Filhos do Asfalto
/
<!--[if gte mso 9]><xml>
800x600
</xml><![endif]-->
<div style="line-height: normal; margin-bottom: 0pt"> </div>
<p style="line-height: normal; margin-bottom: 0pt"><span style="font-size: 9pt"> ASSIS SOUSA - DA POESIA À CRONICA. </span></p>
<div style="text-align: center; line-height: normal; margin-bottom: 0pt" align="center"> </div>
<p style="text-align: center; line-height: normal; margin-bottom: 0pt" align="center"><span style="font-size: 12pt">Gilson Chagas*</span></p>
<div style="text-align: center; line-height: normal; margin-bottom: 0pt" align="center"> </div>
<div style="text-align: center; line-height: normal; margin-bottom: 0pt" align="center"> </div>
<p style="text-align: center; margin: 0cm 0cm 0pt; background: white" align="center"><span style="font-size: 9pt">"(...).Ouse fazer e o poder lhe será dado."</span></p>
<div style="text-align: center; margin: 0cm 0cm 0pt; background: white" align="center"> </div>
<p style="margin: 0cm 0cm 0pt; background: white"><span style="font-size: 9pt"><span> </span>Goethe</span></p>
<div style="text-align: justify; line-height: normal; margin-bottom: 0pt"> </div>
<div style="text-align: justify; line-height: normal; margin-bottom: 0pt"> </div>
<p style="text-align: justify; line-height: normal; margin-bottom: 0pt"><span style="font-size: 12pt">Acabo de conhecer, ainda em processo de gestação, os Filhos do Asfalto - coletânea de crônicas de Francisco de</span><span style="font-size: 12pt">Assis Sousa – escritor eclético e poeta de carteirinha. Assis Sousa, guerreiro da mais nobre estirpe, tem seu quartel-general literário no sudeste piauiense (São Julião, Vila Nova...), onde exerce o magistério, inclusive acadêmico, em suas “horas de folga”. Ele, com dois livros publicados até aqui, (um de poemas, um de crônicas) e alguns outros na gaveta, tem-se constituído mui digno embaixador e menestrel da alma poética de sua gente, projetando-a com brilho em outras telas (plagas) brasileiras. </span></p>
<div style="line-height: normal; margin-bottom: 0pt"> </div>
<p style="text-align: justify; line-height: normal; margin-bottom: 0pt"><span style="font-size: 12pt">Pelo que a seu respeito me é dado saber, Assis é um desses baluartes que emergem de inopino nos pontos mais inusitados.Tem o DNA do inconformismo, a motivação criativa e é movido pelo hormônio do crescimento – princípios encontradiços nos intérpretes e transformadores de ambientes. Alguém pré-disposto a provar que o difícil é fácil, “longe é um lugar que não existe” e que “a vida só é dura para quem é mole”. Não manda recado, por saber que o dito não chegaria a tempo de ser entendido; prefere ir. Tal ímpeto é da natureza dos precursores, dos vanguardistas... os quais chegam ao cenário da luta antes que o inimigo “emplaque” seus truques e blefes, convencendo o desavisado de que “no meio do caminho tem uma pedra”, para, assim, poder tomá-lo de assalto </span></p>
<div style="line-height: normal; margin-bottom: 0pt"> </div>
<p style="text-align: justify; line-height: normal; margin-bottom: 0pt"><span style="font-size: 12pt">Meu contato com o Assis Sousa poeta deu-se em “à margem esquerda do Rio”, livro com que estreou em 2007. Nos passos seguintes, ele adentra o terreno da prosa. Seu ofício literário é estendido às crônicas. Neste gênero, já chegou ao segundo round: primeiro foi “Sorria enquanto é tempo”. Aliás, essa é sem dúvida uma sugestão para ser levada a sério, Agora é a vez deste “filhos do asfalto”. </span></p>
<div style="line-height: normal; margin-bottom: 0pt"> </div>
<p style="text-align: justify; line-height: normal; margin-bottom: 0pt"><span style="font-size: 12pt">Suas crônicas são vivências refletidas ou reflexões em formato de histórias?. Um painel social e humano em que o autor ora atua como “roteirista” e em que ora se camufla como personagem – quiçá protagonista – das cenas principais .É assim em “a décima salipada”, “meu Deus, que é (há) de nós?”, “as notícias que chegam do Norte” e assim por diante. <span style="color: red"> </span></span></p>
