pr&eacute;dio esse n&uacute;mero caiu pela metade.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">&ldquo;Com o abandono do pr&eacute;dio e a estrutura f&iacute;sica da escola ficando cada vez mais deficiente fomos perdendo alunos. At&eacute; o ano passado cont&aacute;vamos com pouco mais de 400 matriculados. Em 2013 iniciamos com menos de 200, mas agora recuperamos e estamos chegando pr&oacute;ximo dos 400&rdquo;, informou Ana Lu&iacute;za.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Para a professora o que est&aacute; faltando &eacute; interesse por parte do governo. Por isso ela faz um apelo para que as autoridades d&ecirc;em mais aten&ccedil;&atilde;o, solucionem o problema e fa&ccedil;am com urg&ecirc;ncia a reforma da Unidade Escolar Miguel Lidiano.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">&ldquo;Seis escolas de Picos que passaram por um processo de reforma recente est&atilde;o sendo reformadas e o Miguel Lidiano esquecido, h&aacute; 47 anos esperando e nada. A obriga&ccedil;&atilde;o &eacute; do governo e a popula&ccedil;&atilde;o vai continuar cobrando, pois entende que est&aacute; faltando atitude dos governantes para solucionar esse problema&rdquo;, alerta a professora Ana Lu&iacute;za em tom de desabado.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify"><strong>Outro lado</strong></div> <div align="justify"><strong>&nbsp;</strong></div> <div align="justify">A gerente regional da 9&ordf; GRE, em Picos, Maria Umbelina Pacheco Leal, garantiu que a reforma da Unidade Escolar Miguel Lidiano, no bairro Junco, ser&aacute; feita. Segundo ela, a demora &eacute; por conta da documenta&ccedil;&atilde;o e do excesso de burocracia, mas tudo est&aacute; sendo resolvido.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Ela informou que na &uacute;ltima sexta-feira, dia 4 de outubro, seria publicado no Di&aacute;rio Oficial do Estado e no Di&aacute;rio Oficial da Uni&atilde;o, o edital de licita&ccedil;&atilde;o para reforma e amplia&ccedil;&atilde;o da escola, al&eacute;m da constru&ccedil;&atilde;o de uma quadra poliesportiva.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <p align="justify">&ldquo;Acreditamos que num prazo de 30 a 40 dias n&oacute;s j&aacute; sabemos qual foi &agrave; empresa vencedora da licita&ccedil;&atilde;o e, assim as obras sejam iniciadas&rdquo;, destacou. Umbelina informou que ser&atilde;o investidos recursos da ordem de 1 milh&atilde;o e 300 mil reais.</p>
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