Marcelo Castro ainda não tem uma assessoria de Imprensa a altura de um candidato a governador
dep Marcelo é pre-candidato a governador do Piaui / .
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<p>O deputado federal Marcelo Castro (PMDB) sempre sonhou em ser candidato a governador do Piauí. Seu projeto vem desde os tempos em que era deputado estadual. Mas ao longo do tempo ele sempre procurou um espaço de acomodação junto ao Legislativo, onde tem se destacado como o mais votado em praticamente todas as eleições que disputou. Não foi primeiro apenas em 2002, posto que perdeu para a deputada Francisca Trindade (PT), já falecida.</p>
<p>Neste ano ele conseguiu a importante indicação do governador Wilson Martins (PSB). Importante porque, no estado, a bênção de um chefe de executivo é sempre meio caminho andado. É claro que isso depende da avaliação positiva do governo. Em 1990, o professor Wall Ferraz era um excelente candidato, mas que esbarrou nos péssimos índices da administração de Alberto Silva, seu principal apoiador. Com isso, Freitas Neto, então pertencente ao PFL, foi eleito em segudo turno.</p>
<p>Marcelo Castro pretende que, com ele, seja diferente. Mas não tem feito muita coisa para tanto. Observadores da cena política procuram e não encontram nenhuma mensagem dele que o identifique com o eleitorado piauiense. Se ele vai a um determinado município e ali permanece por algumas horas, sua presença é imediatamente notada porque não poderia ser diferente. Em algumas cidades piauienses a rotina é marcada pelo marasmo político e a presença de um deputado e pré-candidato é sempre impactante.</p>
<p>Porém, logo em seguida, quando ele parte, não fica sequer a lembrança de sua passagem, simplesmente pelo fato de que seu discurso tem sido apenas dispersivo. Ele se destaca, na verdade, única e exclusivamente como “o candidato do governador”. Algo muito diferente de seus antecessores que conseguiram sucesso. Em 1994, Francisco Moraes Souza, o “Mão Santa”, era candidato com personalidade. Conseguiu passar a mensagem de que era médico do povo e contra a oligarquia.</p>
<p>Em 2002, Wellington Dias firmou como contrário à corrupção denunciada no governo Hugo Napoleão e representante do candidato Luiz Inácio Lula da Silva no estado. Conseguiu capitanear a chamada “onda vermelha”. Em 2010, Wilson Martins firmou a imagem de político determinado e capaz de muita coisa para alcançar seus objetivos. Um verdadeiro “trator”. Marcelo não está conseguindo se posicionar bem nem mesmo entre seus próprios seguidores, tendo em vista que sua candidatura pode ser apenas de improviso, podendo ser substituído a qualquer momento caso não decole.</p>
<p><strong>NÃO PÕE EM PRÁTICA</strong><br />
Os eleitores têm muita dificuldade em confiar num candidato que diz apenas que vai fazer sem nunca ter mostrado o que, efetivamente, fez. Outro ponto diz respeito aos seus próprios partidários e correligionários. Providências solicitadas diante da pré-campanha em andamento são rechaçadas com afirmações simplórias de que “vamos fazer”, “estamos fazendo” ou “será feito”. Quase nada, contudo, é colocado em prática. O pré-candidato argumenta que não pode, ainda, fazer campanha aberta e que está sendo marcado severamente pelo Ministério Público Eleitoral.</p>