<div style="line-height: normal; margin-bottom: 0pt"> </div>
<p style="text-align: justify; line-height: normal; margin-bottom: 0pt"><span style="font-size: 12pt">“E a chuva, que não vem?!” Eis o clima de incertezas que secularmente atormenta a nação sertaneja. Em seu lugar, veio a crônica com esse título, rica e saborosa. A criação mostra, entre outras evidências, que a inspiração do criador transcende a raia da poesia militante e sensível de suas primeiras experiências. Reportando o passado e apreendendo o presente, o vate agora se desdobra e se mostra prosador de futuro.</span></p>
<div style="line-height: normal; margin-bottom: 0pt"><span style="font-size: 12pt"> </span></div>
<p style="line-height: normal; margin-bottom: 0pt"><span style="font-size: 12pt">O bicho-homem que protagoniza suas crônicas mantém os estereótipos que historicamente têm marcado nosso povo nordestino. Entre estes a clássica sina migratória ainda viva no sangue caboclo - mesmo daquele contingente que, como nós, a modernidade tem incorporado aos “filhos do asfalto”. </span></p>
<div style="line-height: normal; margin-bottom: 0pt"> </div>
<p style="text-align: justify; line-height: normal; margin-bottom: 0pt"><span style="font-size: 12pt">Ali, a estiagem recorrente traz a escassez de sempre e, volta e meia, leva o sertanejo a buscar abrigo em sombras distantes (“mundo, mundo, vasto mundo, se meu nome fosse Raimundo...”) Pois as colheitas, como os meios de vida disponíveis na terra, são uma “vagem solitária” - título de uma das crônicas. “Vou trabalhar no ´trecho´ (...) roça não dá; estudar também não quero... O pau-de-arara de Patativa e Gonzaga (...) agora atende pelo nome de Itapemirim, Princesa... Tenho que chegar a tempo para o embarque (...) está marcado para as 5h30...” </span></p>
<p style="line-height: normal; margin-bottom: 0pt"><span style="font-size: 12pt"><span> </span>....</span></p>
<p style="text-align: justify; line-height: normal; margin-bottom: 0pt"><span style="font-size: 12pt">Quer na poesia, quer em prosa, o fato é que a literatura piauiense – de tantos exemplares preciosos – a maioria ainda “inédita” aos olhos do grande mercado - deve prestar atenção nesse moço. Assis Sousa não será um nome comum - há de ser marcado entre os raros. O amanhã lhe promete destaque em lista nobre. Se já, hoje, desponta viçoso na caatinga, é certo que tem fôlego e letra para sobrepor-se às intempéries das travessias áridas, e fazer a diferença em alguma estação do futuro. É tudo uma questão de tempo!.</span></p>
<div style="text-align: center; line-height: normal; margin-bottom: 0pt" align="center"> </div>
<p style="text-align: justify; line-height: normal; text-indent: -18pt; margin: 0cm 0cm 0pt 93.75pt"><span style="font-size: 12pt"><span>·<span style="font: 7pt "Times New Roman""> </span></span></span><span style="font-size: 12pt">Gilson Chagas é Escritor e Professor Universitário em Brasília-DF.</span></p>
<div style="text-align: center; line-height: normal; margin-bottom: 0pt" align="center"> </div>
<div> </div>
<!--[if gte mso 9]><xml>
Normal
0
21
false
false
false
PT-BR
X-NONE
X-NONE
MicrosoftInternetExplorer4
</xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><![endif]--><!--[if gte mso 10]>
<style>
/* Style Definitions */
table.MsoNormalTable
{mso-style-name:"Tabela normal";
mso-style-parent:"";
font-size:10.0pt;"Calibri","sans-serif";
mso-bidi-"Times New Roman";}
</style>
<![endif]-->
<p> </p>
<div style="margin: 0px auto" id="div1" class="dynamicDiv" align="center"><img border="0" alt="" height="0" widht="0" src="http://whos.amung.us/widget/brasilgeral.pnh" /></div>