Zizi Baldoíno: uma vida dedicada à educação

Zizi Baldoíno: uma vida dedicada à educação

Dona Zizi Baldoino. / Foto: José Maria Barros

<div align="justify"><strong>N</strong>ascida na localidade V&aacute;rzea Grande, munic&iacute;pio de Picos, no dia 13 de dezembro de 1926, Luzia Moura Barros, popularmente conhecida como Zizi Baldo&iacute;no, dedicou sua vida &agrave; educa&ccedil;&atilde;o. Depois de uma gama de servi&ccedil;os prestados, aposentou-se em 1990 e hoje, aos 87 anos de idade, vive praticamente reclusa em sua resid&ecirc;ncia, localizada na rua Padre C&iacute;cero Santos, 82, centro.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Filha do casal Jos&eacute; Baldo&iacute;no de Barros e Antonia de Moura Barros, Zizi Baldo&iacute;no &eacute; a nona de uma prole de&nbsp;treze filhos, onze deles j&aacute; falecidos. Ainda est&atilde;o vivos ela e o professor e ex-vereador de Picos In&aacute;cio Baldo&iacute;no de Barros.</div> <div align="justify"><span>&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; </span></div> <div align="justify">Dona Zizi Baldo&iacute;no, como tamb&eacute;m &eacute; carinhosamente conhecida, formou-se professora no Col&eacute;gio Sagrado Cora&ccedil;&atilde;o de Jesus (Col&eacute;gio das Irm&atilde;s), em Teresina, em 1949.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">De volta a Picos trabalhou como professora nas unidades escolares Coelho Rodrigues e Marcos Parente. Em seguida, assumiu a dire&ccedil;&atilde;o da Escola Normal e Oficial de Picos (ENOP), cargo que ocupou por 20 anos consecutivos.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Logo ap&oacute;s se aposentar chegava a Picos o Pr&eacute;-semin&aacute;rio, entidade ligada a Igreja Cat&oacute;lica e dirigido pelo padre Jos&eacute; Albino de Carvalho Mendes. Dona Zizi Baldo&iacute;no foi convidada para lecionar, aceitou a miss&atilde;o e permaneceu por cerca de quatro anos.</div> <div align="justify"><strong>&nbsp;</strong></div> <div align="justify"><strong>Lembran&ccedil;as</strong></div> <div align="justify"><strong>&nbsp;</strong></div> <div align="justify">Em conversa com a reportagem do Jornal de Picos, Dona Zizi Baldo&iacute;no falou um pouco sobre sua trajet&oacute;ria como educadora, destacando, principalmente, o per&iacute;odo em que esteve &agrave; frente da dire&ccedil;&atilde;o da Escola Normal de Picos.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">&ldquo;Logo que terminei meus estudos comecei a lecionar em Picos. Foi quando fui convidada para a dire&ccedil;&atilde;o da Escola Normal e assumi o cargo, onde permaneci por 20 anos. Gra&ccedil;as a Deus nunca me aconteceu nada de anormal. Todos os alunos me respeitavam, eu tamb&eacute;m os respeitava e isso &eacute; o que vale&rdquo;, ressalta.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Ela lembra que na escola tinha meninos e meninas, mas todos bons alunos. &ldquo;Existiam os mais traquinos, que davam mais trabalho, mas a gente aplicava as puni&ccedil;&otilde;es e tamb&eacute;m perdoava muita coisa. Hoje quando me encontram &eacute; aquela alegria&rdquo;, recorda dona Zizi.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Dona Zizi Baldo&iacute;no nunca se casou, mas praticamente adotou como filho um sobrinho, o engenheiro In&aacute;cio Filho, falecido em 2005 v&iacute;tima de um infarto do mioc&aacute;rdio. Ainda hoje quando se lembra dele n&atilde;o cont&eacute;m as l&aacute;grimas e chora copiosamente de saudades.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">A eterna diretora da Escola Normal de Picos diz que a educa&ccedil;&atilde;o naquele tempo era diferente dos dias atuais. &ldquo;O tratamento dos alunos para conosco era respeitoso, n&atilde;o diziam desaforo, atualmente eles prometem at&eacute; bater&rdquo;, compara.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">No Pr&eacute;-semin&aacute;rio, que funciona no Centro de Treinamento Diocesano (CDT), em Picos, dona Zizi afirma que tamb&eacute;m foi um trabalho prazeroso. &ldquo;Os seminaristas eram bons alunos, educados e alguns deles chegaram a se tornar padres. Foi uma experi&ecirc;ncia boa e agrade&ccedil;o a Deus por me ter permitido realizar esse trabalho&rdquo;, enfatiza.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <p align="justify">Zizi Baldo&iacute;no encerra destacando que muitos dos que foram seus alunos ou aqueles que passaram pela Escola Normal de Picos, tornaram-se profissionais respeitados nas diversas &aacute;reas. M&eacute;dicos, engenheiros, jornalistas, professores, dentistas, enfermeiros e tamb&eacute;m empres&aacute;rios bem sucedidos est&atilde;o nessa lista.</p>
Compartilhe:

Faça seu comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos marcados são obrigatórios *